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DENÚNCIAS CONTRA INTEGRANTES DOS PARTIDOS POLÍTICOS DE OPOSIÇÃO AO LULA
quarta-feira, novembro 01, 2006
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Procuradora nega que repórteres tenham sido intimidados por delegado
Nota divulgada pela procuradora da República Elizabeth Mitiko Kobayashi, que acompanhou ontem o depoimento de três jornalistas da revista VEJA na sede paulista da Polícia Federal:
"Como procuradora da República presente aos depoimentos que são alvo de contestação da revista VEJA e da réplica da Polícia Federal, cumpre esclarecer que:
1) Sobre a nota da revista VEJA, não é correto afirmar que os jornalistas prestaram depoimentos para uma investigação interna da corregedoria da Polícia Federal. Os jornalistas foram ouvidos como testemunhas em inquérito policial para apurar se houve conduta indevida de policiais no interior da PF em São Paulo. A PF ainda não instaurou procedimento administrativo interno sobre os episódios narrados na revista;
2) No caso específico, as irregularidades verificadas foram prontamente apontadas e sanadas no curso dos depoimentos, da maneira detalhada na nota da revista VEJA;
3) O papel do MPF no caso é certificar que as declarações tomadas no inquérito policial sejam as mais fiéis possíveis aos depoimentos das testemunhas, fazer perguntas de interesse da investigação não realizadas pela PF, bem como buscar outras provas e evidências para esclarecer o caso, determinando e sugerindo a realização de oitivas, perícias, etc, para chegar ao resultado almejado por todos: a verdade.
4) Embora as imperfeições ocorridas durante a redução a termo dos depoimentos tenham sido corrigidas e que no meu entendimento pessoal não tenha havido qualquer ato de intimidação por parte da PF, o que teria provocado imediata reação de minha parte, o MPF está aberto para receber qualquer comunicação formal por parte da revista VEJA."
Enviada por: Ricardo Noblat
O senador tucano Antero Paes de Barros está entre os 119 candidatos que não entregaram a prestação de contas da campanha eleitoral de 2006 dentro do prazo e terão que solicitar a Justiça Eleitoral a regularização de sua condição. A análise das contas irá para votação do pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso com ressalva.
Segundo coordenadora da Unidade de Controle Interno do TRE/MT, Denize Aparecida Souza de Mello, o candidato derrotado ao Palácio Paiaguás arrecadou R$ 610.311,25 para sua campanha – o valor máximo estabelecido foi de R$ 6 milhões. Denize destacou que, desse valor, R$ 100 mil vieram do fundo partidário: “Doação do fundo partidário é legal, mas eu nunca vi isso com candidatos em Mato Grosso”, disse.
Ela explicou que o uso de recursos do fundo partidário é rigidamente controlado e a análise das contas de Antero deve esclarecer como esse montante foi utilizado, já que, dos R$ 100 mil, R$ 63 mil estão dentro do montante registrado apenas como “doação financeira a outros candidatos e/ou comitê”. Denize também atentotu para os R$ 40 mil que o candidato colocou "do próprio bolso" na campanha.
O comitê financeiro de campanha de Paes de Barros informou que a doação não é usual porque os valores disponíveis pelo fundo partidário são muito baixos e geralmente destinados à despesas ordinárias fora do período eleitoral, como pagamento de aluguel, funcionários, combustível, entre outros. A utilização desse recurso só foi possível porque o PSDB é um partido de grande porte e, portanto, dispõe de mais recursos do que partidos com menor representatividade.
Do total arrecadado, foram utilizados R$ 609.854, 81. Os itens mais dispendiosos na campanha do pessedebista foram a “doação financeira a outros candidatos e/ou comitês” (R$ 378.900); "produção de programas radiotelevisivos" (R$ 56.464,25) e "combustíveis e lubrificantes" (R$ 38.310).
Entre os principais candidatos ao governo do Estado, governador reeleito Blairo Maggi (PPS) e a senadora Serys Slhessarenko (PT) entregaram o relatório ontem e anteontem, respectivamente. Maggi declarou arrecadação de R$ 9,4 milhões, dos quais gastou R$ 9,3 milhões. A quantia máxima prevista era de R$ 15 milhões. Serys arrecadou R$ 435,5 mil dos R$ 3 milhões estabelecidos como máximo. Em sua campanha, a senadora gastou 435.454,94.
Atualizada 13h53
Mais informações em instantes.
Da Redação / Fabíola Cunha
http://www.olhardireto.com.br/noticias/noticia.asp?cod=16824
Gedimar nega encontro com Freud para abafar investigação sobre dossiê
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O ex-policial federal Gedimar Passos negou hoje que tenha se encontrado com o ex-assessor da Presidência Freud Godoy na superintendência da PF em São Paulo, conforme reportagem da revista "Veja" sobre uma suposta "operação-abafa" contra as investigações do "dossiegate". Gedimar foi ouvido por cerca de 4 horas pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira, responsável pela investigação interna da PF sobre a suposta operação.
Segundo a revista "Veja", Gedimar teria se encontrado com Freud, que supostamente o coagiu o ex-policial para recuar em suas declarações de que o dossiê seria comprado a mando do ex-assessor da Presidência.
O encontro seria parte de uma "operação" da cúpula da PF para tentar abafar o caso do dossiê, que envolvia membros do comitê eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Aloizio Mercadante, então candidato do PT ao governo paulista, na compra de documentos contra candidatos tucanos.
Gedimar disse ao delegado que somente deixou a cela em dois momentos: o primeiro, enquanto esteve preso em São Paulo uma vez para a acareação com Freud; o segundo, quando foi transferido para a superintendência da PF em Cuiabá.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u86284.shtml
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Prêmio de consolação
Começou a disputa por uma nova eleição no Congresso Nacional. Os derrotados nas eleições de outubro buscam um emprego para não saírem da vida pública e não ficarem à míngua sem salário.
O cargo mais cobiçado do momento é do de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). O salário é praticamente o dobro dos vencimentos de deputado: R$ 23.750,00, tendo como benefício adicional o fato de o cargo ser vitalício e a aposentadoria integral.
Já estão na disputa Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), Moroni Torgan (PSDB-CE), Aroldo Cedraz (PFL-BA) e Robson Tuma (PFL-SP) - nenhum conseguiu se reeleger. E nos próximos dias, novos nomes de derrotados vão surgir, inclusive de petistas.
O plenário da Câmara votará as indicações na semana seguinte ao feriado de 15 de novembro. Até lá, as conversas seguem.
Plantão Publicada em 01/11/2006 às 11h21m
Jailton de Carvalho - O Globo
BRASÍLIA - O diretor da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, reagiu nesta quarta-feira às criticas da "Veja" ao delegado Moysés Eduardo Ferreira. Segundo Lacerda, não caberia à revista escolher as perguntas que um delegado pode ou não pode fazer durante um interrogatório. Em nota divulgada ontem, a diretoria da revista "Veja" protestou contra perguntas que teriam sido feitas a três repórteres em depoimento ao delegado Moysés, na superintendência da PF em São Paulo.
- A PF deve ser censurada em seus questionamentos? Isso pode perguntar, aquilo não pode perguntar? - questionou Lacerda, depois de participar da solenidade de asteamento da bandeira em frente à sede da PF em Brasília.
Segundo ele, a PF abriu inquérito para investigar uma denúncia feita pela própria revista. Em matéria publicada há duas semanas, "Veja" acusou policiais federais de facilitar um encontro entre Freud Godoy, ex-assessor especial da presidência, e o advogado Gedimar Passos, um dos petistas acusados de envolvimento na compra de dossiê contra políticos tucanos.
- Após ouvir os policiais, a PF haveria de ouvir também a contribuição daqueles que têm o compromisso com o fato, com a verdade. Foi isso que a PF fez, intimou as pessoas que são repórteres e foi ouví-las na presença de uma advogada e do Ministério Público - disse Lacerda.
Lacerda afirmou que, no entanto, se a revista fizer uma representação formal apontando eventuais transgreções das normas internas, a Polícia Federal abrirá uma outra investigação para apurar a denúncia. Segundo ele, a polícia fará uma investigação isenta e desapaixonada:
- A PF tem um compromisso com a apuração da verdade, assim como a imprensa também tem. Sem partido e sem paixão.
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2006/11/01/286488243.asp
LEMBO: "IMPEACHMENT É BOBAGEM" (Íntegra do texto postado hoje, mais abaixo)
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta quarta-feira, dia 01, que não há a possibilidade de a oposição partir para um movimento de impeachement contra o presidente Lula (aguarde o áudio). “Isso é bobagem. Impeachment por quê? O presidente Lula está fora de qualquer problema”, disse o governador.
Segundo o governador, que é do PFL (partido aliado do PSDB na última eleição), o PSDB tem traços udenistas . “O PSDB tem tudo de UDN e está aí o problema”, disse Lembo.
A UDN foi um dos partidos determinantes da política brasileira entre as décadas de 40 e 60, de caráter fortemente conservador. Carlos Lacerda foi um dos principais expoentes da UDN. O partido passou a maior parte de sua vida na oposição com um discurso caracterizado pelo moralismo. “A UDN era um partido de pequenos e estreitos segmentos da sociedade”, explicou Cláudio Lembo.
O governador de São Paulo disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contribui para que o PSDB tenha as características da UDN. “Ele contribui muito, foi ele quem lembrou a imagem de Carlos Lacerda. E só lembra a imagem de Carlos Lacerda quem tem na alma um espírito udenista”, disse Lembo.
Segundo Cláudio Lembo, Geraldo Alckmin, que disputou a presidência pelo PSDB também tem traços udenistas.
Para Lembo, a oposição, tanto o PFL quanto o PSDB, devem “atravessar a rua” e dialogar com o presidente Lula. “PSDB e PFL devem atravessar a rua e dialogar com o presidente. O Brasil é maior do que as situações transitórias e o embate político”, defendeu Cláudio Lembo.
Leia a íntegra da entrevista do governador Cláudio Lembo:
Paulo Henrique Amorim: A primeira coisa que eu gostaria que o senhor nos ajudasse a entender é o que significa essa vitória do presidente Lula com essa margem que o New York Times chamou de esmagadora.
Cláudio Lembo: Eu creio que é muito simples, Paulo Henrique, está clara a motivação: é a onda social que corre todo o mundo. Se toda a gente defendeu a necessidade de uma mudança visando aspectos sociais da vida, nós não podíamos aqui no Brasil estar diferentes. Ganha o banqueiro dos pobres, o Yunus, ganha por toda parte a necessidade de uma cláusula nos contratos internacionais social. Por que o Lula não ganharia se ele tem essa mensagem, esse discurso? Eu acho que a vitória do presidente Lula é uma coisa absolutamente clara, nítida e precisa. A UDN foi vencida pelo PSD urbano.
Paulo Henrique Amorim:
Cláudio Lembo: O PTB era um partidinho, agora, o PSD era um partidão. E ele sempre ganhava as eleições com seus candidatos: Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, e assim vai. E o Lula, no fundo, conseguiu captar essa vontade urbana, muito presente no Brasil, em que 70% vivem em áreas urbanas.
Paulo Henrique Amorim: E por que não foi possível a oposição colar no presidente Lula a questão das denúncias de corrupção, dossiê, mensalão, isso tudo?
Cláudio Lembo: Esse é um problema muito interessante que teria que se analisar com mais profundidade, o aspecto ético não foi levado a sério. Talvez a diminuição da classe média, talvez uma visão mais pragmática da sociedade. Todas essas situações eram marginais ao governo, não era o presidente Lula. Eram figuras amiga ou próximas, ou até longínquas da estrutura do PT. Talvez isso... a sociedade fez uma reflexão muito mais inteligente que as elites acadêmicas.
Paulo Henrique Amorim: Por que o senhor chama a oposição de UDN? O senhor se inclui nisso, o PFL e o PSDB?
Cláudio Lembo: Eu acho que o PFL nem seria a UDN. Eu diria que o PFL é hoje um partido conservador sem a coragem de ser. Tem que deixar claro que é conservador. Eu digo firmemente: é preciso ter um partido conservador no Brasil. E o PSDB é uma UDN, isso é inevitável. Depois de oito meses aqui dentro como governador e quatro anos como vice eu tive um contato direto, e tem tudo de UDN o PSDB e está aí o grande problema.
Paulo Henrique Amorim: Por que o senhor, depois de quatro anos como vice e agora como governador, se convenceu que o PSDB é a UDN?
Cláudio Lembo: Porque eu tive um contato direto e percebo as mensagens. E sou velho. Então, o velho pode comparar o que era UDN do passado com o PSDB do presente. Os moços como você não podem, mas eu posso. E percebo no PSDB um traço de UDN que ele tem que deixar. Porque a UDN era um partido de pequenos e estreitos segmentos da sociedade.
Paulo Henrique Amorim: O senhor diria que o Fernando Henrique contribui para isso?
Cláudio Lembo: Muito. Muito. Foi ele que lembrou a imagem do Carlos Lacerda. E só lembra a imagem de Carlos Lacerda quem tem na alma o espírito udenista.
Paulo Henrique Amorim:
Cláudio Lembo: Tem traços. É um homem bom, honrado. Você recorda o brigadeiro Eduardo Gomes, um homem bom, honrado, sério. Mas tinha traços que não chegavam até a massa, até o grande movimento social. O famoso caso dos marmiteiros, a frase do [empresário Hugo] Borghi contra o brigadeiro: “ele não gosta de marmiteiro”. Hoje o operário não usa nem mais marmita. Veja que a coisa ficou hoje mais complicado.
Paulo Henrique Amorim: Mas no fundo, no fundo, o senhor acha que o PSDB não gosta de marmiteiro ainda?
Cláudio Lembo: Eu acho que tem que aprender a gostar. Ele até fez o Bom Prato, você veja que é uma marmita bem agradável, a R$ 1, muito sadia. Mas tem que ter cara de marmiteiro, não basta de gosto de marmiteiro.
Paulo Henrique Amorim: E o Serra, é udenista?
Cláudio Lembo: Não, o Serra rompe um pouco essa imagem do udenista, ele não é não. Você vê que o Serra tem coragem de fazer afirmações, o Serra é um homem desenvolvimentista, o Serra é um homem que tem raiz muito popular, é um italianinho, isso muda muito as pessoas.
Paulo Henrique Amorim: E o que o senhor acha que a oposição deve fazer daqui para frente? O que o PFL vai fazer?
Cláudio Lembo: Eu não sei o que o PFL vai fazer porque acho que o PFL está num momento muito difícil depois dos resultados amargos ele se reúne e baixa uma nota de oposição etc. Acho que o PFL tem que parar os seus líderes nacionais, devem voltar para seus Estados, descansar, e voltar a falar só lá para dezembro, quando tiver o horário de verão, porque aí eles perderam uma hora. Porque, agora, é bobagem falar. Agora, depois dessa vitória notável do presidente Lula, falar que não atravessa a rua é bobo, é uma coisa ingênua. Vamos atravessar a rua sim e se o presidente Lula vier a São Paulo vou recebê-lo porque é o presidente, foi eleito pelos brasileiros e nós temos que respeitá-lo.
Paulo Henrique Amorim: E o que o senhor acha que o PSDB deveria fazer?
Cláudio Lembo: O mesmo. Atravessar a rua e dialogar com o presidente. O Brasil é maior que as situações transitórias do embate político.
Paulo Henrique Amorim: E qual é a avaliação que o senhor faz do papel da mídia nessa eleição?
Cláudio Lembo: A mídia portou-se normalmente. Fez críticas, apresentou fatos, ofereceu tudo sobre a corrupção, até de uma forma bastante ampla, e acho, portanto, que se portou como deve ser a mídia: transparente, clara e instrumentalizar a verdade. Claro que a verdade é a verdade de cada um, e cada veículo teve a sua verdade.
Paulo Henrique Amorim: O senhor acredita que vai ser possível fazer uma agenda única ou mínima, de aprovar medidas que sejam do interesse da sociedade, como a reforma política?
Cláudio Lembo: Primeiro eu acho que o Brasil não é um país suicida, muito pelo contrário. É o país da conciliação, portanto, essa agenda mínima vai ser construída. Porém, na pauta, não coloca a reforma política, como disse o José Serra ontem, como ponto prioritário. Eu acho que isso é cortina de fumaça. Ponto prioritário: reforma tributária, reforma da estruturação da dívida interna das unidades federadas. Como está, os estados federados brasileiros vão todos eles para a insolvência. Já estão praticamente, é só uma questão de tempo.
Paulo Henrique Amorim: São Paulo está insolvente?
Cláudio Lembo: Não está insolvente, mas está numa posição de extremo perigo. Se São Paulo que está em situação de desequilíbrio, não tem como investir no futuro, imagina nos Estados mais fracos economicamente, financeiramente. Dramático, né? Então, a dívida interna os Estados tem que ser repensada. Depois, a reforma previdenciária. Eu não ouvi uma palavra da reforma previdenciária em toda a campanha. E é uma coisa catastrófica. Em quaro lugar eu colocaria a problemática da segurança urbana, a segurança interna, também não se falou nada. E eu que vivi aqui, nesse lugar, como governador, com a problemática, a questão do PCC, sei como isso é grave. E nunca escondi da sociedade. E o último ponto que eu levantaria são os aglomerados urbanos brasileiros, são 70, são explosivos. Só na Grande São Paulo são 2.798 favelas. Se isso não for examinado com cuidado, não se fizer um grande projeto nacional de urbanização, dos grandes grupos aglomerados urbanos, nós vamos ter situações muito difíceis no futuro.
Paulo Henrique Amorim: O senhor acha que a oposição vai para o impeachment?
Cláudio Lembo: Não, que nada! Que ingenuidade! Impeachment por quê? O presidente está fora de qualquer problema. Isso é ingênuo.
Paulo Henrique Amorim: E o senhor vai abandonar a política?
Cláudio Lembo: Vou. Vou para casa, Paulo Henrique!
Paulo Henrique Amorim: Fazer o que, governador?
Cláudio Lembo: Vou assistir Paulo Henrique Amorim todos os dias. Olha que coisa boa. E vou falar: ‘o Paulo acertou, o Paulo errou’. Vou ser crítico.
Paulo Henrique Amorim: Quem sabe o senhor venha ser analista político?
Cláudio Lembo: Já fui uma vez na vida, está vendo? Mas eu vou ficar no PFL, tentar ajudar quem for, mas quero estar à distância um pouco.
Paulo Henrique Amorim: E vai continuar dando aula?
Cláudio Lembo: Ah, vou, preciso, né? Preciso. Gosto e é bom porque também tem a remuneração.
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/398001-398500/398006/398006_1.html
Bastos diz que revista pode fazer representação para apurar abuso
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Depois de participar da abertura do 50º Congresso da União Internacional dos Advogados, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse ontem à noite, em Salvador, que a revista "Veja" pode fazer uma representação ao ministério para apurar se houve abuso de autoridade cometido por um delegado da Polícia Federal contra jornalistas da Editora Abril.
"Ainda bem que nós temos liberdade de imprensa no Brasil. Eu falei com o editor-chefe da "Veja", disse a ele que, se houvesse qualquer abuso, que o delegado nega, bastava que fizesse uma representação ao próprio ministro da Justiça que a gente iria apurar isso com o máximo cuidado", afirmou.
Segundo o ministro, a liberdade de imprensa "é um valor muito alto e prezado por este governo". "O presidente Lula é um produto da imprensa livre."
Márcio Thomaz Bastos disse que conversou duas vezes com o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, sobre o tema. "Não pode haver quebra de sigilo de fonte. O sigilo de fonte é um sigilo forte, é como o sigilo do advogado, do padre, e nem foi questionado se se quebrava ou se se não quebrava. O que a PF está fazendo é investigar uma acusação da própria revista "Veja", não contra os repórteres", disse o ministro, que negou sua eventual permanência no segundo mandato do governo do presidente Lula. "Não existe hipótese", disse.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u86265.shtml
Pouco antes da prisão de Valdebran Padilha e Gedimar Passos, o agora governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), telefonou para um deputado petista. Serra disse ao parlamentar, naquela oportunidade, ter informações de que representantes do PT estariam por trás de uma armação contra ele e ainda disse os detalhes.
Um petista, amigo de Serra, teria negado veementemente. Garantiu que a direção do partido não tinha informações sobre aquela operação e não a endossaria. Após a prisão de Padilha e Passos, no entanto, Serra voltou a ligar e a afirmar: Não falei que eles estavam por trás?.
Sexta-feira, Outubro 27, 2006
Em minha opinião, essa história do dossiê tem a digital do José Serra. Tem o mesmo modus operandi do caso Lunus de 2002 e ele, Serra, e o procurador Mário Lúcio Avelar e a TV Globo, estavam nos dois casos. Vamos aguardar.
Stanley.
http://oposicaonoparedao.blogspot.com/2006/10/em-minha-opinio-essa-histria-do-dossi.html
Mídia brasileira se pretende acima da lei
Na Folha (para assinantes), um retrato ampliado do que é nossa grande mídia e como ela se pretende acima da lei e da Constituição. Com a chamada de primeira página “Jornalistas dizem ter sido intimidados ao depor na PF”, a matéria e começa descaradamente ligando o convite a repórteres da Veja com as declarações do presidente reeleito e do presidente do PT. Lula disse que pretendia mudar sua relação com a imprensa. Marco Aurélio Garcia, que ela precisava fazer uma auto-reflexão. Leiam e confiram.
Essa mesma mídia, que apoiou e aplaudiu todo tipo de arbitrariedade das CPIs, do Ministério Publico e da Polícia Federal quando se tratava do PT, agora, sem nenhuma razão, levanta-se contra uma medida corriqueira de um inquérito policial, o depoimento. A PF diz que não houve nenhuma irregularidade e que os depoentes não “manifestaram contrariedade ou discordância”.
Essa mídia, acostumada com a impunidade e com a violação da lei, quer ficar acima da lei e da Constituição. Quer carta livre de corso, para atingir a honra alheia e violar os direitos individuais.
enviada por Zé Dirceu
PF vai investigar compra de dólares por mendigos em SP
São Paulo - A Polícia Federal afirmou que irá investigar o esquema de operações fraudulentas de câmbio, revelado na terça-feira com exclusividade pelo Jornal da Tarde. Ontem, o Procurador da República Carlos Renato Silva e Souza, coordenador do núcleo criminal do Ministério Público Federal, recebeu todo o material colhido pela reportagem e deverá encaminhá-lo hoje a um dos procuradores que cuidam de crimes contra o sistema financeiro para apuração.
No material entregue há fotos de outros aliciadores e de casas de câmbio onde são realizadas as operações. O esquema funciona há pelo menos dois anos no Centro de São Paulo. Nele, centenas de moradores de albergues são aliciados e recebem R$ 10 para emprestar seus RGs, CPFs e assinaturas em processos de compra e envio de dólares para o exterior.
As transações ocorrem em pelo menos seis casas de câmbio da Cidade e são feitas da seguinte maneira: o albergado recebe do aliciador uma senha e a entrega na casa de câmbio; o funcionário do local, então, solicita a ele seu RG e CPF. Em seguida, o caixa emite um boleto de câmbio com os valores da transação e pede ao laranja para assiná-lo. O albergado assina o papel e o entrega ao funcionário. Ele guarda o documento e devolve ao laranja a senha carimbada. A senha, então, é entregue ao aliciador que paga R$ 10 ao morador de albergue.
Cada aliciador tem uma cota de laranjas por casa de câmbio. Dependendo do valor da transação financeira, a cota aumenta ou diminui. Há dias em que os moradores de albergues fazem filas nas casas para servirem de laranjas no esquema. Eles não levam ou saem com o dinheiro, apenas assinam o boleto de câmbio e vão embora, atrás do aliciador para receber o combinado.
Os integrantes do esquema pagam até táxis para levar os laranjas até as casas de câmbio mais distantes do Centro. O JT apurou que há pelo menos sete pessoas que passam o dia arrumando laranjas. Um deles, parente de um funcionário da Câmara Municipal, afirmou ter aliciado mais de 100 pessoas.
As investigações iniciadas pela PF devem apontar quem está por trás do esquema e volume de dinheiro envolvido. Anteontem, antes da publicação da matéria, o JT solicitou à PF entrevista com um delegado. A assessoria de imprensa não respondeu à solicitação e ontem enviou um e-mail dizendo que os policiais irão investigar o caso, apesar de ele já estar prejudicado por conta da publicação da reportagem. A PF não informou o nome do delegado responsável pelas investigações.
Anteontem, o diretor financeiro de uma das casas de câmbio se disse surpreso com a notícia das operações fraudulentas . A instituição em questão possui filiais em todo o Brasil. Os nomes das casas estão sendo preservados para não atrapalhar as investigações. (Mariana Pinto)
http://www.ae.com.br/institucional/ultimas/2006/nov/01/1032.htm
Revista, delegado e Polícia Federal divulgam notas sobre depoimentos
da Folha de S.Paulo
Leia as íntegras das notas da revista "Veja", do delegado Moysés Ferreira e da PF.
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Nota da revista "Veja"
A pretexto de obter informações para investigação interna da corregedoria sobre delitos funcionais de seus agentes e delegados, a Polícia Federal intimou cinco jornalistas de "Veja" a prestar depoimentos.
Eles foram os profissionais responsáveis pela apuração de reportagens que relataram o envolvimento de policiais em atos descritos pela revista como "uma operação abafa" destinada a afastar Freud Godoy, assessor da Presidência da República, da tentativa de compra do dossiê falso que seria usado para incriminar políticos adversários do governo.
Três dos cinco jornalistas intimados Júlia Duailibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro foram ouvidos na tarde de terça pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira.
Para surpresa dos repórteres, sua inquirição se deu não na qualidade de testemunhas, mas de suspeitos. As perguntas giraram em torno da própria revista que, por sua vez, pareceu aos repórteres ser ela, sim, o objeto da investigação policial. Não houve violência física. O relato dos repórteres e da advogada que os acompanhou deixa claro, no entanto, que foram cometidos abusos, constrangimentos e ameaças em um claro e inaceitável ataque à liberdade de expressão garantida na Constituição.
Ao tomar o depoimento da repórter Julia Duailibi, o delegado Moysés Eduardo Ferreira indagou os motivos pelos quais ela escrevera "essa falácia". A repórter de "Veja", então, perguntou ao delegado Moysés qual era o sentido de seu depoimento, uma vez que ele já chegara à conclusão antecipada de que as informações publicadas pela revista eram "falácias". Ao ditar esse trecho do depoimento para o escrivão, o delegado atribuiu a palavra à repórter, no que foi logo advertido pela representante do Ministério Público Federal, a procuradora Elizabeth Kobayashi. A procuradora pediu ao delegado que retirasse tal palavra do depoimento porque tratava-se de um juízo de valor dele próprio e que a repórter nunca admitira que escrevera falácias.
Embora a jornalista de "Veja" estivesse depondo na condição de testemunha num inquérito sem nenhuma relação com a divulgação das fotos do dinheiro do dossiê, o delegado Moysés Eduardo Ferreira a questionou sobre reportagem anterior, assinada por ela, que tratava do tema. O delegado exigiu, então, da repórter que revelasse quem lhe dera um CD com as fotos. A repórter se recusou a revelar sua fonte.
Durante todo o depoimento da repórter Julia Duailibi, o delegado Moysés Eduardo Ferreira a questionou a sobre o que ele dizia ser uma operação de "Veja" para "fabricar" notícias contra a Polícia Federal. Disse que a matéria fora pré-concebida pelos editores da revista e quis saber quem fora o editor responsável pela expressão "operação abafa". O delegado disse que as acusações contra o diretor-executivo da Superintendência da PF, Severino Alexandre, eram muito graves. E perguntou: "Foi você quem as fez? Como vieram parar aqui?" Referindo-se à duração do depoimento, o delegado Moysés Eduardo Ferreira disse: "Se você ficou duas horas, seu chefe vai ficar quatro".
Indagada sobre sua participação na matéria, a repórter Camila Pereira disse ter-se limitado a redigir uma arte explicativa, a partir de entrevistas com advogados, sobre como a revelação da origem do dinheiro poderia ameaçar a candidatura e/ou um eventual segundo mandato do presidente Lula. O delegado perguntou quais advogados foram ouvidos. A repórter respondeu que seus nomes haviam sido publicados no próprio quadro. O delegado, então, perguntou se "Veja" pagara pela colaboração dos advogados. Diante da resposta negativa, o delegado ditou para o escrevente que a repórter respondera que "normalmente a revista não paga por esse tipo de colaboração". A repórter, então, o corrigiu, dizendo que a revista nunca paga para fontes.
Embora os repórteres de "Veja" tenham sido convocados como testemunhas, o delegado Moysés Eduardo Ferreira impediu que eles se consultassem com a advogada que os acompanhava, Ana Dutra. Todo e qualquer aparte de Ana Dutra era considerado pelo delegado Ferreira como uma intervenção indevida. Em determinado momento, Ferreira ameaçou transformar a advogada em depoente. Ele também negou aos jornalistas de "Veja" o direito a cópias de suas próprias declarações, alegando que tais depoimentos eram sigilosos. A repórter Júlia Duailibi foi impedida de conversar com o repórter Marcelo Carneiro.
A estranheza dos fatos é potencializada pela crescente hostilidade ideológica aos meios de comunicação independentes, pelas agressões de militantes pagos pelo governo contra jornalistas em exercício de suas funções e, em especial, pela leniência com que esses fatos foram tratados pelas autoridades. Quando a imprensa torna-se alvo de uma força política no exercício do poder deve-se acender o sinal de alerta de modo que a faísca seja apagada antes que se torne um incêndio. Nunca é demais lembrar: "Pior do que estar submetido à ditadura de uma minoria é estar submetido a uma ditadura da maioria".
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Nota do delegado Moysés Ferreira
"Senhor delegado chefe,
Com a finalidade de instruir os autos do IPL (inquérito policial) acima referenciado, informo a Vossa Senhoria que iniciei os trabalhos de oitivas de repórteres da revista "Veja" no dia de hoje, na sala 906, do 9º andar, no prédio da SR/DPF/ SP, por volta das 10h, tendo procedido à oitiva em declarações dos repórteres Júlia Duailibi de Mello Santos e Camila Cardoso Pereira, acompanhadas das dras. Ana Rita de Elizabeth Mitiko Kobayshi, procuradora da República, e quando iniciava a oitiva em declarações do repórter Marcelo Theodoro Carneiro, também acompanhado da advogada e da procuradora acima mencionadas, fui procurado nesta sala por Vossa Senhoria, que indagou se havia acontecido algum problema com alguma das repórteres ouvidas, tendo em vista que havia notícias em Brasília de que esta autoridade havia tratado com grosseria a repórter.
No que esta autoridade tem a informar que os três repórteres ouvidos nesta manhã foram tratados com toda a cortesia e urbanidade possíveis sendo indagados somente sobre suas participações na reportagem da revista "Veja", edição nº 1.978, ano 39, nº 41, de 18/10/ 2006, páginas 44 a 51, tendo cada um dos ouvidos declarado o trabalho realizado na reportagem mencionada. Inclusive esta autoridade, quando retornou para a sala indagou à advogada drª Ana Rita e à Procuradora da República drª Elizabeth se havia acontecido algo estranho, as mesmas responderam que não, e que todo o trabalho estava transcorrendo dentro da normalidade, tendo esta autoridade dado seqüência aos seus trabalhos.
Acrescento ainda que estavam presentes na sala de audiência os escrivães que auxiliam esta autoridade, Carlos Henrique Santos Rosa, mat. 2.431-065, e Ralph Gomes, mat. 10.102, que também assinam a presente informação.
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Nota da Polícia Federal
Em virtude de notícias veiculadas a partir de discurso proferido na tribuna do Senado Federal, o Departamento de Polícia Federal informa:
1. Com o objetivo de investigar possíveis crimes praticados no âmbito da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, denunciados pela revista "Veja" na edição nº 1.978, ano 39, nº 41, a Polícia Federal instaurou o inquérito nº 2-4672-Delefaz/SR/DPF/SP e ouviu hoje, 31 de outubro, em São Paulo, os jornalistas Marcelo Theodoro Carneiro, Julia Dualibi de Mello Santos e Camila Cardoso Pereira;
2. Os depoimentos foram tomados com o acompanhamento da procuradora da República Elizabeth Mitiko Kobayshi e da advogada da revista "Veja", Ana Rita de Souza Dutra. Estavam presentes ainda o delegado de Polícia Federal que preside o inquérito e dois escrivães de Polícia Federal;
3. Os questionamentos às testemunhas foram feitos normalmente pelo delegado e em seguida pela procuradora da República e versaram exclusivamente sobre os fatos constantes da matéria da "Veja", como seria cabível em semelhante apuração;
4. Em nenhum momento os repórteres, ou sua advogada, manifestaram às referidas autoridades contrariedade ou discordância com a condução do depoimento, causando surpresa a este órgão a conotação de suposta arbitrariedade que vem sendo dada ao procedimento em questão;
5. É objetivo do Departamento de PF o rápido e total esclarecimento dos fatos relacionados à operação sanguessuga e seus desdobramentos;
6. A PF aguarda manifestação formal dos jornalistas para tomar as providências apuratórias cabíveis.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u86267.shtml
01/11/2006 - 09h38
Presidente da OAB diz considerar "inaceitável" atitude de delegado da PF
da Folha de S.Paulo
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, disse ontem considerar "inaceitável" o comportamento do delegado da Polícia Federal Moysés Ferreira durante depoimento dos jornalistas da revista "Veja".
"O comportamento do delegado, pelo relato dos jornalistas, foi inaceitável dentro de um Estado democrático e quando estamos saindo de uma eleição. Nós, da OAB, temos denunciado constantemente esses meios truculentos utilizados às vezes pela Polícia Federal contra jornalistas e também contra advogados, enfim, contra os cidadãos brasileiros", disse Busato por meio de nota.
Busato disse esperar que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, apure os fatos denunciados pelos jornalistas.
"A liberdade de imprensa deve ser preservada, pois esse é um ícone do estado democrático de direito e não pode de forma nenhuma ser arranhado", diz trecho da nota, que finaliza.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade, disse que a assessoria da PF informou à entidade que o depoimento de jornalistas da "Veja" foi "um procedimento de rotina em investigação sobre a "operação-abafa'".
"Segundo a Polícia Federal, não houve nenhum abuso de autoridade, os jornalistas foram acompanhados por advogados da revista e pela OAB", disse o presidente da Fenaj.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u86266.shtml
Falso padeiro diz à Justiça que mentiu por ter recebido promessa de pagamento
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo
O padeiro Luiz Armando Silvestre Ramos, 32, que na semana passada se fez passar por outra pessoa e prestou um falso depoimento à Polícia Federal sobre o caso do dossiê contra tucanos, afirmou ontem à Justiça Federal de Pouso Alegre (MG) ter sido orientado --por alguém que ele não identificou-- a mentir, sob a promessa de pagamento em dinheiro.
No início da noite, Ramos foi detido pela Polícia Militar da cidade, sob acusação de ter contra si um mandado de prisão antigo, por não-pagamento de pensão alimentícia.
Por Ramos já ter falseado o próprio nome e inventado uma história sobre saques de R$ 250 mil que teriam sido entregues em São Paulo para a compra do dossiê, a PF vê as novas declarações com total ceticismo.
"Uma pessoa me chamou, me fez uma proposta, que eu ia ganhar muito dinheiro, que não ia precisar trabalhar mais. Eu fui para ver o que era, eu peguei e aceitei e entrei nessa com eles", disse ele em entrevista à EPTV.
Segundo seu advogado, Rovilson Carvalho, Ramos também negou que a secretária-executiva do PSDB municipal, Rosely Pantaleão, tenha participado da farsa. O padeiro afirmou que não conhece e nunca esteve com Rosely.
Nas entrevistas, Ramos se recusou a dizer quem teria encomendado a farsa. Mas numa fita de vídeo, gravada ontem pela manhã por Carvalho, ele teria citado um nome --o conteúdo da fita não foi revelado.
Segundo Ramos, a "pessoa" pediu que ele gravasse um vídeo para o "Jornal do Estado" com a promessa de que não seria divulgado. O jornalista autor da entrevista, Fernando Lima, disse que Ramos novamente mentiu. "Se ele não quisesse que a entrevista fosse divulgada, não procuraria um jornal."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u86262.shtml
Nesta quarta, a ampliação do acesso gratuito à internet
Relatos da imprensa hoje:
1. O governo quer mais do que dobrar o programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac). Por meio dele, são instalados pontos de conexão à internet banda larga (alta velocidade) que podem ser acessados gratuitamente pela população. Os 3.258 pontos (antenas) do Gesac serão ampliados para 7.100. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou que será realizada uma nova licitação para a contratação de empresas que vão fornecer o serviço. [O Globo]
2. O governo federal resolveu dar mais uma força para o setor naval brasileiro, o que pode beneficiar diretamente Pernambuco, que vai abrigar o maior estaleiro do País. Ontem, cerca de 30 representantes do setor se reuniram com o ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos para definição de uma política integrada, que contemple tanto a construção naval quanto a marinha mercante. A idéia do ministro é formular uma política para o setor naval dentro do Plano Nacional de Logística e Transporte, que vem sendo desenvolvido. [Jornal do Commercio]
enviada por Zé Dirceu
Passada a eleição, a oposição sinaliza que não tem mais a urgência de fustigar o governo federal com o episódio do dossiê. Tampouco tem interesse que a investigação avance para a suposta participação do PSDB no esquema, que se daria a partir da atuação do empresário Abel Pereira. Ele é apontado como facilitador na liberação de verbas do Ministério da Saúde, na gestão do tucano Barjas Negri, que sucedeu José Serra no posto.
Da Redação
http://www.olhardireto.com.br/colunas/coluna.asp?cod=3676
LEMBO: “O PSDB É UMA UDN”
Paulo Henrique Amorim
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta quarta-feira, dia 01, que o PSDB tem traços udenistas (aguarde o áudio). “O PSDB tem tudo de UDN e está aí o problema”, disse Lembo.
A UDN foi um dos partidos determinantes da política brasileira entre as décadas de 40 e 60, de caráter fortemente conservador. Carlos Lacerda um de seus mais fortes expoentes da UDN. O partido passou a maior parte de sua vida na “oposição” com um discurso caracterizado pelo moralismo. “A UDN era um partido de pequenos e estreitos segmentos da sociedade”, explicou Cláudio Lembo.
O governador de São Paulo disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contribui para que o PSDB tenha as características da UDN. “Ele contribui muito, foi ele quem lembrou a imagem de Carlos Lacerda. E só lembra a imagem de Carlos Lacerda quem tem na alma um espírito udenista”, disse Lembo.
Segundo Cláudio Lembo, Geraldo Alckmin, que disputou a presidência pelo PSDB também tem traços udenistas.
Apesar de identificar traços udenistas no PSDB, Lembo descarta a possibilidade de um impeachement. “Isso é bobagem. Impeachment por quê? O presidente Lula está fora de qualquer problema”, disse o governador.
Para Lembo, a oposição, tanto o PFL quanto o PSDB, devem “atravessar a rua” e dialogar com o presidente Lula. “PSDB e PFL devem atravessar a rua e dialogar com o presidente. O Brasil é maior do que as situações transitórias e o embate político”, defendeu Cláudio Lembo.
Aguarde a íntegra da entrevista do governador Cláudio Lembo.
Oposição desconversa e revela que não quer diálogo
A oposição está desconversando, e tanto FHC como Rodrigo Maia estão enganando a opinião pública. Lula não propôs pacto e nem pediu apoio ao seu programa de governo, mas sim disse que queria conversar com a oposição. Isso não é cooptação e nem negar o papel da oposição.
Sem propostas ou com medo, a oposição responde com evasivas, obviedades e placitudes, como fizeram FHC e Rodrigo Maia, ao dizer que o presidente tem líderes no Congresso que já falam com a oposição, que Lula apresente suas propostas ou as envie para o Congresso. Ou seja, não querem conversar.
Tomem nota: eles vão se atropelados pelos fatos. É só esperar e pagar para ver.
enviada por mino
31/10/2006 22:42
Os escritos n'O Globo
Foragido de uma peça de Moliére, Tartufo, o jornalista Ali Kamel, diretor de jornalismo da TV Globo, escreve hoje na página de Opinião do diário do grupo um artigo em que transparece a resposta à última edição de CartaCapital. Na revista, um editorial que começa por dizer que “milagre não houve, Lula ganhou”, enquanto o título da reportagem de capa afirma que “o povo não crê em bruxas”. Kamel assim intitula seu texto: “Nem Milagres, Nem Bruxarias”. Ao cabo, ministra uma lição de sabedoria. Mesmo os leitores que viveram com paixão a refrega eleitoral, “e onde há fatos viram conspiração; onde há notícias viram distorção; onde há isenção viram parcialidade”, se habilitam agora a entender “que a distorção não estava nos veículos, mas nos próprios olhos”. Iniciemos, portanto, uma procissão na rota do oculista. Claro que Kamel não se refere aos leitores que repudiaram o abaixo-assinado promovido pela Globo entre seus funcionários para responder às denúncias de CartaCapital, larguíssima maioria registrada pelo Observatório da Imprensa. Mas não é fato, definitivamente provado, que o Jornal Nacional adiou a notícia do acidente do avião da Gol para escancarar no vídeo a imagem do dinheiro do dossiê? E não é fato, reconhecido pelo próprio repórter, que o delegado Bruno teve um encontro privilegiado com César Tralli para lhe entregar uma cópia exclusiva? E por aí afora. Assim como, só para rememorar o passado, não é fato que a Globo implorou o golpe de Estado em 1964, para sustar a subversão em marcha, e que ainda estamos no aguardo da própria 42 anos depois?
enviada por mino