sábado, setembro 30, 2006

Tarso Genro: Vazamento das fotos é criminoso

cwiqmprSábado, 30 de setembro de 2006, 17h22

Bob Fernandes

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, em entrevista à Terra Magazine no final da tarde deste sábado, afirmou:

- O delegado (Edmilson Bruno) manifestou claramente a jornalistas a quem entregou as fotos qual era o propósito da sua ação (O delegado, segundo o assessor especial do presidente, Marco Aurélio Garcia disse que ia "f... Lula" ao entregar as fotos.mais abaixo), e isso atende às intenções do PSDB neste momento. Essa operação do vazamento das fotos é tão ou mais criminosa do que a operação do dossiê.

Terra Magazine - na visão do governo, o que está se passando?

Trata-se de um segundo episódio Abílio Diniz. Naquela oportunidade, foi utilizada uma imagem para vincular o candidato Lula aos seqüestradores do Abílio. Agora, as fotos vazadas pelo delegado têm o evidente objetivo de vincular o episódio de São Paulo à candidatura Lula. Trata-se de um jogo de imagens que conta com a claríssima colaboração de decisiva parte da chamada grande mídia.

O senhor se refere a algum veículo em especial?

Não me refiro a ninguém em especial, por enquanto, mas os fatos estão todos aí. Todos estamos vendo a montagem e a seqüência dessa operação que atende aos desejos e ao interesse do tucanato.

Mas a operação dossiê existiu.

Existiu, mas além de esconderem o conteúdo, escondem também que tanto os sanguessugas quanto os vampiros são organizações criminosas nascidas no governo Fernando Henrique Cardoso e só agora combatidas e desmanteladas pela Polícia Federal no governo do presidente Lula.

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1167607-EI6578,00.html

CPMI DOS SANGUESSUGAS PODE ANALISAR DOSSIÊ NA PRÓXIMA QUARTA

30/09/2006 às 11:58

Na reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas prevista para a próxima quarta-feira (4), o presidente do colegiado, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), poderá apresentar ao colegiado o dossiê com supostas acusações contra candidatos do PSDB e que seria vendido a pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores por R$ 1,7 milhão. Os documentos foram entregues pela Polícia Federal à comissão na última sexta-feira (22). Biscaia disse que vai sugerir ao relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), a criação de uma sub-relatoria específica para análise tanto do conteúdo do dossiê como do suposto envolvimento de integrantes do PT na tentativa de compra dos documentos.

De acordo com o presidente da comissão, que examinou os documentos na última terça-feira (26), o dossiê é composto de cópias de lançamentos bancários, um depoimento de Luiz Antônio Vedoin, sócio-proprietário da Planam, a um juiz de Cuiabá no qual ele relata com detalhes um possível envolvimento do empresário Abel Pereira com o ex-ministro da Saúde Barjas Negri, além de outros depoimentos e CDs com imagens de solenidades oficiais de entrega de ambulâncias.

Entre os mais de 130 requerimentos que o presidente da CPI deve incluir na pauta da reunião de quarta-feira, poderão ser votados os que convocam os ex-ministros da Saúde Humberto Costa, Saraiva Felipe, José Serra e Barjas Negri. Biscaia afirmou que, após o episódio do dossiê, a convocação dos ex-ministros é necessária.

Na mesma reunião, o sub-relator deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) poderá apresentar suas conclusões sobre se a CPI deve ou não sugerir a abertura de processo disciplinar contra o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT). Gabeira foi designado para produzir um relatório preliminar sobre as acusações feitas pelo empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin de que o senador teria recebido propina para beneficiar o esquema de fraudes que possibilitou a destinação irregular de recursos do Orçamento da União para a compra de ambulâncias para municípios a preços superfaturados.
Da Redação/ Agência Senado

http://www.olhardireto.com.br/noticias/noticia.asp?cod=11529

Para o Rodrigo Que Disse Que Blog Não É de Petista.

É sim. Bem vermelho.


Stanley - 30/09/2006 - 16h55m.


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Atualizando Matéria Postada Abaixo Sobre o Marco Aurélio de Mello - Outro Caso de Estupro

Outro caso

Também por decisão do STF, o universitário Gaby Boulos, 27, acusado de violentar uma menina de 12 anos que fazia malabares em um semáforo, foi solto na última quarta-feira, após obter liminar de habeas corpus concedida pelo ministro Marco Aurélio de Mello.Na decisão do ministro, consta que as premissas do decreto não são suficientes para respaldar a prisão preventiva de Boulos. Um laudo médico confirmou que a menina sofreu atentado violento ao pudor. A garota reconheceu Boulos como o autor do crime.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u116379.shtml

MÍDIA EQUILIBRADA?

29/09/2006

Mídia 'abafa' investigações contra PSDB

Segundo relatos de jornalistas das principais redações do país, há 'ordem velada' para se poupar candidaturas tucanas. Equipes são destacadas para investigar suposta venda do dossiê, enquanto pautas sobre relação de tucanos com sanguessugas são vetadas.

Bia Barbosa – Carta Maior

SÃO PAULO – Um dos últimos boletins eletrônicos de campanha do presidente Lula afirma que o “ódio” de alguns meios de comunicação pela esquerda tem “motivos simples, embora inconfessáveis”. “Acostumados ao controle que detinham sobre a opinião pública desde a redemocratização do país, alguns meios de comunicação não se conformam com a situação atual, em que a maior parte do povo vota em Lula, contra a opinião da maior parte da mídia, que é alckmista. O que mais incomoda estes setores da direita e dos meios de comunicação são as mudanças na estrutura social brasileira”, diz o texto.

Nas últimas semanas, depois da eclosão da crise do dossiê contra Serra, o presidente tem feito duras críticas ao comportamento da imprensa. Em discurso feito em Porto Alegre nesta segunda-feira (25), Lula disse que a cada erro que companheiros do partido cometem os jornais reagem como se “tivesse caído uma bomba atômica”, repercutem “meses e meses”. Já o erro dos adversários sai “no dia seguinte das páginas dos jornais”.

Estaria Lula exagerando nessa avaliação? Na última terça-feira (26), o jornal O Globo publicou uma matéria intitulada “Ataque de Lula à imprensa provoca reações”, que afirma que, na opinião de jornalistas e políticos ouvidos pelo jornal, o “episódio da compra do dossiê contra o candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, foi criado por integrantes do partido de Lula, não por jornalistas”.

A reportagem ouve, no entanto, somente fontes que confirmam a tese de que a cobertura estaria equilibrada. Na reportagem, o jornalista Alberto Dines, do “Observatório da Imprensa”, afirma que o discurso de Lula é “esquizofrênico” e que a mídia “tem se comportado muito bem”. A outra fonte ouvida é o diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo, Sandro Vaia, que diz que a imprensa está cumprindo sua obrigação ao cobrir e dar espaço em suas edições ao episódio, sem “partidarismos”. O ombudsman da Folha de S.Paulo aparece dizendo que a imprensa tem agido corretamente ao dar visibilidade ao caso.

Ninguém discorda disso. No entanto, onde estaria o acompanhamento da imprensa do outro lado desta história? Por que nossas equipes de jornalismo investigativo não foram atrás, como a mesma profundidade, das informações que o dossiê trazia? Como foram determinadas as linhas de coberturas dos jornais, revistas e da televisão acerca do caso?

No dia 18 de setembro, poucos dias depois da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha em São Paulo, a análise interna de Marcelo Beraba, ombudsman da Folha de S.Paulo, dizia que parecia “correta até aqui a cobertura jornalística da Folha do dossiê contra Serra que os Vedoin tentavam vender para um membro do PT e uma revista. Desde sábado o jornal está bem informado, deu destaque necessário nas Primeiras Páginas, tem dado espaço para as várias acusações e para as várias defesas e explicações e tem tratado as acusações ainda não confirmadas com cautela”. Dois dias depois, no entanto, destacava que a “Folha relegou a uma nota pequena e sem destaque, no final da edição, à continuação da investigação que iniciou no interior de São Paulo seguindo as pistas reveladas pela entrevista dos Vedoin à IstoÉ e que relacionam os ex-ministros José Serra e Barjas Negri à máfia dos sanguessugas. Aliás, o título da nota - "Ex-prefeito admite ter sido pago por Abel", página A14 - é impossível de ser decifrado. Quem é Abel?”.

Já no dia 21, Beraba afirma que “sumiu, na Edição SP, a única notícia que dava seqüência às investigações que a Folha vem fazendo do envolvimento de tucanos com a máfia dos sanguessugas. Na Edição Nacional, a nota "Barjas Negri é investigado em Piracicaba" está na página A7, mas depois caiu”. No dia seguinte, o ombudsman aponta uma mudança importante na manchete da primeira página:

“A Edição Nacional circulou com a declaração do presidente à TV Globo: "Lula põe 'a mão no fogo' por Mercadante". Mais tarde, com o depoimento de um dos Vedoin à Polícia Federal, o título mudou: 'Vedoin isenta Serra do caso sanguessuga'. Embora as palavras dos Vedoin já não mereçam grande credibilidade, tantos depoimentos e entrevistas contraditórios já deram; o jornal, ao optar por mais esta declaração, deveria ter colocado na formulação da manchete ou da linha de apoio a informação completa: Vedoin disse que não sabia de indícios contra Serra, mas voltou a acusar Abel Pereira de receber propinas na gestão do também tucano Barjas Negri, sucessor de Serra. O título interno contempla as duas informações e mostra que a Primeira Página teria condições de ter feito formulação parecida - 'Vedoin isenta Serra, mas acusa sucessor'. Como está, a manchete da Folha faz parecer que a única preocupação do jornal é isentar o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, e não a apuração do esquema dos sanguessugas que teria se apropriado do Ministério da Saúde nos governos FHC e Lula”.

As críticas à cobertura do jornal continuam até esta quarta-feira (27), quando Beraba afirma que desapareceu, na Edição SP da Folha, a meia página de noticiário sobre o suposto envolvimento do ex-ministro Barjas Negri (PSDB) no escândalo dos sanguessugas publicada na Edição Nacional. “Os títulos das reportagens da Edição Nacional que caíram: 'Presidente de CPI vê prova contra tucano', 'Empresário daria à Justiça papéis contra tucano' e 'Abel agora diz que foi duas vezes à Saúde' (página A7). Para abrigar o noticiário dos debates que terminaram tarde, a Edição SP teve de excluir algumas reportagens publicadas da Edição Nacional. Precisavam ser exatamente as referentes ao noticiário sobre o suposto envolvimento dos tucanos?”, questiona o ombudsman.

Dentro das redações

As decisões acerca da cobertura da Folha de S. Paulo, que são apontadas, mas não explicadas, pela crítica interna da redação, não são exclusivas do jornal cujo presidente – Luis Frias – é amigo pessoal de José Serra. Em veículos do mesmo grupo, vale a regra do faz de conta: faz de conta que Abel Pereira – o empresário ligado ao PSDB que também estaria envolvido em negociações do dossiê – não existe.

“Como Abel [Pereira] não está preso, não está indiciado, então faz de conta que ele não existe. Mas ele também estava negociando o dossiê com Vedoin; havia um leilão de informações, independente do conteúdo ser verdadeiro ou falso. Era preciso investigar por que ele estava lá. Mas o que se faz é repercutir o que sai no jornal impresso do dia. Então, se a Folha não dá, aqui também não sai nada. Parece que, por alguma razão, as pessoas não conseguem entender que há um outro lado da história”, disse à Carta Maior um jornalista que trabalha numa empresa do Grupo Folha.

Aqui não há uma pressão para que o Serra apareça bem, mas todo mundo sabe que a ordem de cima é pra poupá-lo. Se vier algo concreto contra ele, vamos dar. Mas se for uma situação nebulosa – como acontece com informações sobre outros políticos que acabam publicadas – não damos”, explica outro profissional que trabalha na empresa.

Em outro grande jornal de São Paulo, cuja linha editorial é claramente favorável aos tucanos, a cobertura da crise recente foi “como o de sempre”. “Ataquem os inimigos e finjam-se de mortos com os amigos”, relatou um repórter. “O foco da pauta desses dias foi todo no bando que comprou o dossiê, mas ninguém se preocupou em ir atrás do dossiê. A pauta do dia já vem pronta, na verdade: o repórter chega e já dizem pra ele pra onde ele vai correr. Aí ele vai pra rua, apura o que pediram pra apurar e acabou”, explica outro jornalista do mesmo jornal.

Segundo os repórteres de uma das revistas semanais de maior circulação, há uma clara diferença de comportamento entre o período "padrão" e os períodos de “crise”. As informações chegam, são apresentadas pela equipe de reportagem, mas não ganham continuidade na pauta.

Não há uma ordem explícita. Mas quando chega a hora do fechamento, é só olhar para o espelho. Há seis páginas para falar da crise que envolve o PT e duas colunas pra dizer que há alguma suspeita sobre o PSDB”, conta um jornalista. “Há pequenos boicotes internos e você nunca sabe se isso é voluntário”, diz outro. “Você até tenta furar o bloqueio. Apura, mostra, mas a pauta não anda. É inexplicável”, completa.

Na época da crise do mensalão, qualquer informação contra o governo era usada pela revista para confirmar a tese de autoritarismo e aparelhamento do Estado. Quando alguma coisa vazava “do outro lado” – por exemplo, quando surgiu a relação entre Marcos Valério e o tucano Eduardo Azeredo –, e não havia como sonegar a informação do leitor, “a matéria se transformava numa análise sociológica de como a política é suja no Brasil. Ou seja, uma matéria é a sujeira de um partido. A outra, é a sujeira da política no geral. Aí essas informações caem na vala comum”, explica um dos jornalistas do veículo.

Pelos relatos – e pelo fato de todos os jornalistas temerem falar abertamente sobre a cobertura política que seus veículos realizam –, fica nítido que há uma pressão clara dos donos dos meios de comunicação não apenas para que a cobertura siga determinada orientação, mas também para que não se discuta isso publicamente.

Na televisão

Na maior emissora de TV do país, o clima na redação não é diferente. Na semana passada, a Rede Globo não falou, em nenhum momento, que 70% das ambulâncias da Planam foram liberadas durante a gestão do PSDB, quando Serra estava à frente do Ministério da Saúde. A emissora também não enviou uma equipe até Piracicaba, para investigar Abel Pereira e as suspeitas que pesam sobre o ex-secretário-executivo de José Serra e atual prefeito da cidade, Barjas Negri. Durante a crise do mensalão, a emissora colocou repórteres investigando a fundo as denúncias contra Antônio Palloci em Ribeirão Preto. Mas Piracicaba parece que foi “esquecida” desta vez.

Esta semana, a emissora entrou na cobertura do “caso Abel” de forma tímida, mas com espaço para manipulações sutis. Na última terça-feira, em entrada ao vivo no jornal Hoje, o repórter da TV Centro-América, afiliada à Globo em Mato Grosso, disse que Abel Pereira esteve em Cuiabá na véspera da entrevista para a revista IstoÉ, e que Pereira é ligado a Barjas Negri, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (Negri assumiu o ministério quando da saída de Serra). À noite, o texto da edição do Jornal Nacional descrevia Negri como “ex-ministro do governo anterior”. Osvaldo Bargas, Jorge Lorenzetti e Freud Godoy são descritos dezenas de vezes ao dia como petistas. Mas Abel Pereira não pode ser tratado como lobista de um ex-ministro e prefeito tucano.

Com didatismo, a emissora relaciona o presidente Lula e os corruptos de seu governo e do partido envolvidos com a história do dossiê. O mesmo não acontece com Serra, Negri, Pereira, Vedoin e os deputados mensaleiros do Mato Grosso, que na época eram do PSDB. A pergunta que o telespectador se faz é: “Lula não sabia de nada?”. Mas ao eleitor não é dada a chance de se perguntar: “E Serra, não sabia de Abel? Se Barjas Negri era seu braço direito, como Serra não sabia dos sanguessugas atuando ali tão perto?”

O desequilíbrio da cobertura da Globo contaminou também o acompanhamento dos candidatos à presidência. Desde o início da campanha, a recomendação dos editores era a de que as entrevistas dos candidatos nas ruas deveriam ser sempre propositivas. Nada de críticas ou provocações aos adversários. No caso do PCC, por exemplo, o candidato petista ao governo de São Paulo não podia aparecer cobrando do governo do PSDB/PFL por que a polícia paulista havia perdido o controle do crime organizado. No entanto, diariamente se vê no Jornal Nacional as críticas dos demais candidatos a Lula.

Na quarta-feira (20) da última semana, Geraldo Alckmin foi agraciado com 1´20” no Jornal Nacional. Os outros candidatos tiveram 30 segundos. A justificativa dos editores cariocas foi a de que tratava-se do lançamento do programa de governo do PSDB, daí o tempo maior. No entanto, as declarações de Alckmin neste dia não foram sobre seu programa, mas atacando a corrupção do governo Lula. No dia do lançamento do programa de governo de Lula, na última semana de agosto, o candidato recebeu 1´30” – exatamente o mesmo tempo dado ao PSDB, incluindo espaço para Fernando Henrique criticar o presidente em seu discurso no Jockey Clube.

“Na redação, as pessoas estão com o estômago revirado. Ninguém duvida da necessidade de mostrar essa quadrilha de pseudo-sindicalistas que tentaram comprar o tal dossiê. Mas e o outro lado? E os sanguessugas tucanos? O que vemos, é um massacre ininterrupto no ar”, contou à Carta Maior um jornalista da TV.

Credibilidade em jogo

Em seu site pessoal, o repórter da Globo Luiz Carlos Azenha avalia que o que acontece hoje é um “espetáculo de hidrofobia que, lamentavelmente, não se fez quando a Vale do Rio Doce foi privatizada ou quando surgiram denúncias de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou votos no Congresso para garantir seu direito à reeleição”. “Embora isso não justifique o banditismo de integrantes do governo Lula, está claro que sanguessugas, vampiros e mensaleiros começaram a agir no governo FHC. O que fez a Polícia Federal, então? E Aristides Junqueira, o engavetador-geral da República?”, questiona Azenha.

O repórter diz que se sente à vontade para escrever sobre o atual governo porque investigou e denunciou alguns de seus integrantes. “Mas o trabalho de um jornalista deve ser guiado pela imparcialidade. A pior coisa que um repórter pode fazer é trombar com os fatos”, afirma.

Nos bastidores do jornalismo, não são poucas as histórias do poder de José Serra junto aos donos dos meios de comunicação. Certa vez, ele teria ligado diretamente para Boris Casoy e pedido a cabeça de um repórter que não havia feito a “pergunta combinada” a ele numa entrevista de rua. Também não são poucas as inclinações das chefias às políticas conservadoras.

Na avaliação de Luís Nassif, em post publicado esta semana em seu blog, é evidente que há uma competição entre praticamente todos os grandes veículos da mídia para saber quem derruba Lula primeiro. “Está-se tentando repetir a história, quando o momento seria propício para o veículo que se colocasse acima das paixões, recuperasse a técnica jornalística e se comportasse como magistrado, duro, inflexível, porém justo, colocando a preocupação com o país acima das conveniências de momento”, escreveu o jornalista.

Para Nassif, a virulência do editorial de domingo (24) da Folha de S. Paulo adotou um estilo inspirado em Carlos Lacerda. Lacerdista ou não, é fato que há uma guerra declarada da mídia ao governo e uma onda – não necessariamente articulada, porque nem precisa ser – para poupar tucanos e fingir que nada se passa do lado oposto do muro. Pesquisas quantitativas e qualitativas – como as divulgadas pelo Observatório Brasileiro de Mídia – mostram como isso se reflete no tempo e no espaço de textos negativos ou positivos dados pela imprensa a cada um dos candidatos. Dentro das redações, os movimentos são sutis. Por enquanto, as pesquisas eleitorais mostram que, apesar da artilharia, o efeito surtido questiona a eficiência da estratégia. Resta saber se, depois das eleições, o caminho escolhido pela imprensa brasileira não afetará sua credibilidade e sua capacidade de continuar influenciando a opinião pública.

http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=12400

Homem ligou para casa de Ubiratan pouco após o crime

Pelo o que li nas matérias abaixo, quem matou o tal coronel foi o PCC e não a Carla. Se viesse à tona que foi o PCC, as candidaturas do Serra e Alckmin terminariam, conforme dizem os textos abaixo.

Homem ligou para casa de Ubiratan pouco após o crime

30/09/2006 às 10:08

SÃO PAULO - Um homem soube do assassinato do coronel Ubiratan Guimarães pouco tempo depois do crime ter ocorrido. Essa é a nova pista da polícia, que recebeu, na última quarta-feira, laudo revelador do Instituto de Criminalística (IC). Os peritos constataram na secretária eletrônica do telefone do apartamento da vítima a gravação de uma voz masculina, dizendo: "Alô, tudo bem? (silêncio). Mas está morto, mesmo? (silêncio)". Os peritos, no entanto, verificaram não ser possível identificar a voz do interlocutor que conversava com o misterioso homem.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pretende agora descobrir quem é o dono da voz para que a conclusão do inquérito seja feita com o máximo de detalhes possível. O departamento quer saber se a pessoa é simplesmente uma testemunha ou também teria participado de um plano para matar o coronel ou mesmo para ajudar a ocultar vestígios no apartamento.

O Departamento de Homicídios também recebeu documento atestando que o identificador de chamadas (bina) instalado no apartamento do coronel teve números apagados. Uma blusa da advogada Carla Cepollina, entregue ao Instituto de Criminalística, não era a mesma utilizada por ela no dia do crime , segundo levantamento pericial. Ela era namorada de Ubiratan e foi indiciada pela polícia, que a considera autora do assassinato. As apurações policiais — baseadas no horário aproximado da morte da vítima e de alguns telefonemas feitos do apartamento, e depoimentos de testemunhas — praticamente colocam Carla no local do crime no momento em que o coronel foi morto.

Na última terça-feira, o delegado da Divisão de Homicídios Armado Costa Filho já dizia que o caso estava "100% esclarecido".

O coronel Ubiratan Guimarães, que era candidato a reeleição para deputado estadual, foi morto com um tiro na barriga no dia 9 de setembro, na sala de seu apartamento, localizado nos Jardins, bairro nobre da Capital. Seu corpo foi encontrado somente no dia seguinte, nu, envolto em uma toalha de banho.

Desde o início, a polícia já indicava Carla como a única suspeita. A Promotoria Pública, inclusive, já informou também que irá oferecer denúncia à Justiça contra Carla. Na próxima semana, todos os laudos devem ser entregues à polícia, que deve encerrar e relatar o inquérito. Apesar de ser indiciada pela polícia, Carla continua negando veementemente ser autora do tiro que matou Ubiratan

http://www.olhardireto.com.br/noticias/noticia.asp?cod=11502


HOMEM QUE AUTORIZOU O MASSACRE DE 111, E ERA CANDIDATO COM O NÚMERO 111, FOI MORTO NO DIA 11. NÃO É COINCIDÊNCIA, É PROVOCAÇÃO E PRENÚNCIO

CORONEL UBIRATAN GUIMARÃES: RECADO NOS NÚMEROS

por Luís Costa Pinto

O assassinato do Coronel Ubiratan Guimarães, o homem que deu a ordem para que seus comandados abrissem fogo contra presos rebelados no presídio Carandiru, em São Paulo, há catorze anos, vai incendiar o debate sobre a segurança pública em São Paulo. Até o fim do dia de hoje o Governo do Estado começará a atribuir o crime ao Primeiro Comando da Capital. Já há divergências internas entre o governador Cláudio Lembro e o secretário de Segurança Saulo de Castro Abreu Filho sobre o melhor momento para deixar claro essa autoria. Caso esse envolvimento do PCC se confirme além das fofocas palacianas, ficará caracterizado um atentado político e um "ajuste de contas" no coração sofisticado da maior e mais rica cidade brasileira.

No fim da manhã desta segunda-feira o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, descartou de antemão associações entre a morte de Ubiratan Guimarães e o PCC. Não tomou a decisão de falar isso sem, antes, brigar com Saulo de Castro Abreu Filho. Leia aqui (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u125852.shtml) texto da FolhaOnLine sobre essa negativa. O jornalista Cláudio Humberto Rosa e Silva publica nota em seu site, postada esta manhã, afirmando que o deputado Luiz Antônio Fleury Filho, amigo pessoal e ex-chefe do Coronel Ubiratan, já advertido para as ameaças do PCC ao homem que comandou o massacre do Carandiru. Leia aqui (http://www.claudiohumberto.com.br/) a nota de Cláudio Humberto.

O militar morto era um dos mais fortes aliados do deputado Luiz Antônio Fleury Filho, governador de São Paulo e comandante do Coronel Ubiratan na época do massacre. Naqueles tempos o PCC já existia mas não posuía tentáculos tão muscolosos como organização criminosa. A morte do Coronel Ubiratan pode ser o prenúncio de uma semana sorrateira e infernal para o governo paulistano na área de segurança pública. Ele era deputado estadual pelo PTB e disputava uma vaga na Câmara dos Deputados sob o número 111. Também montava um cavalo designado pelo número 111 que, mais do que algarismos cabalísticos, passou a ostentar como uma marca provocativa.

O PCC, que não tinha nenhuma organização estruturada na época do massacre do Carandiru mas já começava a se nutrir das sombras nos porões dos presídios paulistanos, sabe que o corpo do Coronel Ubiratan pode lhe conferir uma autoridade inquestionável no seio de famílias que têm alguma relação com o crime e com criminosos, mesmo que tênue.

O Primeiro Comando da Capital pode estar querendo promover o seu 11 de setembro particular, e o Governo do Estado de São Paulo deve cair nessa armadilha. Se o fizer, estará criado o fato específico e objetivo capaz de mudar os rumos da campanha eleitoral nacional, influindo contra as pretensões do tucano Geraldo Alckmin, e local, tisnando a vitória já quase certa do tucano José Serra em primeiro turno.

Leia aqui (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u125835.shtml), a primeira reportagem do site FolhaOnLine sobre o caso, aqui (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u125837.shtml) uma boa seqüência dela e aqui (http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2006/set/11/4.htm) a primeira reportagem da Agência Estado sobre a morte do coronel.


http://www.quidnovi.com.br/fm_noticia.php?id=318


******** ACHO QUE ELA ESTÁ FALANDO A VERDADE. E FOI PEGA PARA BODE EXPIATÓRIO, PARA SALVAR A CAMPANHA DO ALCKMIN ****** LEIA OS POSTS ABAIXO DESTE TEXTO PARA ENTENDER MELHOR *****

LEIAM, TAMBÉM, A MATÉRIA ABAIXO QUE DIZ QUE O TAL CORONEL FOI MORTO PELO PCC MAS QUE ESCONDERAM ESSA INFORMAÇÃO PARA NÃO AFETAR A CAMPANHA DO GERALDO ALCKMIN. E PEGARA A CARLA COMO BODE EXPIATÓRIO.


Carla deve ser indiciada por homicídio duplamente qualificado

25/09/2006 - às 12h30m



SPTV, Jornal Hoje, O Globo Online, Diário de S.Paulo



SÃO PAULO - A advogada Carla Cepollina deve ser indiciada nesta segunda-feira por homicídio doloso - quando há intenção de matar - duplamente qualificado, por motivo fútil e sem chances de defesa da vítima. A polícia tem dois motivos para o indiciamento: o cruzamento de dados telefônicos de Carla, da mãe dela e do Coronel Ubiratan e também o laudo da perícia, que aponta que Carla permaneceu no apartamento de Ubiratan após a morte do coronel. Carla chegou ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) às 10h10m num carro da polícia, com vidros escuros. Carla deve ser acusada pela morte do coronel Ubiratan Guimarães, conhecido pelo massacre do Carandiru, ocorrida no dia 9 de setembro, mas não deve ser presa. A advogada deve responder ao processo em liberdade.



A perícia do Instituto de Criminalista concluiu que só Carla esteve no apartamento do coronel no dia 9 de setembro, um sábado, quando ele foi assassinado com um tiro.

Em entrevista ao "Fantástico" neste domingo, Carla afirmou que se considera "a pata da vez".

- A polícia está sendo pressionada, e tem que achar um culpado. Eu sou a pata da vez.

Ela afirmou também que não tinha motivos para matar o coronel.

- Você não mata uma pessoa de quem você gosta, com quem você se dá bem, com quem tem um relacionamento sólido, faltando duas semanas para a eleição, com a eleição ganha, com planos para o futuro - argumenta.

De acordo com Carla, o coronel vinha se mostrando mais tenso que o costume, tendo inclusive aumentado o número de armas guardadas em casa. Contudo, ela afirmou não saber se ele recebeu alguma ameaça.

- Não sei, porque ele me poupava disso.

A reportagem reproduziu a gravação de uma ligação telefônica com uma ameaça dirigida a Carla. Na fita, um homem diz que "você matou, você vai morrer" e que ela "vai chegar a sete palmos da terra", para encontrar o coronel.

Por fim, Carla disse que a hipótese de briga por ciúme não tem fundamento, pela personalidade do coronel.

- Ninguém mandava nele, ninguém falava o que ele tinha que fazer. Então, esse papo de que "ele não estava" ou de que "eles estavam brigados", não tinha isso. Com ele, não tinha isso. Ou era, ou não era. - diz, afirmando mais adiante:

- Como eu poderia ter uma relação de ciúme com uma pessoa livre, que faz o que quer na hora que quer, e que era um homem político?

O promotor Luiz Fernando Vanggione disse que ela é a única suspeita.

- Até o momento não há outro indício que não aponte para ela - disse Vanggione, que descarta a necessidade de pedir prisão preventiva e afirma que o indiciamento cabe à polícia.

- Temos caso de vários suspeitos que respondem o caso em liberdade. Não existe privilégio neste episódio - afirmou o promotor.

Os peritos voltaram ao apartamento e fizeram teste de tiro no apartamento do coronel. Deram seis tiros em sacos de areia e vizinhos ouviram. A perícia comprovou que os estampidos são semelhantes ao que eles acharam ter escutado no dia do crime. Na última quinta-feira, os peritos também foram ao apartamento e só vestigios de Carla foram encontrados.

Para a polícia, o crime foi passional. A advogada confessou ter discutido com o coronel antes do crime, depois que ele recebeu o telefonema de uma outra mulher, uma delegada da Polícia Federal do Pará, apontada como uma nova namorada do policial.

Carla e sua mãe, Liliana Prinzivalli, conversaram

http://oglobo.globo.com/sp/mat/2006/09/22/285790851.asp três vezes por celular na noite em que o coronel Ubiratan Guimarães foi morto

. As três ligações entre mãe e filha foram feitas entre 19h30m e 20h30m, a hora seguinte à da morte do coronel, que, segundo laudo do IML foi assassinado às 19h30m.

No domingo, dia em que Ubiratan foi encontrado morto,

http://oglobo.globo.com/sp/mat/2006/09/22/285790861.asp Liliana ligou para o delegado-geral da Polícia Civil

em São Paulo, Marco Antônio Desgualdo.

http://oglobo.globo.com/sp/mat/2006/09/25/285818264.asp

TSE prevê resultado para a madrugada de domingo - Veja a cara-de-pau desse cara.

29/09/2006

TSE prevê resultado para a madrugada de domingo - Veja a cara-de-pau desse cara se diz ministro do TSE.


O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello informa que, entre 22h e 23h de domingo, a Justiça eleitoral terá totalizado 70% dos votos da eleição deste domingo. Se o resultado estiver apertado, talvez ainda não seja possível saber se o país já terá um presidente eleito ou se a disputa vai para o segundo turno. Em entrevista ao blog, Marco Aurélio prevê que 100% dos votos terão sido apurados na madrugada de domingo. Ele pretende anunciar o resultado oficial na manhã de segunda-feira. Leia abaixo a entrevista:

-Algum imprevisto?

Não, está tudo tranqüilo, correndo como o previsto. Aguardamos apenas a votação e a apuração no domingo.

- Quando o país conhecerá o resultado das eleições presidenciais?

Por volta das 22h, 23h de domingo teremos cerca de 70% dos votos apurados.

- Com 70% já dá para saber o resultado?

Talvez não. Depende muito dos colégios que terão alimentado o sistema de apuração até esse momento.

- Quando teremos 100% dos votos apurados?

Ao longo da madrugada teremos isso, se não houver nenhum incidente.

- A que horas será feita a comunicação oficial?

Será comunicado por mim, já na manhã de segunda-feira, depois que o sítio do TSE já estiver estampando o resultado.

- Não há hipótese de ocorrer no próprio domingo?

Não creio que haja espaço para isso. Isso será à luz do dia, já com o conhecimento pela veiculação via informática. Se a apuração não estiver encerrada, teremos a divulgação parcial, mas não com uma palavra oficial do tribunal.

- A que horas o tribunal começa a divulgar a apuração?

Em relação ao pleito presidencial, só poderemos fazê-lo depois de 19h, horário de Brasília. É quando encerra a votação no Acre e numa parte do Amazonas, que têm fuso diferente. O peso eleitoral desses lugares é pequeno, são 412.840 eleitores, 0,0328% do eleitorado, mas não podemos divulgar antes do encerramento total.

- Acha que a divulgação das notas que seriam usadas para comprar o dossiê terão reflexos eleitorais?

Depende do acesso do eleitorado a esses fatos. Foi veiculado que havia esse dinheiro. Agora surgem as fotografias. É uma incógnita.

- E quanto à investigação aberta pelo TSE no caso do dossiê, acha que tem influência no processo eleitoral?

No campo jurídico, não. No campo da repercussão junto aos eleitores vai depender de cada eleitor.

O sr. vota em Brasília?

Sim. Eu votava no Rio mas transferi o meu título de eleitor para cá. Cortei, até certo ponto, as amarras com o Rio. Só não abandonei o meu Flamengo e a minha praia.

- Como eleitor o sr. acha que seria conveniente que houvesse segundo turno?

Eu penso que, de certa forma... Eu já ia cometendo um ato falho. Olha, vou dizer apenas uma coisa: o seu pensamento é o meu.

Escrito por Josias de Souza às 21h12

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

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