por Donizete Arruda Numa espécie de programa Fome Zero destinado a alimentar os prefeitos cearenses e pedir-lhes votos, representantes do presidente Lula levaram a melhor ante um escalão avançado que atuava em nome do candidato do PSDB Geraldo Alckmin. Esta manhã, em Fortaleza, o governador eleito Cid Gomes, acompanhado do ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB) e da prefeita petista Luizianne Lins, reuniu 110 prefeitos num café da manhã em um hotel de luxo de Fortaleza. Vinte e dois deles eram filiados ao PSDB. Serão expulsos do partido, segundo anunciou o presidente nacional tucano, senador Tasso Jereissati. Já no almoço pró-Geraldo Alckmin, o número de prefeitos não foi anunciado, e houve apenas a divulgação do número total de presentes: 900 pessoas. O convescote do PSDB também foi em um hotel de luxo da capital cearense e era conveniente não se divulgar o número de alcaides no evento -- esse número era menor do que aqueles presentes è reunião com o governador eleito. A vitória dos lulistas contra os tucanos foi fácil demais, por WO. O tão esperado duelo entre Ciro e Tasso terminou por não acontecer. Não se sabe se houve combinação entre os dois caciques políticos do Ceará para baixar a temperatura, mas o deputado federal eleito Ciro Gomes evitou o confronto direto dele com o senador Tasso Jereissati e preferiu fazer campanha para Wilma Faria no Rio Grande do Norte. Por sua vez, Tasso evitou colocar lenha na fogueira da disputa eleitoral no Ceará. Ao contrário, foi diplomático: "não existe guerra alguma com o Ciro. Estamos em campos opostos, apoiando candidatos diferentes na sucessão presidencial", disse. Ao assumir o papel de coordenador geral da campanha de Lula no Ceará, o governador Cid Gomes colocou um desafio aos prefeitos: quer aumentar a maioria do presidente em até 10% nas 183 cidades onde o petista venceu as eleições com mais de 70% dos votos. Cid também assegurou que irá trabalhar pessoalmente para reverter a única derrota de Lula no Ceará, na cidade de Viçosa. Lá, Cid pretende ir quantas vezes for necessário para garantir a maioria pró-Lula. Se há euforia com a candidatura de Lula no Ceará, no lado tucano persiste o conflito entre o senador Tasso Jereissati e o governador Lúcio Alcântara. Ligado hoje a Lúcio, o presidente regional do PSDB, Raimundo Viana, sequer compareceu ao almoço. Lúcio também foi outra ausência notada. Afinal, o Governador sequer foi convidado. Nesse clima de animosidade entre os tucanos cearenses, a vida de Lula fica facilitada, apesar do senador Tasso Jereissati ter dito em entrevistas e no seu discurso que Alckmin irá crescer e muito na sua votação no Ceará.
http://www.quidnovi.com.br/fm_noticia.php?id=567
Que venha o segundo turnoANGÉLICA FERRASOLIReproduzido da Revista Forum
Então vamos para o segundo turno. E vamos não por indecisão, ou por dúvida. Vamos tão somente por hipocrisia, por essa refinada segunda pele colada à epiderme da classe média brasileira. Não vamos para o segundo turno porque essa mesma classe sofreu prejuízos no governo Lula. Pelo contrário. Não há comerciante, profissional liberal, pequeno ou médio empresário descontente. A produção cresceu, os empregos retomaram fluxo, vendas idem. Se ainda paga por escola e plano de saúde, é porque a classe média sempre teve dinheiro para gastar e pouca coragem para reivindicar; nada mudou. Lula não piorou a vida dessa gente, mas foi essa gente que lhe virou as costas no último domingo, insuflada por peixes grandes que - ironia - não perderam um centavo durante o governo popular de Luiz Inácio Lula da Silva.
A diferença é que os mais ricos - banqueiros, grandes empresários, fazendeiros, latifundiários -, esses sempre souberam seu lado. Aceitaram o governo do metalúrgico na esperança de que se arrebentasse, o que absolutamente não ocorreu. Nas urnas, mesmo sem perder (exceção feita, talvez, aos que cultivavam o antigo "hábito" de manter escravos e crianças trabalhando em suas fazendas...), esses votaram com sua classe, com sua casta privilegiada. Do outro lado desse imenso iceberg, uma população sem casa nem estudo, sem comida ou trabalho, sem recurso sequer para conhecer seu direito começou a ver o País com outros olhos e - ainda mais importante - a acreditar que era possível sonhar para seus filhos um futuro melhor. Não vai demorar um ano e o Brasil terá a primeira geração de formandos beneficiados pelas cotas e pelo programa que concede bolsas a jovens com baixa renda nas universidades. Dez, e outros tantos poderão recordar como finalmente puderam por os pés na escola graças a iniciativas simples, como a que obriga a freqüência às aulas para o recebimento de ajuda financeira (PETI, Bolsa Família, entre outros).
Essas pessoas, talvez, também pouca consciência tenham do que seja a disputa de classe. Mas votaram em Lula com vontade, com convicção e clareza, porque foi para elas, principalmente, o seu governo, como de fato tinha de ser - e tem de continuar. No meio desses dois extremos, essa classe média acéfala que há quatro anos se dizia "encantada" com o torneiro mecânico presidente; "emocionada" com o comício da vitória na Paulista, mostra sua desilusão de clown no final do espetáculo: Tanta corrupção, meu Deus! Tanto desencanto! Até o PT faz essas coisas! É como se o Brasil acabasse de ser descoberto e a corrupção inventada. Então se sintonizam as TVs, compram-se as revistas, os jornais, e, olha lá, mais denúncias, dinheiro em pilha, que coisa, hein?! O discurso da moralidade brota da boca do jornalista ex-assessor de Fernando Collor, da publicação (ou publicações) que só encheram os cofres com montanhas de dinheiro por apoiar a ditadura militar. E até aquele seu vizinho, sabe aquele, que sonega impostos e desconta comida da empregada, então, até aquele cara virou um paladino da moral e dos bons costumes.
No último debate na TV, o candidato que se dizia "da educação" afirmou que corrupção também era Lula não ter comparecido. É mentira. Muito mais corrupto é aquele que se faz de besta, tendo conhecimento da situação, apenas para tirar proveito para si ou sua classe, e isso importantes setores da imprensa fazem todos os dias nesse País. Mas nada disso - nem a mentira travestida em "informação" e nem a roubalheira - seria sustentável não fosse a ignorância política e a pseudo-moralidade da classe média, tão antiga quanto a corrupção na política brasileira. Essa mesma classe que, não vendo "vantagens" num governo que tratou basicamente de atacar a miséria brasileira, não consegue enxergar uma década à frente e perceber como seria importante (ou vital) uma sociedade mais igualitária para a sobrevivência de seus próprios descendentes. E que prefere, em nome dessa discutível moral, apoiar justamente aquele que comandou o Estado mais fragilizado quando o assunto é Segurança Pública, com um descarado e cruel abandono das Febens e concessões ao PCC.
Como nada nunca foi fácil para os que lutam neste País, principalmente os mais humildes, que venha logo, então, esse segundo turno das eleições. E venha, de preferência, inspirado na apuração baiana que, contrariando prognósticos e pesquisas, deixou para trás décadas e décadas de carlismo. Porque se a greve é a festa dos pobres, como lindamente escreveu um jovem Jorge Amado em Capitães da Areia, votar deve ser, também, a mais bela forma de registrar na História o resgate de sua cidadania.
http://www.informante.net/resources.php?catID=2&pergunta=3480#Cena_1
Denúncia mostra santinho do PFL-PE com foto de Lula e número de tucano
O portal Supramax ( http://www.supramax.com.br ) publicou entre as notícias de sua edição do dia 4/10 uma denúncia que, se comprovada, poderá custar um processo na justiça eleitoral contra alguns candidatos do PFL de Pernambuco.
Segundo o site, na tentativa de enganar alguns eleitores menos esclarecidos, foram distribuídos panfletos, também conhecidos como "Santinhos", na zona rural e em algumas cidades do sertão pernambucano, nos santinhos estavam impressas as fotos, nomes e números dos seguintes candidatos: Osvaldo Coelho federal 2530, Geraldo Coelho estadual 25230, Jarbas Senador 156, Mendonça governador 25 e, pasmem, Lula presidente 45. Isso, mesmo, colocaramn o número do adversário de Lula, Geraldo Alckmin, junto da foto do presidente que disputa a reeleição.
Não se sabe quantos eleitores foram vítimas desta marota fraude eleitoral, mas ela se explica pelo fato do presidente Lula ter aparecido em todas as pesquisas que antecederam a votação do primeiro turno com índices superiores a 70% das intenções de voto entre os eleitores pernambucanos.
Os números finais da apuração do primeiro turno confirmaram este favoritismo. Lula obteve 70,93% dos votos válidos no estado contra 22,86% de Geraldo Alckmin.
Osvaldo Coelho, que aparecia no panfleto, obteve 72.109 mas não se reelegeu para a Câmara dos Deputados. Já seu colega de partido e sobrenome, Geraldo Coelho, foi reeleito para a Assembléia Legislativa de Pernambuco com 41.472 votos. O senador Jarbas Vasconcelos, que também figura no folheto, foi eleito senador com 56,14% dos votos válidos e o candidato ao governo de ernambuco pelo PFL, Mendonça Filho, obteve 39,32% dos votos e disputará o segundo turno com o candidato do PSB, Eduardo Campos.
Eliana Dias
PFL do Rio usou indevidamente o cadastro de aposentados do INSS
Coluna da Tereza Cruvinel, no O Globo de Hoje, 06/10/2006 (...)Mala do INSS - O TRE precisa investigar este indício de acesso irregular ao cadastro de aposentados. Um senhor que sempre morou na Tijuca (e prefere não se identificar), ao se aposentar mudou-se de cidade, deixando ao INSS, e a ninguém mais, o endereço da filha em COpacabana.
Lá chegaram, destinados a ele, panfletos do candidato federal (eleito) Índio da Costa (PFL).(...)
http://www.experimenteoglobo.com.br/flip/index.php?menuColunas=1&ran=C25bm5smvr8WRGEUxmpK5tfO02ktb80ib6VGz0rHwNHhynpsFj
“Se a discussão ética tomou o relevo que tomou, vamos tratá-la”, declarou Ciro Gomes‘PSDB/PFL são responsáveis pelos maiores escândalos da história’“Em todos esses escândalos, eu estou falando de bilhões desviados”, completou o deputado eleito, lembrando a privatização da Telebrás, o socorro aos bancos Marka e FonteCindam e a compra de votos para reeleição de Fernando Henrique
O deputado federal Ciro Gomes (PSB), eleito pelo Estado do Ceará com 667.830 votos – proporcionalmente a maior votação do país para a Câmara dos Deputados – considerou que parte da mídia comportou-se de forma “facciosa, irresponsável, indecente e alinhada” na véspera das eleições de domingo. “O presidente Lula tomou uma estratégia de apresentar o seu governo e fazer uma prestação de contas, mas os seus adversários fizeram essa opção lacerdista, sem o brilho de Carlos Lacerda, de aviltar o debate brasileiro e nisso tiveram o papel coadjuvante de uma parcela interessada da imprensa”, disse Ciro.
DOSSIÊ
De acordo com ele, a armação para a compra do suposto dossiê contra José Serra merece “severa apuração e punição”, mas parte da imprensa usou o fato para tumultuar a reta final das eleições: “Se a discussão ética tomou o relevo que tomou, vamos tratá-la. Não creio que seja ético explorar escândalos que merecem severa apuração e punição para manipular consciências. Se falha houve, não é razoável que o Brasil seja induzido a esquecer que essa gente da coalizão PDSB e PLF são os responsáveis pelos mais graves escândalos impunes da história republicana do Brasil”. “Em todos esses escândalos, eu estou falando de bilhões desviados”, afirmou Ciro.
PRIVATARIA
O deputado, que se integrou ao comando nacional da campanha para a reeleição do presidente Lula neste segundo turno, citou alguns dos escândalos ocorridos durante os oito anos de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, na Presidência da República, como a entrega do Sistema Telebrás, o socorro aos bancos Marka e FonteCindam e a operação deflagrada no primeiro mandato de FH junto ao Congresso Nacional para a compra de votos para a aprovação de sua reeleição. Ciro lembrou também que o crime organizado em São Paulo nasceu, foi alimentado e cresceu durante os 12 anos da administração do PSDB, além da denúncia de recebimento ilegal de vestidos de uma famosa grife paulista por parte da esposa do então governador paulista Geraldo Alckmin, atual candidato do PSDB à Presidência. Ciro Gomes não deixou de citar que, durante o governo de Alckmin, foram engavetadas mais de 60 CPIs contra a administração do PSDB.
Sobre os vestidos recebidos pela ex-primeira dama paulista (centenas de peças entre 2001 e 2005, segundo o estilista Rogério Figueiredo), Ciro Gomes considerou que “ela foi, de forma muito grosseira, trazida a escândalo porque recebeu uns vestidos de cinco mil dólares”. Ciro completou que “se as televisões resolvessem escolher isso como tema e comparassem esse assunto coma as roupas rasgadas e os trapos que a população do sertão do Nordeste ou das favelas do Rio de Janeiro veste, o senhor Alckmin não estaria nem participando do debate”.
Para o ex-ministro da Integração Nacional, “se a discussão ética tomou o relevo que tomou, vamos tratá-la. Nós não ficaremos mais, se depender da minha opinião, sem resposta. Se é assim que é, vamos lá”. De acordo com ele, Geraldo Alckmin “é um homem decente. Não consigo imaginar a idéia de aviltar uma discussão só porque sou seu adversário e chamá-lo de pilantra, chefe de quadrilha e gângster, como eles têm ousado chamar o presidente da República, num exagero que o segundo turno vai ter que por um ponto final”.
Ciro Gomes denunciou que Lula foi vítima de “uma seqüência de golpes e estocadas oportunistas, rasteiras, mistificadoras”, citando a divulgação da foto do dinheiro usado para a compra do suposto dossiê contra José Serra, assim como a forma como a mídia explorou a ausência do presidente Lula no debate da TV Globo. “Se o povo farejar que há uma trama da elite para comover a população com expedientes, que sendo graves não são centrais ao destino da nação, a população talvez negue legitimidade ao que ganhar por esse caminho”, disse o deputado completando que “a classe pobre acredita no caminho democrático para superar sua miséria. O Lula materializou isso. Se ele perde a eleição, é do jogo. Mas, se as pessoas acham que jogaram para tirá-lo, não tenha dúvida de que a revolta e a reação serão muito grandes”.
LUIZ ROCHA
http://www.horadopovo.com.br/pag2a.htm
Rescaldo de FH e um dos chefes do programa de governo do Geraldo quer entregar a Petrobrás
O ex-ministro das Comunicações de Fernando Henrique, Luiz Carlos Mendonça de Barros, que atualmente é um dos principais articuladores do programa de governo do tucano Geraldo Alckmin, é defensor da “privatização” da Petrobrás.
Mendonça de Barros, que, pra não entornar o caldo, expeliu-se do governo FHC depois de ser flagrado em gravações de conversas telefônicas armando as negociatas de doação das teles, sempre foi um defensor da entrega de empresas públicas. Em entrevista à revista “Exame”, em junho de 2005, pregou abertamente a retomada das privatizações tucanas: “Há muita coisa ainda, como os serviços portuários, as estradas de rodagem, o setor elétrico, a Petrobrás”.
Indagado se a entrega da Petrobrás geraria polêmica, afirmou: “Sem dúvida. Ainda não tenho uma opinião formada sobre o assunto, mas se eu estivesse no próximo governo, trabalharia forte na privatização da Petrobrás. Esse não é um projeto simples. Tem de ser muito bem estudado, muito bem planejado. Mas acho que deveríamos quebrar esse monopólio que hoje não se justifica”.
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Valverde: “dossiê compromete Serra e essa CPI não investiga para favorecer Alckmin”A reunião administrativa da CPMI dos Sanguessugas para votar mais de 200 requerimentos de convocação e quebra de sigilos de uma série de envolvidos com a máfia das ambulâncias foi adiada da última quarta-feira (04) para a próxima terça-feira (10). Entre os possíveis convocados estão o ex-ministro da Saúde, Barjas Negri, e Abel Pereira, empresário de Piracicaba acusado pelos Vedoin de ser o operador do ministro junto aos sanguessugas.
Após o cancelamento da reunião, por falta de quorum, ocorreu um intenso debate entre o deputado Eduardo Valverde (PT/RO) – autor de um requerimento para a convocação de José Serra e Barjas Negri - e Fernando Gabeira (PV/RJ). Valverde acusou integrantes da comissão de estarem agindo em favor dos tucanos ao tentar abafar as investigações. “O empresário Abel Pereira buscou comprar por R$ 20 milhões o silêncio de Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam. O que teria esse dossiê? Por que é tão caro?”, questionou Valverde, logo emendando a resposta: “Tenho informações de que esse dossiê compromete inteiramente o José Serra, mas hipocritamente esta CPI não investiga isso. Esta CPI tem um lado, defender a candidatura de Alckmin à Presidência da República”.
O deputado Fernando Gabeira se apressou em dizer que não havia dossiê nenhum que incriminasse o tucano Barjas Negri. Anteriormente, ele já havia ansiosamente absolvido o tucano Antero Paes de Barros. Para Gabeira, que quer protelar os depoimentos do ex-ministro e de Abel, o dossiê contém apenas provas de que todo o esquema de venda superfaturada de ambulâncias começou na gestão de José Serra no Ministério da Saúde. O material em questão é o que foi apreendido pela Polícia Federal durante a transação entre os donos da Planam e os petistas Gedimar Passos, Oswaldo Bargas, Expedito Veloso, Jorge Lorenzetti e Hamilton Lacerda, que respondem a inquérito na PF.
Na opinião da deputada Vanessa Grazziotin (PcdoB/AM), as denúncias dos donos da Planam contra Barjas Negri demonstram que “parece que estamos encontrando o fio da meada (na CPMI)”.
Após adiar os processos investigatórios, a CPMI decidiu se concentrar em acompanhar as apurações da Polícia Federal sobre a compra do dossiê e encaminhou uma delegação de deputados para o Mato Grosso.
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Ciro diz que Alckmin vai ter que respeitar Lula
Publicada em 06/10/2006 às 11h21m Ilimar Franco - O Globo BRASÍLIA - Escalado para tourear com os tucanos, o ex-ministro da Integração Nacional e deputado eleito Ciro Gomes (PSB-CE) distribuiu novas críticas à oposição ao sair na quinta-feira de encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. Ciro afirmou que o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) tem que ser tratado com respeito, mas cobrou que o mesmo tratamento seja dispensado ao presidente Lula. E acrescentou que, se isso não ocorrer, os adversários não ficarão sem resposta à altura.
— Não vamos baixar o nível em nenhuma circunstância. O Alckmin é um homem respeitável, mas ele vai ter que respeitar o presidente Lula. Se não vai ouvir. Eu recomendo. Porque se vier de lá, vai vir de cá multiplicado por dez — disse Ciro Gomes.
O aliado de Lula, dizendo que fala em nome pessoal, criticou o fato de Alckmin ter recebido os apoios do ex-governador do Rio Anthony Garotinho e do PFL da Bahia, liderado pelo senador Antonio Carlos Magalhães. Ele disse que quem posa de moralista não pode ter contradições no campo da ética.
— Quem é moralista, quem quer se apresentar de vestal, quem quer se apresentar de anjo não pode ter contradições nessa área — disse Ciro.
E acrescentou:
— Como pode alguém imaginar que tudo o que diz respeito aos destinos superiores da nação se deve ao mau comportamento de meia dúzia de petistas aprendizes de mafiosos e depois se agarra com o casal Garotinho, se agarra com o PFL da Bahia, com o Ivo Cassol? Venha com outra. O Alckmin tem que explicar as 60 CPIs que ele impediu que fossem feitas pela Assembléia de São Paulo.
Ciro, que tem feito reuniões diárias com o presidente Lula e vai viajar para alguns estados para apoiar a reeleição, afirmou que o candidato da oposição faz o discurso da ética para não ter que aprofundar suas propostas no campo da economia e do ajuste fiscal. Ciro também criticou a proposta do tucano de cortar as despesas correntes do governo federal.
— O Alckmin disse aos plutocratas que vai reduzir os gastos correntes. Isso é música para os ouvidos dos barões brasileiros. Os gastos correntes são feitos com funcionários públicos, aposentados, custeio da saúde, custeio da educação, custeio da segurança e Bolsa Família — afirmou Ciro.
Depois de ter chamado os petistas que se envolveram na compra do dossiê contra tucanos de "meia dúzia de aprendizes de mafiosos", Ciro criticou o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno, por ter passado à imprensa a foto com o dinheiro às vésperas do primeiro turno das eleições.
— Um delegado de polícia ir lá e fotografar o dinheiro, e forçar a barra para entregar a jornalistas para sair a dois dias da eleição... Isso não é funcional, isso é politicagem - afirmou.
http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2006/mat/2006/10/06/286006233.asp
FHC diz a jornal argentino que voto em Lula saiu da parte do Brasil onde economia é débil e atrasada |