segunda-feira, outubro 23, 2006

23/10/2006 18:01

Algumas perguntas aos leitores

Um comunicado enviado pela Central Globo e Pesquisa e Recursos Humanos aos empregados do Rio, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife pretende que, pouco menos de duas semanas atrás, CartaCapital submeteu ao diretor de jornalismo da TV, Ali Kamel, um questionário, cujas perguntas “partiam sempre de premissas falsas e se referiam a episódios que nunca existiram”. A revista, ao produzir sua primeira reportagem de capa sobre o dossiê da mídia a partir das fotos do dinheiro de autoria do delegado Bruno, entendia ser seu dever ouvir a Globo. Kamel recusou-se a responder, deu apenas uma declaração anódina e retórica. Para o julgamento dos leitores, pergunto: é invenção de CartaCapital que 70% das ambulâncias da Planam foram liberadas durante o governo FHC, quando os ministros da Saúde foram primeiro José Serra, depois Barjas Negri? É invenção de CartaCapital que o JN não destacou um único, escasso repórter para investigar as relações entre Abel Pereira e Barjas Negri? E é invenção de CartaCapital que o JN produziu uma reportagem sobre Abel Pereira, chegou a ser editada, mas nunca foi ao ar? E é invenção de CartaCapital que várias rádios e o Jornal da Band noticiaram o acidente com o avião da GOL antes do JN, pronto a adiar a informação para potencializar, digamos assim, a exibição do dinheiro sabiamente empilhado pelo delegado Bruno? E é invenção de CartaCapital que este lance global foi decisivo para o resultado eleitoral do primeiro turno?

enviada por mino

23/10/2006 15:15

O que não é crime

O professor Belluzzo, companheiro de inúmeras jornadas, além de economista é formado pela Escola de Direito do Largo de São Francisco. Por onde também passei. Pois o professor Belluzzo criticou um dos meus posts (deslumbra-me escrever post) de sexta-feira passada, quando disse que a trapalhada do famoso dossiê configura crime. Evocou Cesare Beccaria, o iluminista italiano do direito penal, que em 1700 escreveu uma obra definitiva, intitulada Dos Delitos e Das Penas. Lê-se ali: não há crime sem lei. Os aloprados, sublinha Belluzzo, que não é petista e nunca foi (diria que, em primeiro lugar, ele é palmeirense), não cometeram um crime porque comprar dossiê não é ação contemplada como tal. Atentaram, isto sim, contra a ética. E ponto.

http://z001.ig.com.br/ig/61/51/937843/blig/blogdomino/2006_10.html#post_18669222

Servidoras de PE fazem campanha para candidato e são presas

Da Agência estado

23/10/2006

18h05-A secretária de Turismo da cidade de Pesqueira (PE), Fátima Genu e a servidora pública Rosângela Rodrigues Barbosa foram autuadas em flagrante e presas no domingo à noite distribuindo brindes e santinhos em prol da reeleição do governador pernambucano Mendonça Filho (PFL). Elas participavam de uma reunião com cerca de 150 mulheres na Cooperativa de Rendeiras da cidade, a 215 quilômetros do Recife, no agreste.

O juiz da 55ª zona eleitoral, André Santana, fez o flagrante depois de receber denúncia. Ele apreendeu cinco sacos de linha específicos para a confecção da renda renascença, produto de exportação do município. As duas mulheres foram liberadas nesta madrugada, diante de pedido de liberdade provisória. Elas vão responder a inquérito policial. Rosângela é presidente da associação municipal das rendeiras.

De acordo com o juiz, o artigo 299 do Código Eleitoral proíbe a distribuição de brindes ou qualquer benefício em troca da promessa de voto. Ele remeteu o auto do flagrante esta segunda-feira para o Tribunal Regional Eleitoral, que poderá impor multa e até pedir impugnação da candidatura do governador-candidato através da procuradoria eleitoral. "A conduta é criminosa", afirmou Santana.

A assessoria jurídica da campanha majoritária do pefelista considerou o fato como "uma ação isolada", sem nenhum vínculo com a campanha de Mendonça. O prefeito de Pesqueira, José Eudes Tenório (PFL), aliado do governador-candidato, não foi localizado.

http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2687443&sub=Política

Segunda-feira, Outubro 23, 2006

Abel Pereira diz que não se interessou por dossiê falso dos Vedoin

Ação, suspense, extorsão, ameaças, jogo sujo, filmagem as escondidas. Este foi o cenário pintado pela família Vedoin para conseguir dinheiro fácil. Parecia filmagens de um filme da máfia russa ou chinesa. Só faltou cenas de lutas marciais, de mortes violentas, sangrentas. Mas faltou pouco. O enredo era forte, digno das grandes películas de Holliwood, com extorsões de todos os lados e sem mocinho, só bandidos. Parte deste enredo foi contado na manhã de hoje pelo empresário paulista Abel Pereira em entrevista para a imprensa sobre o malogrado dossiê que a família Vedoin tentou vender para o PT .

O cenário o filme foi todo montado pela família Vedoin, em especial pelo filho Luiz Antônio Vedoin que está preso em Cuiabá. Sem dinheiro, uma vez que sua fortuna estava bloqueada pela Justiça em virtude do envolvimento com a Máfia das Sanguessuas, Luiz, com ajuda do pai, Darci Vedoin passou a montar uma intrincada e mirabolante forma de conseguir dinheiro. Pensou nos filmes de ação e violência envolvendo máfias russas e chinesas. A arquitetação tinha tudo para dar certo não fosse a ação eficiente da Policia Federal que malogrou o final das filmagem, ou que apareceu como o mocinho da cena contra a bandidagem.

Este cenário, bem draconiano foi explicado na manhã desta segunda-feira por um dos integrantes do filme, o empresário Abel Pereira. Se dizendo completamente inocente e usado pelos Vedoim que, segundo ele, queriam extorquir dinheiro do PSDB, o empresário disse após a audiência na PF que foi usado, envolvido em uma trama que poderia até culminar com sua morte. Agradeceu a ação rápida e direta a Polícia Federal.

Durante a coletiva, Abel Pereira negou com veemência que tenha tido qualquer envolvimento com o dossiê. “Era uma trama diabólica para prejudicar partidos políticos de São Paulo”, explicou. Confirmou que conhece o prefeito de Jaciara, com tem uma amizade de 14 anos. “Tenho fazenda em Jaciara, uma cidade que não tinha nem hospital. Como sou de Piracicaba, mesma cidade do Barjas Negri – ex-ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso, ele me pediu que ajudasse a conseguir recursos. Foi o que fiz. Foi a única vez que fui ao ministério”, juro.

Abel, dono de duas empreiteiras nega que tenha se beneficiado da ajuda construindo o Hospital. “A prefeitura passou para outra empreiteira. Não recebi ajuda nenhuma”, completa.

Abel Pereira disse ainda que nunca teve nenhum contato com as empresas da família Vedoin e garantiu que o dossiê apresentado é falso. “Podem quebrar meu sigilo bancário. Estou à disposição”, avisa..

Ao contar toda a história de seu envolvimento no dossiê, Abel Pereira disse ter achado estranho toda a historia. Segundo ele a família Vedoin disse que tinha documentos com informações preciosas contra o então candidato ao governo de São Paulo Aluízio Mercadante. “Ele queria vender o "documento". Queria valorizar, disse que não queria que PT soubesse. Por isso me usou para valorizar o preço do dossiê para o PT”, explicou.

Para ressaltar que a família Vedoin valorizava a venda do falso dossiê, Abel Pereira usou parte de depoimentos de Luiz Antônio Vedoin que são contraditórias. “Em um de seus depoimentos ele disse que não conhecia Expedido Veloso e Jorge Lorenzetti, que estariam envolvidos na compra do dossiê. Em outro depoimento mudou tudo. Disse que os conhecia e que eles estiveram em Cuiabá negociando a compra deste dossiê. Uma hora fala uma coisa outra hora fala outra. Usam tudo para extorquir dinheiro de outras pessoas”,completou revoltado.

Abel Pereira conta que esteve duas ou três vezes contato com Vedoim. “Eles achavam que eu tinha ligação com o PSDB, com alguém do partido. Nunca tive ligação, nunca tive envolvimento. nunca fui filiado a partido político nenhum”, ressalta.

Conta ainda que o primeiro contato com Luiz Antônio Vedoin foi em São Paulo, em agosto. “Eles me ligaram. Pediram para falar com a cúpula do PSDB, no shopping Iguatemi, em um restaurante. Disse que tinha documentação importante de políticos do PT e documentos importantes do candidato Mercadante. “Não tenho envolvimento com ninguém do PSDB. Não sou filiado ao partido, não tenho como infiltrar no assunto. Confirmei que conhecia o Barjas Negri. Mas neguei ajuda”..

O empresário continua. “Achavam que eu tinha ligação com o partido. Não me interessei, disseram que sairia uma reportagem em uma revista de duas pessoas candidatas, na revista Época. Falou de Antero (Paes de Barros, senador e candidato derrotado ao governo de Mato Grosso). Disse ainda que no dia 24 de agosto esteve em Cuiabá para tratar de assuntos pessoais e foi contato pelo Vedoin. Se hospedou no hotel Taiamã. Estava com o advogado tratando de assuntos de seu interesse. Foi contato por Luiz Antônio Vedoin que pediu para que fosse ao Posto 10, n avenida do CPA. “Fui ao posto fiquei esperando, depois de cinco minutos estava na Multicópias, ao lao do posto”. Lá Abel Pereira disse que foi surpreendido como se estivesse em um cena de filme da máfia russa ou chinesa. “Percebi que estava sendo filmado. Vi que eles estavam me usando para alguma coisa. Seu advogado, neste instante interrompe a coletiva para dizer que seu cliente poderia até morrer de forma violenta.. “Eles me filmavam através de um câmara de um computador portátil. Era um coisa terrível. Não aceitei conversar ali”, disse.

Cena encerrada, Abel Pereira revela que foi embora, passear no shopping Pantanal, quando um emissário dos Vedoin o procurou para dizer que Luiz Antônio estava dando depoimento na Polícia Federal e não poderia encontra-lo lá, se encontrando com Ronildo Medeiros em uma lanchonete à noite na avenida Rubens de Mendonça.Depois resolveu ir embora na madrugada seguinte.

Ao encerrar a coletiva, Abel disse que percebeu que estava sendo usado já em São Paulo, quando leu na imprensa sobre a prisão dos Vedoin e de integrantes do PT. Segundo ele, foi a ai que percebeu que estava sendo usado. “O pessoal do PT estava em Cuiabá no mesmo dia que eu. Os Vedoin tinham que me filmar, mostrar que estava comprando o dossiê, para conseguirem um valor mais alto do PT. Um jogo muito sujo, completou, encerrando a coletiva.

Abel é dono de uma fazenda em Jaciara desde 1999 e chegou a ser sócio de Darci Vedoin num projeto de gado leiteiro, em 2001, mas alega que a parceria não foi para frente. O advogado estranhou que o dono da Planan não tenha sido ouvido, até agora, no inquérito. Ele negou que seu cliente tivesse tentado comprar o dossiê por R$ 10 milhões, conforme consta do inquérito. Abel teria viajado para Cuiabá a fim de tratar dessa compra. "Se ele tivesse oferecido R$ 10 milhões, por que iriam vender ao PT por menos de R$ 2 milhões?", questiona o advogado. Segundo Pannunzio, o empresário esteve em Cuiabá no mês de setembro para tratar de negócios da fazenda, como faz todos os meses.

." A empresa de Abel Pereira venceu licitação no valor de R$ 550 mil para ampliar um hospital em Jaciara, próximo de Cuiabá, no final da gestão de Negri. O dinheiro foi repassado pelo Ministério à prefeitura da cidade.

http://portalmidiapetista.blogspot.com/2006/10/abel-pereira-diz-que-no-se-interessou.html

Advogado de Vedoin diz que não existe dossiê contra Mercadante

Da Agência Brasil

23/10/2006

17h40-Cuiabá (MT) - O advogado Eloi Refatti, do empresário Luiz Antônio Vedoin, disse nesta segunda-feira que “não existe nada contra o [senador petista Aloizio] Mercadante. [Vedoin] não tentou vender nada contra ele. Senão já teria apresentado. Digo isso com toda a certeza”, afirmou.

Segundo Refatti, como Vedoin tinha o benefício da delação premiada, tudo o que podia ser dito sobre algum parlamentar já foi dito. “Eles não são bobos de acusar ninguém sem indícios”, disse.“A situação dele [Vedoin] já está bem complicada para fazer uma afirmação dessas”, afirmou o advogado sobre as declarações de hoje do empresário paulista Abel Pereira e seu advogado, Eduardo Siqueira Rodrigues.

Rodrigues disse que seu cliente foi procurado por Vedoin, que teria oferecido documentos contra o senador petista Aloizio Mercadante. Abel Pereira, segundo seu advogado, disse à Polícia Federal que o dossiê continha “documentos que os Vedoin teriam e que poderiam comprometer a candidatura de Mercadante ao governo de São Paulo. Poderiam influenciar a eleição”. Mercadante foi derrotado pelo candidato tucano José Serra no primeiro turno.

Vedoin está preso em Cuiabá. O advogado entrou com habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF), que deverá ser julgado na semana que vem. Abel Pereira terminou seu depoimento na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Cuiabá (MT). Ele é suspeito de ter participado do esquema de compras de ambulâncias superfaturadas e desvio de dinheiro público, um esquema desmontado pela PF na Operação Sanguessuga.

No depoimento que concedeu à PF, Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam (a empresa acusada de liderar o esquema), apontou Abel Pereira como intermediário na liberação de verbas no Ministério da Saúde durante a gestão de Barjas Negri, que no governo de Fernando Henrique Cardoso foi secretário-executivo de José Serra e depois ministro da Saúde.

http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2687429&sub=Política

Grifo meu: Atualização do texto abaixo: acabou de dizer, agora, 23/10;2006, às 17h09m, na CBN, que o advogado da família Vendoin disse que os Vendoin nunca disseram nada contra o Mercadante. Em minha opinião, isso significa que o Abel Pereira está tentando desviar o foco das investigações.

Stanley.

Mercadante diz que acusação de Abel é 'factóide'

Da Agência Estado

23/10/2006


16h51-O senador do PT Aloizio Mercadante negou as acusações que o empresário Abel Pereira fez esta segunda-feira à Polícia Federal, de que haveria um dossiê contra Mercadante envolvendo-o com o esquema dos sanguessugas. O senador afirmou, em nota enviada à imprensa, que a afirmação é "inverídica e caluniosa". Ele reiterou que não teve nenhuma emenda destinada ao esquema e classificou o depoimento de Abel de "factóide".

Para Mercadante, o objetivo de Abel é "desviar a atenção das investigações sobre o esquema sanguessuga, comprovadamente gestado na administração federal do governo anterior (do tucano Fernando Henrique Cardoso)". "Quando o depoente admite que, por três vezes, encontrou-se com os Vedoin para negociar o suposto dossiê, está reconhecendo que, ao contrário do que revelou, estava buscando informação para prejudicar minha candidatura ao governo de São Paulo", afirmou.

Mercadante defendeu que seja investigado se a negociação patrocinada por Abel tinha como objetivo comprar o silêncio dos Vedoin ou montar uma grande armadilha para prejudicar a vitória do presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno. "Armadilha que pode ter sido montada e que contou com a participação inaceitável de petistas envolvidos com a tentativa de compra de um dossiê sem o meu conhecimento ou participação, porque jamais me associaria a uma iniciativa desta natureza."

http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2687415&sub=Política

Donos de casa de câmbio reclamam de ação da PF

Da Agência Estado

23/10/2006

13h58 - Os proprietários da Vicatur Câmbio e Turismo Ltda, cuja loja em Nova Iguaçu (RJ) foi apontada pela Polícia Federal como responsável pela venda de US$ 248,8 mil com que petistas comprariam o dossiê Vedoin, se mostraram indignados nesta segunda-feira e reclamaram de a notícia ter vazado para a imprensa antes de os responsáveis pelas investigações os procurarem em busca de documentos. A Vicatur pertence a Fernando Manoel Rivas Soares e Sirley da Silva Chaves. A maior revolta diz respeito à atitude da PF.

O cunhado de Soares, Marco Apolo, garantiu que a agência de turismo só comercializa dólares de acordo com as regras traçadas pelo Banco Central. “Se alguém entra aqui para comprar uma mercadoria - o dólar - e vai embora, não há como questionar se é um bandido ou vive dentro da licitude.” Segundo ele, é novidade para os sócios a informação passada pela PF de Brasília de que a empresa estaria sendo investigada pelo Ministério Público Federal por venda de moedas estrangeiras a portadores de CPF falso. “Se o Ministério Público tem alguma coisa contra a empresa, que apresente a denúncia. Nós não sabemos de nada, de nenhum processo. Estão esperando o quê? Que passe o segundo turno da eleição?”

Apolo, a irmã Maria Abel (mulher de Fernando) e Sirley questionam a atitude da PF. “É amadorismo e irresponsabilidade jogar para a imprensa e não aparecer. Tinham que estar aqui com mandado de busca e apreensão. Se há indícios, que façam a i

Campanha Alckmin começa mal a derradeira semana

ADALBERTO MONTEIRO

Na semana que passou, na Internet a direita espalhava suas ameaças. Tipo assim: ''A campanha de Lula que aguarde a próxima edição da ''Veja''. Vem aí uma denuncia demolidora”. E de fato no sábado, logo cedo, os eleitores de Alckmin foram às bancas comprar uma dose de ilusão. Mas, ficaram, com certeza, desolados. A matéria de capa é um cozido requentado contra o filho do presidente Lula. O leitor de ''Veja'' e eleitor de Alckmin tem outro motivo para processar a revista por ''expectativa enganosa.'' No seu editorial ''Veja'' em vez de louvar seu candidato, resolveu puni-lo com uma espécie de censura pública. E para completar o péssimo início da campanha Alckmin nesta reta final, as investigações da PF comprovam que a máfia dos sanguessugas nasceu no ninho tucano.

A penúltima semana do segundo turno terminou e o ''fato espetacular'', tábua de salvação, de Geraldo Alckmin não apareceu. A colheita foi pífia. Foi divulgado que o ex-ministro José Dirceu telefonou para o ''aloprado-chefe'', o Lorenzetti. O mesmo fez Gilberto Carvalho, secretário particular, do presidente. Ambos apresentaram, imediatamente, suas explicações. E a ''bomba'' não passou de um traque...

Agarrada à sabedoria dos adágios, os tucanos tentam se manter de pé: ''a esperança é a última que morre''. E já que estamos falando de coisas derradeiras, a última semana do segundo turno começou mal, muito mal para o tucano. Na semana que passou, na Internet a direita espalhava suas ameaças. Tipo assim: ''A campanha de Lula que aguarde a próxima edição da ''Veja''. Vem aí uma denuncia demolidora''.

E de fato no sábado, logo cedo, os eleitores de Alckmin foram às bancas comprar uma dose de esperança. Mas, ficaram, com certeza, desolados. A matéria de capa é um cozido requentado contra o filho do presidente Lula. Velhas insinuações sem provas acerca do que a revista denomina de negócios escusos de Fábio Luís Lula da Silva. É esperar para ver se os tucanos terão coragem para assumir a paternidade dessa baixaria. A campanha de Alckmin, via revista ''Veja'', ao jogar a família do presidente na cova dos leões, sem um fato relevante e comprovado, com certeza, perderá votos. Quanto muito irá proporcionar algum regozijo àquela parte mais conservadora do eleitorado da direita e talvez mais alguma munição para o chamado ''terceiro turno''.

O leitor de ''Veja'' e eleitor de Alckmin tem outro motivo para processar a revista por ''expectativa enganosa''. No seu editorial ''Veja'' em vez de louvar seu candidato, resolveu puni-lo com uma espécie de censura pública. Tudo porque Alckmin vestiu uma jaqueta com logotipos de estatais brasileiras ''como prova de que não as venderá caso seja eleito presidente...''. A revista puxou as orelhas de Alckmin e sentenciou: ''Ele teria sido mais coerente se tivesse se livrado daquela camisa-de-força e se apresentado como um orgulhoso continuador do trabalho do presidente que privatizou a Telebrás, a Vale do Rio Doce e mais uma dúzia de bancos estatais perdulários e corrompidos.''

No episódio a que se refere o editorial de ''Veja'' Alckmin botou na cabeça um boné do Banco do Brasil e vestiu uma jaqueta com as logomarcas da Caixa Econômica Federal, da Petrobras, dos Correios e do Banco do Brasil. Esse episódio marca a falência programática de sua campanha. Acuado pela campanha de Lula que com mil razões acusa os tucanos de reis da privataria, Alckmin sucumbiu e botou na própria cabeça uma das principais bandeiras de seu concorrente. Em suma, rendeu-se ao programa do adversário.

Foi um fiasco total. É como se o conde Drácula convocasse uma coletiva e proclamasse de alto e bom som que se cansara da vida de vampiro e que jamais voltaria sugar sangue humano. Nem o PDT e nem ninguém acreditou em suas juras.

Depois Alckmin se arrependeu. Reconheceu publicamente que cometera um erro grave. No debate do SBT assumiu a defesa das privatizações de FHC. E foi taxativo: Se precisar privatizar a gente privatiza. Quer dizer, Alckmin tirou a tal jaqueta e jogou o boné do Banco do Brasil para léguas de distância. Mas, mesmo tendo feito essa penitência, essa autocrítica pública ''Veja'' não o perdoou. Talvez esperasse que o fiel seguidor do mercado e do ''opus dei'' fosse mais disciplinado.

Se a campanha tucana já estava politicamente combalida vez que se desnudou o ideário neoliberal de Alckmin, agora, para piorar as coisas, justamente na última semana, as investigações da Polícia Federal e os depoimentos dos envolvidos na Justiça convergem para demonstrar que a máfia dos sanguessugas nasceu no ninho tucano. O empresário Abel Pereira, amigo do ex-ministro da Saúde em 2002, Barjas Negri, do PSDB recebia propina, propina da grossa..

Parece cada vez mais difícil a direita fazer emergir o tal ''fato espetacular''. Resta-lhe espalhar mentiras e rogar pragas. O diabo é que pelo menos até aqui grande parte do eleitorado tem se mostrado imune às tramas e mentiras da oposição e de sua mídia. Quanto às ''pragas'' ao que parece praga de tucano é igual praga de urubu: não mata cavalo gordo.''

*Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta, é secretário nacional de Formação e Propaganda do PCdoB e presidente do Instituto Maurício Grabois.

http://www.informante.net/resources.php?catID=2&pergunta=3638#Cena_1

23/10/2006 às 09:58

Pereira admite encontro com os Vedoin; empresários teriam oferecido material contra Mercadante



Isto é

O empresário Abel Pereira, acusado de intermediar a liberação de verbas em beneficio da máfia das ambulâncias junto ao ex-ministro da Saúde Barjas Negri (PSDB), afirmou hoje, em depoimento à Polícia Federal, que o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin ofereceu a ele um “dossiê” que comprometeria o senador e candidato derrotado ao Governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT).

O material teria sido oferecido por Luiz Antonio no primeiro de três encontros, ocorrido no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Segundo o advogado de Pereira, Eduardo Silveira Melo, seriam documentos que provariam a existência de emendas parlamentares intermediadas por Mercadante junto ao Ministério da Saúde também em benefício da Planam, empresa central da máfia das ambulâncias.

Na versão de Pereira, não houve negociação sobre o valor do material em nenhum dos encontros, mas Luiz Antonio teria mencionado uma entrevista sua à revista Época e destacado que o conteúdo do material seria capaz de alterar o rumo das eleições e, por isso, era muito valioso. Ele queria que o “dossiê” contra Mercadante chegasse ao conhecimento da cúpula tucana por meio de Barjas Negri, amigo de Pereira e atual prefeito de Piracicaba (SP), cidade do empresário.

Cerca de 10 dias depois, em Cuiabá, Luiz Antonio e seu pai, Darci Vedoin, encontraram Abel Pereira, mas esse teria desconfiado que a conversa era gravada por uma câmera em um notebook e se recusou a discutir o dossiê com os Vedoin. No terceiro encontro, ocorrido na segunda quinzena de agosto, também na capital mato-grossense, o ex-funcionário da Planam, Ronildo Medeiros, representou os Vedoin, mas, ainda na versão de Pereira, nenhum assunto foi tratado.

No depoimento, Abel também teria dito que visita regularmente Cuiabá porque possui duas fazendas em Jaciara (142 km da capital), onde é amigo do ex-prefeito Valdizete Martins Nogueira, (ex-PSDB). Nogueira apresentou os Vedoin ao empresário piracicabano em 2002 e intermediou a compra das fazendas de Pereira.


http://www.olhardireto.com.br/noticias/noticia.asp?cod=15068

23/10/2006 às 11:24

Hostilizado

O governador Blairo Maggi, que passou a integrar a carvana de Lula, foi hostilizado em Goiás. O comício quase não saiu, segundo quem esteve por lá. Foi necessário o PMDB entrar com medida no TRE-GO para garantir o comício de Lula. Um líder goiano, daqueles bem matuto, disse que o PMDB nem precisava entrar com a medida porque no seu município "só duas pessoas" saberiam que era Blairo Maggi. Mas queriam melar o comício. Uma contradição. A verdade é uma só: os produtores estão enciumados e raivosos porque não conseguiram antever que Maggi fez a melhor opção ao confirmar seu apoio a Lula.

Da Redação

http://www.olhardireto.com.br/colunas/coluna.asp?cod=3468

23/10/2006 12:23h

JUNGMANN QUER DIRIGIR A PF

Paulo Henrique Amorim

Depois dos senadores Tasso Jereissati e Jorge Bornhausen (senador até 31 de dezembro de 2006), o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) também demonstra a intenção de assumir o controle da Polícia Federal e do inquérito sobre os sanguessugas.

A hora não seria mais apropriada. Segunda-feira, dia 23, meio-dia, quem depõe na Polícia Federal, em Cuiabá, é o empresário Abel Pereira, que deve fornecer informações preciosas sobre como foram compradas 70% das ambulâncias suspeitas – aquelas compradas nas gestões José Serra e Barjas Negri, sucessor de Serra no Ministério da Saúde, no Governo Fernando Henrique, o mesmo Governo a que serviu Jungmann, como ministro.

O único problema é a lei.

O Deputado Jugmann pensa em entrar com um mandado de segurança contra a Polícia Federal, para receber informações das investigações em curso (clique aqui).

Não precisaria tanto.

A imprensa já divulgou o relatório parcial do Dr. Curado, o delegado encarregado da investigação. Inclusive o Conversa Afiada (clique aqui).

Acontece que, segundo informação que recebi de uma fonte da Polícia Federal, a PF não pode passar informações direto ao deputado ou à CPI dos sanguessugas.

Por quê?

Porque o Juiz Jéferson Schneider, da 2ª. Vara Federal de Cuiabá, responsável pelo caso, não deixa.

Ele decidiu que a Polícia Federal passe as informações a ele, o juiz.

E o juiz envia à CPI.

Mas, o juiz pretende mandar ao Presidente da CPI. E a mais ninguém. Para evitar exploração política.

O Deputado Jungmann não é o Presidente da CPI.

http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/396001-396500/396329/396329_1.html

Mais uma da TV Globo

Na entrega dos troféus, Galvão só citou o nome do Prefeito de S. Paulo, o Kassab.

O Presidente da Petrobrás e o Ministro dos Esportes, que também entregaram troféus, foram boicotados.

Isto é nojento, por isso assinem o manifesto contra a mídia em: http://www.congressoemfoco.com.br/Noticia.aspx?id=10922

Maria 10.23.06 - 9:23 am

Blog Os Amigos do Presidente Lula

23/10/2006 12:55h

VEDOIN TENTOU VENDER DOSSIÊ CONTRA MERCADANTE

Em depoimento à Polícia Federal em Cuiabá nesta segunda-feira, o empresário Abel Pereira disse que Darci Vedoin e seu filho, Luiz Antonio Vedoin, tentaram lhe vender um dossiê contra o senador Aloizio Mercardante, candidato derrotado do PT ao governo de São Paulo. Os Vedoin são apontados como chefes da máfia dos sanguessugas.

Abel Pereira é um empresário do ramo da construção civil de Piracicaba, onde o prefeito é o ex-ministro Barjas Negri, sucessor de José Serra no ministério da Saúde durante o governo FHC. Pereira é apontado pelos Vedoin como o operador da chamada "máfia dos sanguessugas" no governo FHC.

No depoimento desta segunda-feira, Abel afirmou ainda que teve três encontros com os Vedoin. Segundo o empresário, o primeiro contato com a família Vedoin foi quando comprou uma casa em Jaciara (Mato Grosso).

http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/396001-396500/396351/396351_1.html

Além de ambulâncias

23/10/2006 às 07:30

O empresário Darci Vedoin também confirmou à Justiça Federal de Mato Grosso que os irmãos Padilha (Valdemir e Valdebran), donos de empresas atuantes no ramo da construção civil, executavam as emendas parlamentares do deputado federal Lino Rossi (ex-PSDB/ PP). Conforme antecipou o Olhar Direto, o filho de Vedoin, Luiz Antonio, intermediava a negociação entre os Padilha e Rossi.

Da Redação

http://www.olhardireto.com.br/colunas/coluna.asp?cod=3445

22/10/2006 16:15h

KAMEL NÃO É EVANDRO

Paulo Henrique Amorim

O que o Jornal Nacional fez na edição na véspera do 1º. Turno – quando ignorou a queda do avião da Gol e se concentrou em dar noticias contra o Presidente Lula – foi mais do que o tradicional “padrão Globo” de qualidade: um jornalismo parcial, militante, anti-trabalhista.

O que vem de longe.

A/O Globo ajudou a derrubar Vargas.

Tentou derrubar JK (mini-série, como se sabe, não é documento histórico).

Ajudou a derrubar Jango.

Foi o porta-voz dos “anos militares” (*).

Lutou contra Brizola.

Sempre foi contra Lula.

Quando Roberto Marinho mandava, era proibido ter “sobe som” do Lula, durante as campanhas presidenciais. Se Lula falasse swahili, o publico não saberia. Fora das campanhas, Lula só aparecia em situações que o prejudicasse.

A edição do Jornal Nacional da véspera da eleição foi uma intervenção no processo político muito mais profunda do que a edição do Jornal Nacional na véspera do segundo turno, que elegeu Collor.

A mídia – com a Globo à frente – levou a eleição para o segundo turno, é o que demonstra, com números, Marcos Coimbra, do Vox Populi, na edição da Carta Capital que está nas bancas.

E na entrevista que me concedeu, aqui, no IG: clique aqui para ler.

O que o Jornal Nacional fez na véspera do primeiro turno é outra coisa: é da categoria do “ódio”, da “vingança”.

É mais do que jornalismo militante, parcial.

E isso é obra de Ali Kamel, Diretor-executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo (sic).
O cargo de manda-chuva no jornalismo da Globo é provavelmente mais importante, no Brasil de nossos dias, do que o de Ministro da Justiça.

O Brasil já teve ministros da Justiça que eram coordenadores políticos de relevo. Tancredo Neves, de Vargas. Petrônio Portella, de Figueiredo. Fernando Lyra, de Tancredo.

O Ministro da Justiça de hoje faz política de forma ocasional. Por exemplo, quando foi jantar na casa do Senador Heráclito Fortes, em Brasilia, com o empresário Daniel Dantas, depois de a revista Veja publicar que o Presidente da Republica e o chefe da Policia Federal tinham contas secretas no exterior, de acordo com informação, segundo a Veja, de Daniel Dantas.

O manda-chuva do jornalismo da Globo é tão poderoso que pode mandar uma eleição para o segundo turno.

Tanto que na Globo, segundo a revista Carta Capital, chamam Kamel de Ratzinger, o guardião da doutrina da fé.

Nem sempre foi assim.

Evandro Carlos de Andrade também foi o guardião da doutrina da fé do jornal Globo e da tevê Globo.

Mas tinha uma diferença.

Evandro não deixava impressões digitais.

Ele dirigiu o Globo durante um largo período dos “anos militares” (*). E não deixou impressões digitais. (A não ser o próprio jornal que fez).

Na Globo, a mesma coisa. Evandro trabalhava como o Barão Scarpia. Um pelotão de fuzilamento acabava com Cavaradossi, mas Scarpia não precisava subir ao terraço do Castel Sant’Angelo. Até porque Floria Tosca já o tinha esfaqueado.

Kamel deixa impressões digitais.

Numa polêmica publica a respeito da participação da Globo na fraude da Proconsult, que tentou impedir a eleição de Brizola no Rio, em 1982 – polêmica que está na origem de meu livro ("Plim-plim, a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral", que escrevi na companhia da jornalista Maria Helena Passos) -, pude dizer a Kamel:

Não seja tão subserviente. O patrão não te pede tanto.

Nesse episodio do Jornal Nacional na véspera da eleição, Kamel foi, provavelmente, sobre-subserviente.

Foi para o campo do “ódio” e da “vingança”, quando um verdadeiro guardião da doutrina da fé, como Evandro, se teria comportado dentro dos limites tradicionais de Globo: parcialidade e anti-trabalhismo.

Kamel foi longe demais.

Vamos imaginar a hipótese de o presidente Lula se reeleger.

Assim como há a Lei da Gravidade, a Lei Geral de Telecomunicações vai ter que mudar. Isso afeta a Globo.

Não faz sentido você chegar lá, pagar R$ 250 mil, comprar uma licença, e colocar no satélite a emissora de tevê que você bem entender. Isso é possível nos Estados Unidos, na Inglaterra, no Japão? Aqui, é assim que funciona. E isso vai ter que mudar. E isso afeta a Globo.

E a polêmica sobre se as operadores de telefonia podem ou não produzir conteúdo? Isso afeta a Globo.

Assim como muitas outras questões geradas pela convergência, e que terão quer institucionalizadas nos próximas quatro anos – com Lula ou Alckmin.

Interessa à Globo construir a imagem de “ódio” e “vingança”, que transparece das capas da revista Veja?

Muitos já disseram que o “ódio” da Veja é uma forma de “vingança” contra uma decisão do Presidente Lula sobre livros didáticos, que, este ano, deu um prejuízo à Editora Abril de R$ 40 milhões (clique aqui).

Porque o Ministério da Educação resolveu mudar uma pratica que beneficiava a Abril. E decidiu beneficiar editoras menores (clique aqui).

Até a edição do Jornal Nacional da véspera da do primeiro turno sempre se imaginou que a Globo preferisse um guardião da fé como o Evandro.

Evandro, antes de ir para a Globo, foi um dos melhores jornalistas políticos do país.

Morto Evandro, a Globo substituiu-o por Kamel, cujo obra jornalística está por construir-se – e não no passado.

Ate aqui, a Globo preferia um guardião da doutrina que não quisesse ser mais do que isso: um guardião da doutrina da família Marinho.

Kamel quis ser papa.

Como Ratzinger.

...................................................
(1) A expressão “anos militares” é usada pelo respeitável cientista político Wanderley Guilherme dos Santos. Parece-me mais adequada do que “ditadura militar”, que, no Brasil, mudou de significado.


http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/396001-396500/396225/396225_1.html


22/10/2006 16:06h

BOECHAT CONTESTA ALI KAMEL

O editor-chefe do Jornal da Band, Ricardo Boechat, disse ao Conversa Afiada neste domingo, dia 22, que refuta qualquer argumento que deprecie o “banho” que o jornal da Band deu na cobertura do acidente com o avião da Gol. “Quero preservar os méritos do jornalismo da Band neste episódio”, disse Boechat.

Boechat explicou que a primeira nota do Jornal da Band no dia 29 de setembro sobre o acidente foi às 20h29. Essa nota informava categoricamente que “um avião da Gol caiu numa fazenda no Mato Grosso”.

Às 20h49 o Jornal da Band deu um primeiro boletim extraordinário em que informou que o Avião da Gol com 150 pessoas à bordo estava desaparecido havia mais de três horas e o último contato foi na Serra cachimbo.

Às 20h57 um segundo boletim extraordinário da Band informou que o acidente com o Boeing da Gol que tinha 150 à bordo foi provocado por um choque com jato Lregacy. Esse boletim informou também que o jato havia sofrido uma avaria na asa, mas pousou numa base da aeronáutica na Serra do Cachimbo.

Em sua resposta ao Conversa Afiada o próprio Ali Kamel diz que o Jornal Nacional do dia 29 de setembro terminou às 20h45. Kamel diz ainda que quando o Jornal da Band terminou, o Jornal Nacional já estava no ar havia 14 minutos. Ou seja, segundo essa versão de Kamel, o Jornal Nacional ainda tinha 18 minutos de edição para dar a notícia do acidente com o avião da Gol.

Na verdade, tinha 15 minutos porque o Jornal da Band terminou às 20h30, conforme informou Boechat.

Kamel disse também que o horário do Jornal Nacional estava alterado por causa do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Mas no dia 29 de setembro já não havia mais horário eleitoral no rádio e na TV. O último dia de propaganda eleitoral foi no dia 28 de setembro, quinta feira.

Segundo Boechat, o Jornal na Band não veiculou nenhuma nota especulativa sobre o acidente com o avião da Gol. Ele disse que o jornalismo da Band divulgou as informações à medida que elas foram confirmadas. Boechat ressalta ainda que o Jornal da Band se adiantou a todos os outros veículos, inclusive os sites da internet, na cobertura do acidente.

http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/396001-396500/396222/396222_1.html


22/10/2006 10:53h

ALI KAMEL CONTESTA CONVERSA AFIADA

O diretor-executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, leu o artigo de Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada, "Kamel errou: o JN sabia da queda do Gol" (clique aqui para ler), e enviou o seguinte e-mail que segue reproduzido na íntegra.

Paulo Henrique,

Li sua nota em que afirma que "Kamel errou" . Gostaria que vc publicasse os esclarecimentos que mando aqui. Para mim, e pensando nos seus leitores, seria ideal que os esclarecimentos fossem publicados na ''integra juntamente com a nota. Sei que vc h''a de entender a importância disso.

Deixei recados em seus celulares, mas o assunto era este.

Grato, cordialmente,


Ali Kamel


1) Na resposta que enviei à Carta Capital, não digo que foi o Terra que deu a primeira notícia sobre a queda do avião da Gol. Quem fez essa afirmação foi a própria revista, na reportagem de capa da semana passada. Na minha carta, eu esclareci, então, que a nota do Terra, especulativa, tinha ido na verdade ao ar às 20h46, após o término do JN daquele dia.

2) Em minha carta, eu disse que a TV Globo só daria as informações do acidente quando tivesse todas as informações a respeito: número do vôo, rota e se ele tinha caído ou desaparecido (poderia ter feito um pouso de emergência).

3) O Jornal da Band, como última nota, às 20h14, disse o seguinte: "Um avião da Gol caiu numa fazenda em Mato Grosso". E acrescentou que novas informações seriam dadas no decorrer da programação. Diferentemente do que está no seu site, o Jornal da Band não leu a nota antes de o JN começar, mas quando ele já estava no ar havia 14 minutos. O JN começou naquele dia às 20:00h. A raiz da confusão pode ser o horário do JN fora de período eleitorais: 20h15.

4) A nota da Band não dizia qual era o número do vôo nem a sua rota.
Pôs, assim, sob suspeita de queda todos os aviões da Gol em vôo nas regiões
norte e central do país, que poderiam ter partido de todas as regiões
brasileiras. Não discuto critérios editoriais da Band, mas, na Globo, uma
notícia assim não seria veiculada para não levar pânico a todas as pessoas
com parentes ou amigos voando em aviões da Gol. Foi o que disse em minha
carta. É o que repito aqui.

5) Àquela altura, ninguém poderia informar se o avião tinha caído ou se estava desaparecido. Quando a notícia completa foi confirmada, com rota e número de vôo, Anac e Gol não confirmavam queda, mas desaparecimento da aeronave.

6) O boletim seguinte da Band foi ao ar depois que o JN tinha acabado. O JN chegou ao fim naquele dia às 20h45.

7) Nas notas subseqüentes, a Band aos poucos deixou de dizer que o avião tinha caído para dizer que ele estava desaparecido e que teria se chocado com uma aeronave menor. Uma visita ao site da Band mostra isso.

8) A Band, portanto, começou afirmando que um avião da Gol caiu para, horas depois, corretamente, dar as informações de uma maneira mais precisa para aquele momento..

9) Sendo assim, o que digo em minha carta continua de pé. Por nossos critérios editoriais, um acidente daquelas proporções só deve ser noticiado quando se tem certeza do número do vôo e da rota.

10) Agradeço a publicação desses esclarecimentos.

Ali Kamel, diretor-executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo.

http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/396001-396500/396177/396177_1.html

Alckmin garante que diferença é pequena e tranqüila de reverter (grifo meu: leia neste texto que, durante a visita à Caxias, Alckmin se desviou de um mendigo mas, alertado pela assessoria, retornou e apertou a mão do mendigo).

22 Oct 2006 14:14


Por Pedro Fonseca - Reuters.

RIO DE JANEIRO, 22 de outubro (Reuters) - Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, visitou neste domingo uma feira popular no centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e garantiu ser possível reverter a vantagem apontada pelas pesquisas para o candidato-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma semana do segundo turno da eleição.

"A pesquisa que vale é de domingo, dia 29", disse Alckmin a jornalistas durante passeio pela feira, onde foi acompanhado do ex-prefeito de Caxias e deputado estadual mais votado do Rio, José Camilo Zito (PSDB), e sua filha, Andréia Zito, eleita deputada federal.

"A diferença é pequena, dá para tirar a diferença tranqüilamente. No primeiro turno eu nunca passava de 30 (por cento), e quando abriu a urna eu tive 41,5 (por cento)", acrescentou Alckmin, que, segundo as últimas pesquisas estaria, 20 pontos percentuais atrás de Lula na intenção de voto dos eleitores.

Durante o passeio, no qual passou por dezenas de barracas vendendo CDs e DVDs falsificados, o tucano desviou de um mendigo que estava no chão, mas, ao ser avisado por assessores, retornou e apertou a mão do pedinte. (...)

http://about.reuters.com/dynamic/countrypages/brazil/1161540885nN22304415.ASP

/body>