sexta-feira, outubro 13, 2006

Em 1997, o FHC vendeu a Vale do Rio Doce por 3,3 bilhões de dólares. O site de buscas Google, comprará o site de vídeos YouTube por 1,65 bilhões de dólares.

Será que a Vale do Rio Doce, que tem uma jazida de ferro que durará por mais 400 anos, fora outros minerais e minérios nobres, e que deu lucro de 13 bilhões de dólares de janeiro a junho deste ano, vale somente 2 YouTubes ?

13/10/2006 19:04

A imprensa que aceita mentir

enviada por Zé Dirceu

A reportagem de capa da Carta Capital desta semana aponta como “a mídia, em especial a Rede Globo, omitiu informações cruciais na divulgação do dossiê e contribuiu para levar a disputa (presidencial) ao segundo turno”. São inúmeras perguntas não respondidas sobre a operação, e muitos os fatos relevantes a que a emissora e também os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo tiveram acesso, mas preferiram não levar a seus leitores. Entre elas, a decisão da mídia de acobertar a ação do delegado da PF, Edmilson Pereira Bruno, que reuniu quatro repórteres, às vésperas da eleição, para divulgar as fotos do dinheiro apreendido com os petistas e atribuir o vazamento das imagens a um falso roubo. A conversa foi gravada. Na ocasião, diz a revista, Bruno ainda fez questão de ressaltar: “Tem de sair hoje à noite na tevê. Tem de sair no Jornal Nacional”. Os jornalistas – citados nominalmente na reportagem – levam as imagens às redações, onde as chefias aceitam publicá-las e, mais ainda, corroborar a falsa versão combinada com o delegado, com matérias construídas na pura e completa fantasia.

Afirma a reportagem da Carta Capital: “No texto, assinado pela repórter do jornal que recebeu as fotos de Bruno pela manhã, se diz: 'O delegado Bruno disse, ontem, em coletiva à imprensa, que o CD com as fotos havia sido furtado de sua sala, na PF – e que ele estava sendo injustamente acusado de ter repasso o material aos jornalistas.' Pergunta-se: qual é o sentido de publicar uma informação que a jornalista sabia que é evidentemente mentirosa e, no caso, ainda ajudava o policial a tentar enganhar a própria imprensa?”

No Estadão, dá-se o mesmo. “O Estado de S.Paulo publica a mesma foto, das notas em posição de sentido. E com um texto, assinado por Fausto Macedo e Paulo Baraldi, ainda mais incrível, também para dizer o mínimo. O texto é praticamente uma diatribe contra o PT e em defesa de José Serra. (...) É também uma espécie de defesa do delegado Bruno, em favor do qual são ditas algumas mentiras.”

Há outras questões levantadas pela Carta Capital. Por exemplo: por que a Rede Globo produziu e editou uma reportagem sobre o empresário Abel Pereira, ligado a Barjas Negri, secretário de Serra no Ministério da Saúde e também ex-titular da pasta, mas optou por não levá-la ao ar?

Ou, no primeiro lance dessa operação, no dia 15 de setembro, quem avisou as equipes de tevê da campanha de Alckmin e de Serra, as primeiras, seguidas da perua da Rede Globo, a chegar ao prédio da PF, em São Paulo, onde estavam detidos Valdebran Padilha e Gedimar Passos? Segundo a revista, Luiz Gonzales, um dos sócios da GW, produtora de marketing político, a serviço da campanha tucana, avisou à Globo. Mas quem avisou a ele? Fontes informaram à Carta Capital que a GW chegou à PF antes mesmo dos presos.

Também sobre o “modus operandi” do procurador Mário Lúcio Avelar, outro personagem questionado na reportagem, a imprensa se faz de morta (se é que não está mesmo). Certa está Marilena Chauí que, em entrevista recente, declarou-se de prontidão para qualquer ataque bárbaro dos meios de comunicação. “Eu estou de armadura e lança em punho, porque estou esperando todas essas barbaridades”. Conforme link.

Trecho da reportagem de Carta Capital está no link, e a íntegra, nas bancas.

enviada por Zé Dirceu

DELEGADO BRUNO: “CADÊ O REPÓRTER DO JN?”

O diretor-adjunto da revista Carta Capital, Maurício Dias, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira, dia 13, que antes de divulgar as fotos do dinheiro apreendido para comprar o chamado “dossiê Serra”, o delegado da Polícia Federal de São Paulo Edmilson Bruno perguntou se algum repórter do “Jornal Nacional” estava na sede da PF. Ele queria repassar as fotos do dinheiro para esse repórter (clique aqui para ouvir).

O caso está detalhado na edição desta sexta-feira da revista Carta Capital que já está nas bancas, com a manchete: “A trama que levou ao segundo turno”.

“Há várias outras informações que a matéria dá que mostram que a questão da foto foi utilizada politicamente e, se você pegar as informações da pesquisa Vox Populi, mostra que realmente foi fundamental para que a eleição viesse para o segundo turno”, explicou Maurício Dias.

Leia os principais pontos da entrevista com o jornalista Maurício Dias:

Segundo pesquisa Vox Populi divulgada nesta sexta-feira pela Carta Capital, o presidente Lula tem 56% dos votos válidos contra 44% de Alckmin.

A pesquisa mostra uma continuidade do primeiro turno. Maurício Dias disse que é uma balela dizer que o segundo turno é uma outra eleição.

Desse modo, o petista continua mais fraco no Sul e cresceu no Nordeste e no Rio de Janeiro.

A pesquisa mostra ainda que pela primeira vez na pesquisa, ricos e pobres se equivalem entre os 50% que consideram o governo do presidente Lula bom ou ótimo.

O Vox Populi mostrou também que 32% dos eleitores entrevistados acharam que Geraldo Alckmin foi mais agressivo que o Presidente Lula no debate do último domingo na TV Bandeirantes.

Maurício Dias disse que doutor Alckmin, formado em medicina, exagerou no remédio da agressividade. Quando o tucano transfere essa agressividade para frente do candidato, ele parece ultrapassar os limites do respeito ao presidente da República.

Maurício Dias citou ainda um estudo do diretor do Vox Populi, Marcos Coimbra, sobre 120 eleições. Em apenas um caso um candidato obteve menos votos no segundo turno do que no primeiro turno.

Clique aqui para acessar o site da Carta Capital.


http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/394501-395000/394626/394626_1.html

11 de Outubro de 2006 - Ano XIII - Número 414

ATENÇÃO: ALERTA GERAL. LEIA HOJE NA CARTA CAPITAL A CONSPIRAÇÃO DA GLOBO PARA PROVOCAR O SEGUNDO TURNO.


A PESQUISA E O COMPLÔ

Exclusivo: além dos números do Vox Populi, que mostram que Lula tem larga frente de 10 pontos, CartaCapital revela o complô que levou a eleição para o segundo turno


Por Redação CartaCapital

A primeira pesquisa pós-debate Vox Populi/Carta Capital, com o apoio da Bandeirantes, mostra que não é subindo a temperatura de suas críticas que o candidato Geraldo Alckmin, da aliança PSDB-PFL, irá derrubar o resistente favoritismo de Lula.

O atual presidente, candidato à reeleição, já sai da pesquisa Vox Populi/CartaCapital com 50% de intenções espontâneas de voto – contra 40% de Alckmin. No voto estimulado, Lula tem uma larga frente de 10 pontos: 55% de votos válidos para ele, 45% para Alckmin. A pesquisa nacional, com 2.000 entrevistados e 2,2% de margem de erro, foi fechada no dia 9. Portanto, depois do debate da Bandeirantes.

O eleitor, em grande maioria (66%), acha bom que haja o segundo turno. A pesquisa mostra que, em relação ao debate, a opinião de quem vota não é a mesma dos articulistas da imprensa. Lula ganha de Alckmin também nesse quesito. Entre os telespectadores, 32% consideram que sua atuação foi positiva (negativa: 9%). Os que preferem o desempenho do tucano são 30% (negativa: 11%).

Leia a pesquisa completa na edição impressa de CartaCapital.


Confira também uma revelação exclusiva:

O complô que levou a eleição para o segundo turno. Só um aperitivo: ao fundo da conspiração, ouve-se nitidamente o plim-plim da Rede Globo.

Na edição impressa, nas bancas de São Paulo na sexta-feira (e a partir de sábado em todo o País.


http://www.cartacapital.com.br/index.php?funcao=exibirMateria&id_materia=5446

13/10/2006 - 08:23:09

Saldo das pesquisas de intenção de voto da semana reacende crise interna na campanha de Alckmin

por Luís Costa Pinto

Foi uma madrugada insone esta última, no Recife, para onde se deslocou o comando político da campanha presidencial de Geraldo Alckmin. O candidato estava lá, para onde voou de surpresa depois de ter participado das celebrações pelo dia de Nossa Senhora Aparecida no interior de São Paulo. A presença de Alckmin no ato e a generosa divulgação do fato no Jornal Nacional, da Rede Globo, programa jornalístico de maior audiência da TV brasileira, longe de ser comemorada pelos estrategistas da aliança PSDB-PFL, foi vista com preocupação: o ex-governador de São Paulo, que dificilmente ganhará um voto a mais entre os católicos por ter ido a Aparecida do Norte no 12 de outubro, certamente reforçará as desconfianças contra si entre os eleitores evangélicos -- sobretudo entre os pentecostais, ramo majoritário no Brasil e onde vigora uma certa rivalidade com o catolicismo. A saia justa imposta pelo senador Eduardo Suplicy ao candidato, ecoada pelo JN e pela imprensa escrita, acentuou a dúvida sobre a classificação do programa na agenda: erro ou acerto? Entre a turma da ciência política que dá suporte a Geraldo Alckmin a certeza é de que a presença do candidato em Aparecida foi um erro.

A longa madrugada insone no Recife, porém, não se dedicou apenas a isso. A equipe de marketing político do tucano está perdida, sem rumo. As três pesquisas de opinião da semana, realizadas pelos insitutos Vox Populi, DataFolha e Ibope e fechadas respectivamente nos dias 9, 10 e 11 de outubro revelam uma evidente escalada ascendente do presidente Lula. Ao se contabilizar apenas os votos válidos o petista está a 10 pontos percentuais do adversário segundo o Vox fechado dia 9, a 12 pontos segundo o DataFolha fechado dia 10 e a 14 pontos segundo o Ibope fechado dia 11. A intenção de voto em Lula cresce em todas as regiões do país, inclusive no Sul, única região onde ele ainda perde para o rival tucano, e em todas as faixas de renda. E isso se dá justo na esteira de uma semana em que Alckmin tinha um evidente fato para celebrar: sua performance avassaladora e surpreendente no debate da TV Bandeirantes no domingo 8. O Alckmin agressivo, duro e direto que surgiu no debate foi excepcional para reforçar o voto dos eleitores mais ricos e mais esclarecidos que já votavam nele, mas parece ter acentuado a insegurança de eleitores ainda indecisos do rumo que dariam a seus votos. Essa turma, sugerem os dados estatísticos, passou a ser perguntar: "quem é, afinal, esse cidadão?". Na dúvida, depreende-se dos dados que saltam das planilhas, termina por preferir seguir com a opção mais conhecida, ou mais velha ou, até, na cabeça de alguns, "mais experiente".

Foram essas dúvidas que tomaram de assalto o comando político da campanha de Alckmin reunido na capital pernambucana com o candidato. Que rumo dar, agora, à campanha? O primeiro programa de TV do segundo turno, que foi ao ar na noite do dia 12, era reflexo da esquizofrenia interna da campanha: mal editado, confuso, lançou mão de pequenos trechos do debate da Band -- mas privilegiou aqueles momentos em que Alckmin ficou aquém de Lula, justo os trechos em que ele titubeou ao falar de propostas de governo e ao fazer balanços administrativos de sua gestão. O pedaço mais caro ao tucano, o primeiro bloco do programa da Band em que Alckmin parecia um Mike Tyson acantonando o contendor nas cordas do ringue, foi concentrado e desidratado em uma passagem de 12 segundos. Em estratégia diversa, o presidente da República fez um discurso duro contra erros da oposição no poder e cobrando omissões do adversário de hoje, pediu desculpas aos eleitores por não ter ido ao último debate do primeiro turno e abordou em seu discurso o tema "dossiê contra tucanos". Além disso, reforçou o discurso de que, no poder, PSDB e PFL venderam patrimônio público. Isso tem se revelado eficiente para que Lula conquiste apoios essenciais em uma seara que seria fundamental para Alckmin: os eleitores ideológicos do PSOL e do PDT.

Revigorado pelas pesquisas de opinião, Lula encerra a semana com foco e sabendo precisamente o que fazer nos próximos 15 dias até o pleito final. Alckmin, por sua vez, termina essa quadra zonzo como um maratonista que se surpreende ao poder vislumbrar o favorito à sua frente quando ambos cruzam o marco que delimita o terço final da prova, mas sabe que dali em diante podem lhe faltar fôlego e musculatura.

http://www.quidnovi.com.br/fm_noticia.php?id=595

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