terça-feira, outubro 17, 2006

Galera, estou aqui no Canecão, onde está o Lula, sendo recepcionado por artistas e esportistas. Vocês não vão acreditar mas, grandes artistas e esportistas quando chegam perto do Lula, começam a chorar, sem o Lula falar qualquer coisa.



Tem muita gente aqui. Os garcons largaram as bandejas de lado e estão misturados com os artistas e esportistas, brigando por um aperto de mão. Estou usando o computador da adminstração do Canecão.

Tem até segurança chorando. Eu nunca ví nada igual.

Já enchí o pote e estou torto mas tá dando para escrever alguma coisa.

Galera, é o nosso Lula.

A luta continua.

Stanley.

17/10/2006 14:32h

OUÇA GRAVAÇÃO DO DELEGADO BRUNO SOBRE O JN

Ouça a íntegra da gravação da conversa do delegado da Polícia Federal Edmilson Pereira Bruno com os jornalistas na hora em que ele entregou o CD com as fotos do dinheiro apreendido com petistas para a imprensa.

Clique aqui para ouvir.

Veja a íntegra da reprodução em texto:

Delegado Edmilson Bruno – Aqui prova, aqui tem um milhão 168, Caixa Econômica Federal. Isso aqui é um dinheiro que está na custódia da Caixa Econômica, ó, é da Protege, ficou na Polícia Federal. (...) Custódia a fonte, custódia. São os reais. Tira o nome da Protege, pra não saber que ta na Protege. Eu tenho outros documentos que falam assim (...) Da Polícia Federal. (...) E tem a foto desse malote.

Repórter 1 – São quantas fotos, 12 fotos?

Delegado Edmilson Bruno - Eu tenho um monte.

Repórter 2 – Isso é cópia, doutor?

Delegado Edmilson Bruno – Não, esse aqui é o original, vocês precisam me trazer duas cópias de volta. Esse é o original, ó. Do Banco Central como é que tá? Tá os dólares, e aí eu coloquei o envelope atrás do Banco Central no meu nome, assim: 248 mil dólares endereçado a Edmilson Pereira Bruno, para provar que é o dinheiro dos dólares. Porque, como eu fiz depósito, eu fiz em meu nome no Banco Central. Mas só pra diferenciar. Inclusive nos dólares, tem notas novas e velhas. Nas velhas, tem carimbo do doleiro, que a gente vai fazer a perícia antes do (...) Vocês têm que trazer isso aqui antes do meio-dia, em algum lugar que tira cópia.

Repórter 1 – Alguém sabe onde a gente pode tirar cópia?

Delegado Edmilson Bruno – Não sei, tem essas duas mídias (...)

Repórter 3 – Aqui não tem nada.

Delegado Edmilson Bruno – Não tem nada, precisa me devolver.

Repórter 3 – Então, não, vamos levar nessa mídia.

Delegado Edmilson Bruno – Eu preciso que vocês devolvam pelo menos uma. Vocês tiram mais cópias pra vocês.

Repórter 3 – Tá, não, beleza.

Delegado Edmilson Bruno – Agora, ele não, porque é rádio.

Repórter 1 – É, eu não preciso.

Delegado Edmilson Bruno – Vocês divulgam isso até as seis da tarde?

Repórter 1 – Não, não.

Delegado Edmilson Bruno – Porque alguém que roubou e deu pra vocês. (...) Agora, é.

Repórter 1 – Quem tá de carro aqui pra poder pegar um carro (...)?

Repórter 2 – Então, eu to sem carro e ela tá sozinha. (...) Não, tudo bem.

(...)

Delegado Edmilson Bruno - Isso aqui é minha cópia, tem que fazer cópia para vocês...

(...)

Delegado Edmilson Bruno – Eu vou confiar em vocês. Vai parecer que alguém roubou e vazou para a imprensa. Mais ninguém tem isso aí, só eu. Nem o superintendente (...) Quando vocês passarem na TV, pessoal, tira o nome da Protege e tira essa data aqui.

Repórter 3 – Tira a data...

Repórter 1 – A data pode deixar.

(...)

Delegado Edmilson Bruno – E no Banco Central (...) essa aqui é a foto da Globo (...) Aí tem o envelope escrito Banco Central (...) e todos os dados do dinheiro o meu nome.

(...)

Delegado Edmilson Bruno – Tem que fazer um photoshop porque tem foto que aparece o pessoal da Protege do lado contando o dinheiro.

Repórter 1 – E como faz pra entregar pro senhor?

Delegado Bruno - Então você me liga, eu desço...

Repórter 3 – E para abrir não tem senha, nada?

Delegado Edmilson Bruno – Não, é direto. (...) É uma mídia comum.

(...)

Repórter 1 – (...) Que foi furtado?

Delegado Edmilson Bruno – Não, vou chegar para o superintendente e falar, “doutor, fui furtado, mas já falei com os repórteres, ninguém sabe de nada, mas eu to desconfiado, sabe como é, não dá pra confiar em repórter, não dá mesmo”. Agora eu conto com vocês, porque podem abrir uma sindicância contra mim, um processo.

Repórter 3 – Mas quem o senhor vai falar que teria roubado?

Delegado Edmilson Bruno – Não sei, “N” pessoas poderiam ter entrado na minha sala, faxineiro (...) Eu tive acesso a isso ontem às cinco horas da tarde.

Repórter 3 – Mas foi um repórter que entrou na sala do senhor?

Delegado Bruno – Não (...) se vazou, não estou falando que foi um repórter não. É que os repórteres não estão sabendo de nada, não dá pra confiar em repórter (...) o que estou dizendo para vocês é que meu telefone vai estar grampeado.

Repórter 1 – É, por isso que o senhor ligou daquele jeito...

Delegado Edmilson Bruno – Desesperado.

(...)

Delegado Edmilson Bruno – Agora é o seguinte, tem alguém da TV Globo aí?

Repórter 1 – Tem o Bocardi.

(...)

Delegado Edmilson Bruno – Mas tem alguém da Globo aqui, da TV.

Repórter 1 – Tem o Bocardi.

Delegado Edmilson Bruno - Não é o Trali, né? O Trali está muito visado (...)

Repórter 1 – Não, é o Bocardi

Repórter 3 – Eu falo com o Rodrigo, pode deixar (...)

Delegado Edmilson Bruno – Ah é, tem o (...)

Repórter 1 – Eu vou falar com o Rodrigo Bocardi, aí ele (...)

Repórter 3 –Não, está certo, o legal é contar esta história (...)

Repórter 1 – ... isso só pode sair amanhã na TV (...)

Delegado Edmilson Bruno – Não, tem que sair hoje à noite (...) pode ser no jornal da globo no primeiro horário, não pode ser à tarde...

Repórter 3 – por exemplo (...)

Delegado Edmilson Bruno –Tem que sair no Jornal Nacional e na Ana Paula Padrão. Isso aí vazou ontem, então tem que fazer hoje de manhã. O que não pode é perder (...) tem que entrar no jornal logo no primeiro horário da noite, não pode já sair no Jornal Hoje.

Delegado Edmilson Bruno – eles já levantaram (...)

Repórter 3 – (...) mas e a agenda? Não, né?

Repórter 2 – Quem é o André que você falou (...) ?

Delegado Edmilson Bruno – ... este nome aqui já divulgou – André (...) esse cara aqui, venderam a Danone, foram milhões e milhões. Toda vez que o PT precisa de dinheiro eles dão dinheiro para o PT. Tem o Ricardo (...) e o André. Estão investigando para mim (...)

Repórter 3 – ele tem empreiteira também, né?

Delegado Edmilson Bruno – Isso. Toda vez que o PT precisa de dinheiro eles dão dinheiro para o PT, e depois como o PT faz (...) ele devolve.

Repórter 1 – A polícia está atrás disso então?

Delegado Edmilson Bruno – Não, isso aqui (...)

Repórter 3 – Não, a gente está atrás disso (...)

Delegado Edmilson Bruno – ... lembra quando uma empresa entrou de sócio, que era da revista? Eu estou achando que este André (...) tudo o que o PT precisa de grana, grana que não pode sair(...), esse cara dá. E quando o PT consegue dinheiro por fora devolve para ele.

Repórter 1 – Ele é o que, o que ele faz?

Repórter 3 – uma empresa de consultoria(...)

Delegado Edmilson Bruno – venderam a Danone por R$ 400 milhões, eram donos da Danone no Brasil, a Danone francesa. Eles venderam a parte deles.

Repórter 1 – Por que o senhor acha que são eles, tem algum grampo?

Delegado Edmilson Bruno – Não, estou desconfiado porque (...) dinheiro por fora (...) a grana está vindo, o (...) banca, depois eles devolvem.

Repórter 3 – Eles emprestam.

Delegado Edmilson Bruno – Isso. É possível então falar com a Globo, a Band?

Repórter 3 – Não, pode ficar sossegado (...) A gente vai passar (...)

Delegado Edmilson Bruno –Tem que sair no primeiro horário da noite, não pode sair ao meio-dia (...)

Repórter 3 – no primeiro não, no último (...)

Delegado Edmilson Bruno – Tem que ser no primeiro, gente. Eu vou fazer o alarde agora com o superintendente... quem vai assistir ao jornal à meia-noite? Eu quero que o público todo veja. Porque você não sabe o que me tiraram (...) não é que é vingança minha, me sacanearam. Enquanto eu estava sendo ouvido sabia que foram lá no Banco Central antes de mim e tiraram fotos antes? Fizeram isso, no meu nome, pegaram o meu protocolo... como eu estava com os peritos... então agora nós vamos fazer a perícia...

Repórter 1 – Tá, combinado.

Repórter 2 - Aí eu ligo para o senhor.

Delegado Edmilson Bruno – Então Globo e Band eu fico tranqüilo?

Repórter 3 – Pode ficar, pode ficar.

Delegado Edmilson Bruno – Que hora é o Jornal Nacional, oito da noite? Vou ligar a TV nesse horário, hein?

Repórter 1 – Pode ficar sossegado.

Repórter 2 – Tchau, doutor.

O Conversa Afiada perguntou à Polícia Federal que providências pretende tomar com a revelação do Conversa Afiada do papel do delegado Bruno na divulgação das fotos do dinheiro. A assessoria de imprensa respondeu que já foram tomadas duas providências: a primeira é um inquérito policial para apurar eventual crime de violação de sigilo funcional. A segunda é um procedimento disciplinar para averiguar irregularidades administrativas, que pode culminar em penas que vão desde uma advertência à demissão do delegado Bruno. A assessoria de imprensa da PF disse também que fica a critério dos delegados que conduzem as investigações deste caso incluir ou não a gravação no processo.

O Conversa Afiada também perguntou à assessoria de imprensa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se pretende tomar alguma atitude em relação ao Jornal Nacional. Aguardamos resposta. A assessoria de imprensa do TSE respondeu que a única investigação que há é a conduzida pela Polícia Federal.

A partir dessa resposta, o Conversa Afiada perguntou nvamente ao TSE o que vai ser feito quanto à possível manipulação eleitoral promovida a partir da divulgação das fotos. Aguardamos resposta.

http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/395001-395500/395126/395126_1.html

Leia também:

1 - PESQUISADORES ENCONTRAM GRAVES FALHAS EM URNA ELETRÔNICA - IDGNow e Paulo Henrique Amorim

2 - O 1º GOLPE DE ESTADO JÁ HOUVE. E O 2º? - Paulo Hebrique Amorim

3 - Dossiê - Abel e os tucanos

4 - Escândalo: Revista revela conluio da imprensa para prejudicar Lula e o PT - Raimundo Rodrigues Pereira - Revista Carta Capital

Veja abaixo as duas versões de títulos, do O Globo e Folha de São Paulo, para a mesma matéria.

Oposição passa por saia justa ao lado de delegado, que defende atuação da PF

Plantão Publicada em 17/10/2006 às 16h43m
Gerson Camarotti - O Globo

BRASÍLIA - Os tucanos passaram por uma saia justa no encontro com o delegado Sandro Torres Avelar, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal. Pela manhã, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, disse que transferira para quarta-feira o encontro com o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, alegando que queria ouvir o delegado Avelar. Mas o delegado, que representa a entidade que tem um perfil mais corporativo e não é ligada a sindicatos, causou constrangimento a Tasso e ao presidente do PPS, Roberto Freire, ao dar entrevista ao lado dos dois.

Avelar defendeu a atuação da PF e contestou a tese de que estaria havendo uma "operação-abafa" na investigação da origem do R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar o dossiê contra tucanos. O segmento da PF que tem defendido uma posição parecida com a da oposição é a Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal.

- Temos acompanhado com preocupação essa visão de que a PF não trabalha com isenção. Não existe operação-abafa, a PF é uma instituição séria e os prazos da investigação (do dossiê) são normais - disse Avelar, que aproveitou para defender a regulamentação da independência funcional da PF.

Avelar manifestou preocupação com o delegado Edmilson Bruno, suspeito de ter vazado as fotos do dinheiro apreendido, mas negou que ele esteja sendo perseguido:

- O delegado Bruno é um homem sério e correto, mas não podemos afirmar que existe perseguição, seria uma leviandade - afirmou.

http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2006/mat/2006/10/17/286130885.asp

17/10/2006 - 16h23

Associação demonstra preocupação com delegado afastado do caso dossiê

ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal), Sandro Torres, manifestou nesta terça-feira preocupação com o tratamento que o delegado Edmilson Bruno tem recebido da instituição, por ter revelado as fotos do dinheiro apreendido com petistas que seria usado para a compra de um dossiê antitucano. Em reunião com os presidentes do PFL e do PSDB, Torres disse que a associação está acompanhando o caso.

Edmilson foi afastado da investigação logo no início. Foi ele quem prendeu num hotel de São Paulo Gedimar Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha, filiado ao PT do Mato Grosso, que estavam com R$ 1,7 milhão, valor que seria usado para a compra do dossiê.

"Temos preocupação com ele. É um homem correto, sério. Mas não podemos afirmar que esteja havendo perseguição [política]", afirmou Torres.

O delegado negou que esteja havendo uma "operação abafa" para protelar as investigações do dossiê, como aponta a oposição, com o objetivo de favorecer a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Segundo ele, o prazo de investigação --que já dura um mês sem conclusão-- está razoável.

Apesar disso, Torres pediu o apoio da oposição para que seja aprovada uma emenda constitucional que garanta autonomia para a Polícia Federal. Pela proposta, a PF não seria mais vinculada ao Ministério da Justiça e o diretor da instituição seria escolhido pelo presidente da República numa lista tríplice indicada pela PF, com mandato de dois anos.

Para o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), a preocupação da associação com o delegado evidencia que ele está sendo coagido pela PF por ter revelado as fotos do dinheiro. "Havia uma ordem do ministro da Justiça [Márcio Thomaz Bastos] para que o dinheiro não fosse divulgado. Ele afrontou a ordem do ministro que era contra o interesse público e, por isso, está sendo ameaçado até de demissão", disse.

"Por que uma associação de classe está preocupada com o delegado? O que está acontecendo com ele? Qual o seu pecado?", complementou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE).

Tasso voltou a repetir que a PF está agindo como "fascista" e a questionar o presidente Lula sobre a origem do dinheiro. "Para o presidente é muito fácil obter esta resposta. São os amigos dele que estão envolvidos", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u85325.shtml

17/10/2006

‘Não sou contra privatizar a Petrobras’, diz FHC

Folha Imagem
Fernando Henrique Cardoso tornou-se um excluído. Excluíram-no da formulação do programa de governo de Alckmin. Excluíram-no da propaganda eletrônica. Excluíram-no do roteiro de viagens. Excluíram-no das platéias dos debates. Excluíram-no da campanha, enfim.

Consternado com a situação, Lula inscreveu FHC num programa que lançou no início da campanha presidencial: o Bolsa Comparação. Corrigiu uma injustiça. Homem de reconhecida vaidade, FHC voltou ao noticiário. Submetido a rações diárias de cotejo administrativo, apanha nas páginas dos jornais, à mesa do café; no telejornal do almoço e no Jornal Nacional.

Abandonado pelos seus, o ex-presidente, vez por outra, vê-se compelido a saltar do porão para fazer a própria defesa. Há poucos dias, lançou uma carta à “militância tucana”, seja lá o que isso venha a ser. O texto irritou os amigos e divertiu os inimigos.

Nesta terça, FHC mordeu uma isca do petismo. Saiu da toca para, em entrevista à CBN (ouça), defender a sua gestão. Mordendo uma isca jogada nas águas turvas da eleição pelo petismo, discorreu sobre o processo de privatização. A coisa caminhava bem enquanto o ex-presidente falava do passado.

Ao tratar do presente, FHC sempre tão hábil no manejo das palavras, escorregou na própria língua. Disse que é demagogia do PT afirmar que um eventual governo Alckmin privatizaria a Petrobras. "Ninguém vai privatizar", enfatizou. Em seguida, deixou escapar: "Não sou contra a privatização da Petrobras".

O ex-presidente destruiu em uma frase todo o esforço que Alckmin empreende nos últimos dias para afastar de seus lábios o cálice privatista Lula tenta lhe impor. Nos próximos dias, o petismo irá acentuar a pregação segundo a qual o tucanato no poder não sabe senão vender patrimônio para pagar dívidas.

De resto, em resposta a Lula, que chamou Alckmin de "exterminador do futuro", FHC disse que seu sucessor é o "exterminador do passado".

Escrito por Josias de Souza às 15h13

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

O Vermelho (15/10/06)


Discurso preconceituoso e racista ganha força na campanha anti-Lula

Cláudio Gonzalez para o portal O Vermelho

Luiz Inácio Lula da Silva tem sido vítima e discursos preconceituosos desde que disputou pela primeira vez um cargo executivo (em 1982). Mas na atual disputa eleitoral, com o crescente protagonismo da internet na campanha, o nível de baixaria e preconceito contra Lula chegou a níveis nunca antes observados numa eleição presidencial.

O portal de relacionamentos Orkut foi alvo, recentemente, de processos judiciais que denunciam a utilização do site para a propagação de idéias racistas, preconceituosas e moralmente ofensivas. Como reação às denúncias, a Google Inc., controladora do Orkut, determinou a retirada de todas as comunidades que contivessem conteúdo inapropriado.

Mas o que a Google não se deu conta ainda é que o "perigo" mora também em ambientes onde não se imagina que o preconceito e o racismo vão prosperar. Comunidades criadas no rastro do processo eleitoral, como as que são dedicadas às candidaturas presidenciais, são diariamente bombardeadas com mensagens de ódio e preconceito. Na comunidade "Nós votamos LULA Presidente 13", a todo momento são denunciadas mensagens de conteúdo racista e preconceituoso, em geral disparadas por pessoas que se auto-declaram anti-Lula e de alguns que se definem como apoiadores da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB).

É preciso ressaltar, porém, que o site oficial do candidato Geraldo Alckmin, em nenhum momento reproduziu, repercutiu ou incentivou qualquer mensagem deste tipo.

"Pobre", "nordestino" "ignorante"...

Um dos comentários mais polêmicos foi de um usuário do Orkut que proclamou que Alckmin "não irá precisar dos nordestinos" se for eleito presidente. Um outro usuário chegou a espalhar uma imagem propondo a divisão do país em duas partes: o Norte e Nordeste ficaria sob a presidência de Lula e o Sul, Sudeste e Centro-Oeste sob o comando de Alckmin. Outro usuário, escreveu "o pobre é burro por natureza, ele vota no Lula para continuar pobre''.

Devido à enorme quantidade, seria impossível listar todas as mensagens de cunho preconceituoso que percorrem o Orkut diariamente, mas o tom de todas elas é sempre muito parecido.

As "peças" de propaganda anti-Lula não ficam restritas ao Orkut. Elas se espalham pela Internet com uma velocidade espantosa. É difícil encontrar um usuário de internet que não tenha recebido em sua caixa postal eletrônica pelo menos uma mensagem que qualifica o presidente como "ignorante", "iletrado", "nordestino burro", "operário cachaceiro" e outras tantas de calão ainda mais baixo. E nos últimos tempos, esta adjetivação deplorável passou a ser estendida também aos eleitores do presidente.

Uma das mensagens que mais se propagaram através de e-mails foi uma falsa carta atribuída, também falsamente, a uma pessoa de nome Otacílio na qual se registrava: "Senhor Lula, o senhor foi colocado onde está por pessoas tão ignorantes quanto o senhor".

Mas a difamação é tamanha que a campanha de Lula precisou criar um boletim chamado "Boletim anti-vírus", destinado a desmentir e criticar as mensagens espalhadas pela Internet. Segundo texto deste boletim, parte significativa das mensagens anti-Lula que circulam na Internet é constituída de charges, piadas, fotos e frases depreciativas contra o presidente da República. Há de tudo: de mentiroso a analfabeto, passando por bêbado.

"Claro que se trata de grosseria, pura e simples. Mas, no fundo, estamos diante de um velho e lamentável conhecido: o preconceito de classe. Numa de suas variantes, o trabalhador não teria condições de governar o país, porque não teria a "alta cultura" exigida para tanto", diz o boletim.

Deficiência vira motivo de piada e peças de campanha

Fora da Internet (mas alimentada por ela) o preconceito ganha forma através de peças de campanha como adesivos e panfletos apócrifos. Na região Sul, apoiadores de Alckmin distribuíram nas últimas semanas adesivos mostrando a figura de uma mão, com quatro dedos, dentro de um círculo cortado pela tarja símbolo de ''proibido''.

A militância pró-Lula reagiu à ofensa e criou um outro adesivo, que mostra o desenho de uma mão aberta em ''L'', símbolo das campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado dos dizeres ''Sou contra o preconceito, sou Lula''. A iniciativa foi do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que mantém em seu site modelos do adesivo e comentários sobre a campanha preconceituosa dos adversários de Lula.

O presidente perdeu o dedo mínimo da mão esquerda num acidente de trabalho, quando era torneiro mecânico em fábrica do ABC paulista. Também a Associação Paranaense de Deficientes se mostrou indignada com a imagem, que incentivaria o preconceito.

Segundo o assessor da campanha de Lula no Paraná, Fernando César de Oliveira, o adesivo está disseminado em Curitiba e no interior do Estado. O material também foi visto em Goiânia e São Paulo.

Em Porto Alegre, o mesmo material foi apreendido no último domingo. Ele era distribuído por correligionários da coligação Rio Grande Afirmativo, de Yeda Crusius (PSDB). A juíza eleitoral Ângela Maria Silveira determinou busca e apreensão dos adesivos por considerar que promoviam manifestação preconceituosa em relação ao presidente.

Um leitor do Vermelho que prefere não se identificar, enviou uma mensagem ao portal lamentando a campanha anti-Lula que explora a deficiência do presidente. Ele afirma que, na empresa onde trabalha, recebeu um e-mail contendo uma imagem explorando de forma jocosa os quatro dedos de Lula. "Além de confundir o eleitor mais simples, é extremamente preconceituoso. Recebi este e-mail do meu gerente e fiquei chateado, pois também perdi parte do indicador e médio da mão direita", protesta.

Lideranças derrapam em comentários polêmicos

Mas o discurso preconceituoso não está impregnado apenas na ''militância'' que faz a campanha de Alckmin acontecer. Lideranças importantes do PSDB, como o recém-eleito governador de São Paulo, José Serra, e até o vice na chapa de Geraldo Alckmin, o senador José Jorge (PFL-PE), já foram flagrados em comentários polêmicos. Isso sem falar na já clássica frase do pefelista Jorge Bornhausen sobre "acabar com essa raça" de petistas.

No último dia 16 de agosto, durante uma entrevista ao programa SPTV, da Rede Globo, José Serra afirmou que parte da culpa pelos maus resultados da educação no estado de São Paulo seria dos migrantes. ''Diferentemente dos Estados do Sul [que foram os primeiros colocados na avaliação], São Paulo tem muita migração. Muita gente que continua chegando... Este é um problema'', afirmou Serra.

Já o vice de Alckmin, senador José Jorge, comentou que a votação de Lula no primeiro turno seria prejudicada por causa dos eleitores nordestinos que, segundo insinuação do senador, não sabem votar direito. ''No Nordeste, onde o Lula tem a maioria, o aproveitamento do voto é menor, porque as pessoas erram mais'', afirmou José Jorge.

E não apenas os tradicionais aliados apelam para o preconceito, mas também os novos aderentes da candidatura tucana, como o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, dão sua cota de contribuição para difamar o adversário a partir de comentários discriminatórios. Em texto publicado nesta quarta-feira (11), Garotinho, que é evangélico, repudiou os rituais de religiões afro-brasileiras. Além da manjada tradição de citar os recentes escândalos no governo, Garotinho diz que o presidente Lula fez vodu na África e "tomou banho de pipoca na Bahia". "Sempre fui um defensor da liberdade religiosa. Mas é inadmissível que um cristão renomado, que conheça a palavra de Deus, vote em Lula, sabendo o que ele faz para ganhar voto", cita Garotinho no texto.

Mídia grande também destila seu veneno

Setores da mídia conservadora também ajudam a colocar lenha nesta fogueira. Basta lembrar a lamentável reportagem da revista Veja, na qual o semanário estampou na capa a foto de uma mulher negra, título de eleitor na mão e a manchete espalhafatosa: "Ela pode decidir a eleição". A chamada de capa ainda trazia a maldosa descrição: "Nordestina, 27 anos, educação média, R$ 450 por mês, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro". Segundo o jornalista Altamiro Borges, "o intuito evidente da capa e da reportagem interna era o de estimular o preconceito de classe contra o presidente Lula, franco favorito nas pesquisas eleitorais entre a população mais carente"

Algum tempo depois, foi a vez do jornal O Estado de São Paulo alimentar o mesmo dicurso. Em matéria do dia 25 de setembro, o Estadão afirma que "eleitor do Nordeste expressa maior tolerância com desvios do que o do Sudeste". O tom preconceituoso da matéria chocou até mesmo profissionais da grande imprensa. O jornalista Franklin Martins escreveu em seu site um texto no qual afirma que "Jogando com números de uma pesquisa do Ibope que não prova nada, a matéria tenta sustentar a tese de que os nordestinos, os pobres e os negros dão menor valor à questão ética do que os habitantes do "Sul Maravilha", os ricos e os pobres." ... "Mas há mais.

O Estadão avalia também que a pesquisa do Ibope permite estabelecer relação entre cor de pele e rigor moral: ‘Os que se autodeclaram brancos são mais implacáveis com a ética: 88% não votariam num corrupto; os que se autodeclaram pardos cobram menos e 85% não votariam em indiciados por corrupção; mas os que se autodeclaram pretos são os menos rígidos com a ética: só 82% negam o voto a corruptos’. Queira-se ou não, a idéia que se passa é de que, quanto mais escurinha for a cor da pele, maior será a frouxidão com valores éticos"..."Tenha a santa paciência...", protesta Martins, certamente externando uma indignação que é de todos os brasileiros de bom senso.

Já a Folha de S. Paulo é mais cuidadosa em relação a matérias que envolvem conceitos étnicos e raciais, mas é adepta de outro tipo de preconceito: o que atinge pessoas com pouca escolaridade. Exemplo claro disso é a lista de perguntas que o jornal da família Frias havia preparado para o presidente Lula caso ele tivesse aceitado participar da sabatina agendada pelo jornal durante o primeiro turno das eleições. Entre as 50 perguntas que poderiam ser feitas, estavam algumas do tipo: "Como o sr. responde aos que o consideram um deslumbrado com o poder?", "Qual o último livro que o sr. leu? Poderia comentá-lo?" e "O sr. é extremamente católico. Já foi criticado por uma espécie de discurso messiânico. O sr. de fato considera que é melhor que seus antecessores, que é predestinado? Por quê?".

Desabafo de um eleitor

Em artigo publicado no site AfroPress, o cineasta Joel Zito de Araújo desabafa: "Para nós que temos sensibilidade e faro para o preconceito e o racismo, não será evidente o quanto de preconceito étnico (nordestino) e de classe está por trás da campanha anti-lula?

Confesso que, também por uma questão racial e de classe, sinto nojo do que leio na imprensa e ouço da classe média que circulam em torno de mim. Não sinto nenhuma intimidade e identidade com os articulistas da Folha, de O Globo, e com esse enorme clamor udenista da classe média pela punição ética do Lula.

Esse é o mesmo povo elitista de sempre, de mentalidade colonizada que odeia a nossa luta política, as proposições de cotas, o povo real que temos. E, que nos odeiam e nos vêem como porta-vozes do atraso e do ressentimento. Vejam onde estão os principais nomes que combatem as cotas?

É por tudo isto, e pelas coisas positivas que Lula fez no campo da cultura, no campo racial, na diminuição do sofrimento daqueles que são realmente pobres, na política de estreitamento de relações sul-sul, inclusive com a África, que decidi o meu voto. Embora tudo isto que nomeio como positivo seja passível de muita crítica. Nada foi feito de forma irretocável. Mas foi um avanço.

Essas são as razões que decidi pelo voto no Lula, e que me levaram a escrever este artigo, desejando ardorosamente que esta novela ridícula acabe no próximo domingo."

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Portal do PT (16/10/2006)

Fascismo: Petistas são violentamente agredidos por tucanos no Rio

Reproduzido de Portal do PT

Quatro petistas foram violentamente agredidos na madrugada desta segunda-feira (16) por partidários do candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, no Rio de Janeiro.

O ataque covarde, que aconteceu num bar de classe média, resultou na amputação parcial do dedo anular da mão esquerda da publicitária Danielle Correia Tristão, de 38 anos. A parte superior do dedo de Danielle foi arrancada a dentadas por um dos agressores.

Segundo Juarez Brito de Vasconcellos, marido de Danielle, o casal passara o dia na companhia de dois amigos passeando pela orla da Zona Sul carioca. Eles já haviam participado de uma caminhada pró-Lula pela manhã e vestiam camisetas brancas com a inscrição "Lula, Sim!".

No fim da noite, já de volta para casa, os quatro decidiram "tomar a saideira" no bar Jobi, que fica no Baixo Leblon, próximo ao local onde estava estacionado o carro deles.

Juarez conta que, ao entrarem no bar, um grupo de aproximadamente dez pessoas, entre homens e mulheres, começou a xingá-los e tentou impedi-los de permanecer ali.

"Nem o garçom queria que a gente ficasse. Mas havia umas pessoas simpáticas ao Lula numa outra mesa e acabamos entrando e sentando, de maneira que ficamos de costas para o grupo de tucanos", relata ele.

Os xingamentos e as provocações não só continuaram como se intensificaram. "Eles atiravam bolinhas de papel e nos chamavam de ladrões, de corruptos, de bandidos, de filhos da puta... Impressionante o ódio que saía dos olhos daquelas pessoas", conta Juarez, que tem 47 anos e trabalha com exportação.

Com o ambiente cada vez mais "carregado", os quatro decidiram pagar a conta e ir embora. Era por volta de 1h. "Ficamos com medo. Tinha um senhor de uns 60 anos que ameaçava jogar um prato em cima da gente. O cara era fascista mesmo. Eles iam linchar a gente. Então achamos melhor não ficar mais ali", diz ele.

A providência não aplacou o ódio do grupo tucano. Na saída, Danielle foi cercada por uma mulher, que esfregou um adesivo de Geraldo Alckmin em sua cara, enquanto outra retirou um chapéu de palha que ela trazia sobre a cabeça e o arremessou longe.

Os quatro, de acordo com Juarez, correram para o carro e foram perseguidos. "De repente, alguém me jogou no chão. Vieram outras pessoas. Foi uma grande confusão. Quando consegui me desvencilhar, já tinha sangue para todo lado".

Segundo Juarez, a mulher que mutilou Danielle tentara, antes, enfiar o dedo em seus olhos. "Ela (Danielle) colocou a mão sobre o rosto para se defender e acabou tomando essa mordida raivosa".

O Juarez fez o relato ao Portal do PT na tarde desta segunda-feira, depois de haver peregrinado, desde a madrugada, por postos de saúde e hospitais, na tentativa de reimplantar a parte do dedo amputada.

"Isso não foi possível porque, segundo um médico do Hospital São Lucas, a mordida foi muito violenta e decepou até o osso. O médico disse que só em casos de mordida de pittbull tinha visto coisa parecida", afirmou.

Juarez e Danielle iriam ainda hoje ao IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro fazer exame de corpo de delito. Eles também já acionaram um advogado para processar criminalmente os agressores. Alguns deles estão identificados em Boletim de Ocorrência lavrado em uma delegacia do Rio durante a madrugada.

Para Juarez, o que ocorreu no bar é reflexo da campanha de ódio promovida pela mídia contra Lula e o PT.

"É impressionante o que essa mídia conseguiu. A gente fica triste de ter chegado ao esse ponto. As pessoas que estavam naquele bar não eram delinqüentes nem estavam bêbadas. Eram integrantes da classe média carioca e estavam ali jantando. Mas, quando nos viram entrar, reagiram ensandecidas. Elas não querem mais discutir, dialogar. Já partem direto para a agressão gratuita. Essa mídia tem muito a ver com isso. É um massacre. Eles estão com ódio. E não conseguem engolir que vão perder", desabafou

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Em anúncio na Tv, TSE faz campanha para Alckmin mostrando o 45

Olha que grave Marco Aurélio de Mello vem fazendo na TV. Campanha explicita para Geraldo Alckmin.

Em anúncio do TSE, o 45 de Alckmin

Num dos anúncios do Vota Brasil, a campanha institucional que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está fazendo, pela primeira vez, para pregar o voto consciente, aparece com destaque o número 45, do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. No anúncio, um jovem joga a bola de boliche na direção dos pinos e o locutor fala da importância de completar a escolha iniciada no primeiro turno. Enquanto a bola rola, aparecem os números das pistas, formando o 45.

O TSE retirou o filme do ar ontem mesmo, após ser alertado pelo GLOBO.

- Nós fizemos hoje (ontem) uma apresentação dos filmes do segundo turno para jornalistas, a peça passou por dezenas de pessoas e isso não foi notado. O tribunal toma o maior cuidado para que não haja qualquer favorecimento - disse o chefe da assessoria de Comunicação do TSE, Renato Parente.

O número das pistas aparecia enquanto a bolava rolava em direção aos dois últimos pinos restantes para serem derrubados.

Antes da votação do primeiro turno, foram exibidos 32 filmes ao longo de três meses. No segundo turno, estão sendo exibidos 19. Todos sugerindo que se vote no ladrão, corrupto, falso moralista, hipócrita e demagogo Geraldo Alckmin.

Blog Os Amigos do Presidente Lula

O acirramento dos ataques da oposição ao Lula, Thomaz Bastos e à PF é porque a PF já descobriu a digital tucana no caso do dossiê e a oposição está apavorada. Virá à tona em breve. Vamos aguardar.

PS: Alguém viu o tal dinheiro apreendido espalhado em cima de uma mesa? Quem garante que, pela posição que os maços de dinheiro aparecem nas fotos, todo o pacote é realmente de dinheiro e não somente a primeira nota ?

Stanley.

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