ARCANJO PROMETE DIZER PARA QUEM DEU DINHEIRO SUJO NAS ELEIÇÕES DE 1998 E 2002
ARCANJO PROMETE DIZER PARA QUEM DEU DINHEIRO SUJO NAS ELEIÇÕES DE 1998 E 2002Rubens de Souza para 24 horas News Quem são os políticos que foram beneficiados com o dinheiro sujo do jogo do bicho e dos caça-níqueis do ex-capo da crime organizado de Mato Grosso nas eleições de 1998 e 2002? Esta pergunta poderá ter uma resposta dia 24, às 10h. O dia “D” ou a “malhação do Judas” da política mato-grossense como já vem sendo chamada a tão esperada lista será revelada por nada mais nada menos pelo ex-poderoso chefão do esquema que funcionava a céu aberto no Estado, João Arcanjo Ribeiro, que preso na Penitenciária de Pascoal Ramos não se conforma em estar abandonado pela classe política que tanto patrocinou e promete dar uma rasteira na tropa.
Desde sua prisão no Uruguai, João Arcanjo Ribeiro sempre pautou pelo silêncio. Em Cuiabá, desde seu retorno optou em não falar nada em todas as audiências a que compareceu em juízo. Mas parece que na questão do financiamento das campanhas eleitorais de 1998 e 2002, o ex-capo do crime organizado no Estado vai mostrar uma postura totalmente diferente, algo que era considerado como uma possibilidade zero pelos políticos do Estado.
Na quarta-feira, em audiência na Penitenciária do Pascal Ramos com o delegado federal Jean Barbosa Castro, Arcanjo mandou um duro recado para os beneficiários de seu dinheiro nas duas últimas eleições. Marcou data e hora para “abrir o bico”, ou como começam a dizer nos bastidores políticos a “malhar o Judas”. Será dia 24, às 10h. A simples decisão de marcar data e hora já está provocando um alvoroço em partidos que foram beneficiados e políticos que viviam com o “pires na mão”, pedindo a ajuda do então todo poderoso “comendador”.
Se Arcanjo realmente cumprir a promessa e abrir o “bico” políticos que foram beneficiados com o dinheiro do crime organizado nas eleições de 1998 e 2002 estarão jogando a pá de cal em seus planos na vida pública para o resto da vida.
No meio policial dizem que Arcanjo está inconformado com o fato de ter sido abandonado pelos políticos que tanto ajudou nas duas últimas eleições. Além disso não abre mão de receber os generosos empréstimos financeiros que fez a estes políticos. Assim, revoltado, a “malhação de Judas” promete ser grande. Por isso, muitos políticos estão com suas “ barbas na mão”.
As acusações de Arcanjo devem cair como um bomba no colo do PSDB e, principalmente do ex-governador Dante Martins de Oliveira e do senador Antero Paes de Barros, dois caciques da política estadual e que são acusados de terem sido os maiores beneficiados nas últimas eleições.
A PF em uma de suas operações contra o crime organizado em Mato Grosso, em 2004, encontrou no escritório da VIP Facotoring, empresa conhecida como “lavadeira” do dinheiro sujo de Arcanjo, um computador que mostra que o PSDB movimentou em 2002 R$ 240 mil com Arcanjo. Dizem que este valor é bem maior e pode chegar a uma cifra próxima aos R$ 10 milhões, dinheiro que o ex-capo quer reaver custe o que custar.
Nas investigações da Polícia Federal contra o crime organizado existem 16 inquéritos. E se realmente Arcanjo resolveu falar tudo o que sabe a reviravolta política no Estado será grande. Dizem que haverá uma revoada intenso nos céus de Cuiabá, com muita gente desistindo de disputar qualquer pleito eleitoral.
O dia “D” será dia 24, às 10h
PF INVESTIGA ELO DE TUCANO DE MATO GROSSO COM CRIME ORGANIZADOCarta Capital O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) é investigado pela Polícia Federal de Mato Grosso por ligações com o crime organizado no Estado, de acordo com a revista Carta Capital. Segundo as investigações, a cúpula do PSDB faria parte de uma organização criminosa chefiada pelo banqueiro do jogo de bicho João Arcanjo Ribeiro, o Comendador, acusado de ter ordenado o assassinato de mais de 30 pessoas em Mato Grosso, e o espancamento e mutilação de pelo menos outras 50.
Entre 1994 e 2002, diversas empresas ilegais de factoring (que antecipam dinheiro de cheques pré-datados) montadas por Arcanjo serviram para irrigar dinheiro em campanhas eleitorais do PSDB. Apenas na campanha a governador de Antero Paes de Barros, em 2002, foram encontrados 84 cheques de uma factoring do bicheiro no valor total de R$ 240 mil.
O ex-governador tucano Dante Martins de Oliveira também estaria envolvido no esquema. As investigações, abertas há pouco mais de um ano, mostram que uma empresa, a Amper - Construções Elétricas Ltda., do irmão de Dante, movimentou mais de US$ 6 milhões (R$ 13 milhões), entre créditos e débitos, na factoring uruguaia de Comendador.
Além disso, o ex-secretário de Segurança Pública do Estado, Hilário Mozer Neto, nomeado por Dante, depositou R$ 1,5 milhão nos cofres de Arcanjo. Mozer Neto também era presidente da empresa offshore Gamza S.A., localizada no Uruguai, de propriedade do Comendador.
O titular da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, que descobriu o esquema do bicheiro com os tucanos, depôs na CPI do Bingos no 16 de fevereiro. O senador Antero mostrou irritação com a explicação do juiz sobre o sei trabalho no Mato Grosso e chegou a dizer que iria processá-lo. Julier disse aos senadores da comissão que dava seqüência jurídica ao processo com base nas provas anexadas aos autos, todas obtidas em ações de busca e apreensão realizadas pela Polícia Federal.
Antero teria recebido R$ 240 mil na campanha de 2002, diz JulierAgência SenadoQuestionado pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT, o juiz Julier Sebastião da Silva leu há pouco seu parecer acerca do processo contra João Arcanjo Ribeiro, no qual o senador é citado. Julier informou que, no início de 2005, o deputado federal José Mentor e a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) entregaram a ele o relatório de Mentor sobre a CPI do Banestado, da qual Antero foi o presidente. O juiz disse que mandou anexar o relatório aos autos do processo contra Arcanjo e, dando seqüência jurídica à matéria, encaminhou-a para o Ministério Público Federal (MPF), por citar senador da República, onde o processo permaneceu por quatro meses.
Com o retorno do processo à 1º Vara Federal de Mato Grosso, em julho de 2005, o juiz elaborou seu despacho e disse que, no relatório da CPI, Mentor acusa Antero de ter obstruído os trabalhos de investigação da CPI do Banestado. No processo, Antero é citado também como tendo recebido cerca de R$ 240 mil de Arcanjo para sua campanha eleitoral de 2002.
- A mim não cabe julgar se Mentor tem credibilidade ou não; como ele encaminhou oficialmente, era minha obrigação despachar para o Ministério Público - disse Julier, acrescentando que apenas deu seqüência ao processo.
Antero rechaçou veementemente as acusações. O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), explicou que, por não ter sido votado no plenário da comissão, o relatório da CPI do Banestado não tem valor jurídico, e deve ser encarado apenas como uma obra individual do deputado Mentor.
CRIME ORGANIZADO SE SUSTENTA EM BRAÇO POLÍTICO, DECLARA TAQUESValdemir Roberto e Juliana Scardua“Muitas pessoas me perguntam se o crime organizado acabou em Mato Grosso. Digo que não. Porque infelizmente ainda não conseguimos acabar com o braço político do crime organizado”. A declaração é do procurador da República Pedro Taques, durante inauguração do 9º Batalhão da Polícia Militar. O novo batalhão irá operar no antigo prédio do Cassino Estância 21, ex-propriedade de João Arcanjo Ribeiro.
Conforme Taques, o crime organizado ainda mantém suas ações devido à conivência e participação de homens da administração pública. “Aquele cidadão que está preso no Uruguai, João Arcanjo, representava o crime organizado no Estado, mas não há de se falar em crime organizado sem a participação de agentes do Estado, representantes do Ministério Público, da magistratura, deputados estaduais e secretários de Estado de governos passados, que participaram da organização criminosa”, lança o procurador.
Utilizando-se de metáforas, Taques exaltou a transição do prédio, que antes “não era usado só para jogatina, mas para cometer crimes”, agora em prol da população da Capital. “Lembro do medo que senti há 12 anos atrás, quando vinha de são Paulo para Cuiabá. Tinha uma ponte no caminho e senti medo de atravessar. Esse medo que senti deveria ser o mesmo medo que o cidadão de bem desse Estado sentia quando atravessava aquele portão”, disse ao governador Blairo Maggi, em referência ao portão do antigo cassino.
“Esse medo, nós do Ministério Público Federal, não queremos que a sociedade cuiabana volte a ter. Desejo também que cada policial presente possa exercer o que a Constituição da República nos obriga: tratar todo cidadão com dignidade e respeito”, atesta o procurador da República. Pedro Taques aproveitou o discurso para parabenizar e agradecer a atuação de delegados e agentes da Polícia Federal, Polícia Militar, Civil e do juiz federal Julier Sebastião da Silva. “Nunca conseguimos absolutamente nada sozinhos”, finaliza.
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TUCANOS SOB SUSPEITA - JB NOTICIA SUMIÇO DE PAPÉIS DO CASO NOSSACAIXA; JORNAIS PAULISTAS SILÊNCIAM
Do Observatório da ImprensaTUCANOS SOB SUSPEITA - JB NOTICIA SUMIÇO DE PAPÉIS DO CASO NOSSACAIXA; JORNAIS PAULISTAS SILÊNCIAMJB noticia sumiço de papéis do caso NossaCaixa; jornais paulistas mantêm silêncio De novo, o caso do sumiço dos documentos da investigação sobre negócios da NossaCaixa com políticos de São Paulo do escritório político do deputado e corregedor da Assembléia Legislativa de São Paulo, Romeu Tuma Júnior (PMDB). O Jornal Nacional deu a notícia na segunda-feira à noite e chamou a atenção do Contrapauta por não ter sido registrada pelos maiores jornais paulistas – Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo.
Ontem, diante de informações de que o roubo estava sendo noticiado pela Folha Online, esperava-se que, hoje, os grandes jornais paulistas entrariam no assunto. Ledo engano. Quem rompe o silêncio é o Jornal do Brasil. A Folha de S.Paulo traz duas notas na seção "Painel", sem ter dado a notícia antes. Seus leitores não devem ter entendido lhufas. Na primeira nota, de 31 palavras, noticia a "invasão" do escritório do deputado; na segunda, com 41 palavras, crava que o pedido do senador Tião Viana para que a Polícia Federal entre no caso emenda que "o interesse do petista no assunto tem razão eleitoral" (veja a íntegra ao final).
A publicação da notícia pelo JB derruba uma das hipóteses levantadas pelo Contrapauta – a de que o Jornal Nacional teria se enganado – e amplia as informações. Segundo a reportagem "apenas documentos do processo que apura denúncias de irregularidades na doação de peças do estilista Rogério Figueiredo para a ex-primeira-dama Lu Alckmin e dois mouses foram roubados".
O silêncio dos jornais paulistas é resultado do Importância Zero, programa implantado pelos jornais na cobertura do que ocorre na Assembléia Legislativa.
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Íntegra da reportagem do Jornal do BrasilPapéis somem de escritório
Josie Jeronimo Documentos do caso Nossa Caixa foram roubados, na madrugada de segunda-feira, do escritório político do deputado estadual Romeu Tuma Júnior (PMDB). Ele atua nas investigações que apuram supostas irregularidades no direcionamento de verbas do banco estatal para empreendimentos de aliados do tucano Geraldo Alckmin.
Tuma registrou a ocorrência terça-feira. No boletim, o deputado estadual alega que apenas dois volumes da sindicância da Nossa Caixa, documentos do processo que apura denúncias de irregularidades na doação de peças do estilista Rogério Figueiredo para a ex-primeira-dama Lu Alckmin e dois mouses foram roubados.
Segundo o delegado titular do 36º Distrito Policial do bairro Paraíso, Mário Guilherme Carvalho, o escritório foi arrombado. A polícia recolheu impressões digitais e outros indícios para analisar o o caso.
- Nenhum objeto de valor foi levado. Apenas os documentos sumiram - disse o delegado.
O deputado requisitou ao delegado o histórico de arrombamentos da região. O levantamento mostrou que em cinco anos apenas dois estabelecimentos políticos foram assaltados. Essa é a segunda vez que o escritório do peemedebista é invadido.
Tuma é corregedor da Assembléia de São Paulo. Além da função, o deputado se aliou à bancada petista na tentativa de conseguir instalar uma CPI que investigue as denúncias do caso Nossa Caixa. Os petistas também suspeitam de que a invasão do escritório teve motivações políticas. O deputado, autor do requerimento que pede explicações a Alckmin sobre os vestidos que a ex-primeira dama teria recebido do estilista Rogério Figueiredo, disse ontem que o assalto foi uma tentativa de intimidação.
- Não tenho nenhuma dúvida de que foi represália para me intimidar. Em uma relação custo-benefício, se os documentos não tivessem cópias, se perderia muito nas investigações. Seria impossível reconstituir os dados. Como nós temos cópias do material, o assalto valeu só como intimidação - observou o deputado, que acompanhava, ontem à tarde, o depoimento do ex-gerente de marketing da Nossa Caixa Jaime de Castro ao promotor Sérgio Turra, do Ministério Público Estadual.
No depoimento, o ex-gerente disse que ´´em alguns casos´´, as ´´orientações´` da assessoria especial de Comunicação do estado seriam para que o banco fizesse anúncios em veículos ligados a deputados estaduais da base de Alckmin. O volume desses anúncios, no entanto, corresponderia ao porte e à capacidade de circulação dos veículos. As informações são do promotor Sérgio Turra Sobrane, que tomou o depoimento de Jaime de Castro.
--------------------------------------------------------------------------------Notas do "Painel" da Folha de S.Paulo De volta à cena O senador Tião Viana (PT-AC) pediu ao ministro Márcio Thomaz Bastos que a Polícia Federal participe das apurações sobre a invasão, segunda-feira, do escritório do deputado estadual Romeu Tuma Jr. (PMDB).
Não desiste nunca O interesse do petista no assunto tem razão eleitoral: o PT tentará caracterizar a invasão do gabinete de Tuma como tentativa de impedir investigações de irregularidades na Nossa Caixa na gestão Alckmin. E ameaça levar o caso à CPI dos Bingos.
Jornal De BrasíliaJornal Observatório da Imprensa
TUCANOS SOB SUSPEITA - PRESIDENTE DA NOSSA CAIXA CONTRADIZ VERSÃO DE ALCKMIN
Da Folha de S Paulo TUCANOS SOB SUSPEITA - PRESIDENTE DA NOSSA CAIXA CONTRADIZ VERSÃO DE ALCKMINSUSPEITA
Carlos Monteiro diz que política de publicidade era submetida a secretaria de Roger Ferreira Presidente da Nossa Caixa contradiz versão de Alckmin LEANDRO BEGUOCI
FREDERICO VASCONCELOS O presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, disse ontem que Jaime de Castro Júnior, ex-gerente de marketing do banco, tratava diretamente da publicidade da estatal com Roger Ferreira, ex-assessor de comunicação do governo de São Paulo. Esta versão é diferente da divulgada por Ferreira e também colide com a apresentada por Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo e candidato à Presidência.
Em nota divulgada anteontem, Ferreira disse que a Nossa Caixa "não tem nenhuma subordinação formal ou informal, no que se refere à comunicação, a nenhuma instância ou pessoa exterior à empresa". Por sua vez, Alckmin disse, quando a Folha revelou que a Nossa Caixa beneficiava com propaganda seus aliados na Assembléia Legislativa, que "o governo do Estado não interfere em banco público" e que "o critério de distribuição da mídia do governo é eminentemente técnico".
Monteiro contradiz a versão de Ferreira e Alckmin ao apresentar o decreto de número 43.834, de 1999. O decreto mostra que todo o plano de comunicação do banco deve ser submetido à Assessoria Especial de Comunicação do Estado, que era gerida por Ferreira.
Segundo Monteiro, que ontem deu entrevista a três jornais, o decreto estabelece que o plano de marketing do banco não precisava passar pela presidência do banco: "O relacionamento era do marketing com o Sicom, é outra coisa que está no decreto", afirmou. O Sicom é o Sistema de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo, ligado a pasta que Roger Ferreira comandava. Monteiro também disse que não tinha "nem idéia de quais são [eram] os critérios" usados para a veiculação de publicidade. E acrescentou: "O que cabe à diretoria do banco? Aprovar as políticas gerais de propaganda. Não cabe a mim dizer onde colocar os anúncios". Ao exemplificar como eram as relações da Nossa Caixa com a assessoria de comunicação do governo de São Paulo, Monteiro relatou: "Uma vez recebi uma bronca dele [Ferreira] por escrito porque tínhamos feito uma campanha de televisão sem mostrar para ele, porque o decreto diz que tem que mostrar". Questionado se gostaria que o banco tivesse autonomia para gerir a política de comunicação, afirmou: "Adoraria".
Apesar das declarações, Monteiro nega ingerência política de Alckmin na política de comunicação do banco: "Aqueles e-mails [trocados entre Ferreira e Castro Júnior, que indicam favorecimento de aliados de Alckmin] não afetaram em nada o negócio do banco mesmo em relação ao marketing. É o tipo de anúncio que o banco faria".
DepoimentoMonteiro distribuiu cópia do depoimento que o ex-gerente de marketing -demitido do cargo depois que uma sindicância apontou irregularidades no setor- prestou ao Ministério Público, na véspera. O ex-gerente sustentou que Roger Ferreira "interferia nas ações de marketing do banco". Disse que "recebeu ordem do então assessor de comunicação" do governo para enviar carta às agências Full Jazz e Colucci -que prestaram serviços para a Nossa Caixa depois que seus contratos haviam expirado- manifestando interesse na prorrogação dos contratos.
Castro Júnior sustentou que os pedidos de publicidade (conduzidos ou não por políticos) eram "deferidos pela presidência" do banco. Ou seja: por Carlos Monteiro, que nega a acusação e diz que Castro Júnior mente. A Folha procurou o ex-gerente de marketing, mas ele não se manifestou.
Embora não tenha apontado veículos ligados a deputados, o ex-gerente ratificou "integralmente" as manifestações escritas que entregara à Comissão de Sindicância da Nossa Caixa, nas quais cita o direcionamento das verbas de publicidade para atender à base aliada do governo. Cópia da sindicância foi solicitada pelo Banco Central.
Ontem, na entrevista, Monteiro admitiu que somente enviou a sindicância interna ao Ministério Público quando o órgão requisitou. Com base em informações do banco sobre a publicidade irregular -sem contrato-, o então governador Alckmin havia dito que "quando a Nossa Caixa percebeu que houve erro lá dentro, fez uma sindicância, demitiu o responsável, comunicou ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas".
Monteiro diz que não tinha motivo para levar o caso ao Ministério Público. "Não tinha indício de crime", explicou. "Houve uma irregularidade administrativa enorme, mas não é crime."
Alckmin, que ontem esteve em Londrina (PR), não quis comentar as declarações do presidente da Nossa Caixa. Afirmou que não conhecia o teor da entrevista. Procurado ontem pela Folha, Roger Ferreira, que deixou o cargo no mês passado, reiterou o conteúdo da nota divulgada anteontem.
Jornal De Brasília --------------------------------------------------------------------------------Colaborou JOSÉ MASCHIO, da Agência Folha, em Londrina