segunda-feira, outubro 16, 2006

O Globo o PSDB e TV em conluio.

O Globo está fabricando manchete para a campanha do Alckmin.


A campanha de hoje do Alckmin na TV, já entrou com cenas da manchete de primeira página do Jornal O Globo de "HOJE", com o seguinte texto:

PT USARÁ FACÇÃO DO CRIME PARA ABAFAR DOSSIÊ.

Entendam a questão. Creio que deve haver um tempo razoável para entrega do material de campanha dos partidos na TV que vai gerar em rede nacional de TV o material de campanha. E com uma também razoável antecedência para que os operadores DA EMISSORA GERADORA confiram a qualidade técnica da fita de video entregue pelos partidos. Se a manchete do jornal O Globo saiu hoje, como o PSDB conseguiu a façanha de editar a matéria em video com a manchete de hoje de o Globo neste mesmo dia?

Em menos de 10 horas editaram e produziram o programa de hoje a noite!? Ou será que o PSDB já sabia com antecedência da manchete que seria produzida no Jornal O Globo de hoje?

Será que os ex-globais os jornalistas Luis Gonzales e Woile Guimarães sócios da GW, produtora que trata do marketing político da campanha do Alckmin usaram de seu trânsito na emissora geradora? Woile Guimarães para quem não sabe, foi diretor do Globo Reporter. Tudo leva a crer que está havendo "facilidades" para favorecer a campanha de Alckmin. O que é um grande baixaria!

Atenção PT! Verifique esta questão. Olho vivo!
José Lopes 10.16.06 - 10:48 pm #


Blog Os Amigos do Presidente Lula

A Trama do Dossiê

16/10/2006 - Da Tribuna da Imprensa - Justiça dos homens

O delegado Edmilson, o procurador Mário e o jornalismo da Rede Globo

Mario Lúcio Avelar, procurador sob suspeita, diz Argemiro Ferreira

ARGEMIRO FERREIRA

O delegado, o procurador e o jornalismo da Globo

O que sugere a reportagem da revista "CartaCapital", nas bancas desde o fim de semana, é que toda a trama urdida para, como um guindaste, levantar a votação do candidato Geraldo Alckmin e levá-lo ao segundo turno, deveu-se a um delegado da Polícia Federal, Edmilson Pereira Bruno, e a um procurador da República, Mário Lúcio Avelar - em conluio com um setor da mídia, em especial o império Globo.

Segundo o relato, antes mesmo de chegarem à sede da Polícia Federal em São Paulo os dois homens ligados ao PT, com os quais teria sido encontrada a soma de R$1,7 milhão, já estava lá a perua da Rede Globo. E ao chegar, estacionou entre outras duas equipes tucanas de televisão - as do marketing político das campanhas de Geraldo Alckmin e do candidato a governador José Serra, primeiras a chegar.

Avelar, apontado como comandante da operação, já tivera papel igual ao divulgar no início de 2002 as fotos do dinheiro apreendido na firma Lunus, do marido de Roseana Sarney (o que detonara a candidatura presidencial dela pelo PFL no momento em que, nas pesquisas, ultrapassava a do tucano Serra na preferência para confrontar Lula). Mas a ficha do afoito Avelar não fica nisso.

Estranha conduta de autoridades

O procurador já tinha pisado na bola mais duas vezes. Em Tocantins, fora afastado pelo procurador-geral Geraldo Brindeiro no final de 2002, por ter indiciado políticos com mandato sem ter autoridade para tal (pois isso cabe ao procurador-geral). E em Mato Grosso, seu posto seguinte, tinha sido o desastrado comandante jurídico da operação Curupira, da Polícia Federal, contra funcionários do Ibama e madeireiros.

Essa operação Curupira incluíra, entre as 93 pessoas presas, o diretor de florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel. Levado, algemado, para Cuiabá, ele passara quatro noites na cadeia antes de ser, afinal, libertado. Como lembrou "CartaCapital", o próprio Avelar, depois de acompanhar o depoimento oficial de Hummel, acabou por reconhecer que ele não devia sequer ter sido indiciado.

Com antecedentes como esses três casos - de Roseana, no qual o dinheiro foi afinal devolvido, após a conclusão de que nada ocorrera de ilegal; dos políticos indiciados ilegalmente em Tocantins; e da prisão arbitrária do diretor do Ibama, totalmente inocente - o mesmo procurador Avelar, responsável pelo procedimento jurídico no caso do dossiê, pediu a prisão preventiva de Freud Godoy, segurança do presidente Lula.

Isso só não levou a nova arbitrariedade porque o pedido dele foi rejeitado pelo juiz Marcos Alves Tavares - que estranhou, entre outras coisas, o contra-senso de ser divulgado o pedido na imprensa antes de sua análise pelo juízo. Depois, como é sabido, a Polícia Federal e o Ministério Público inocentaram Godoy, levando jornais e jornalistas com um mínimo de dignidade a pedir desculpas publicamente.

Mentindo para agradar à fonte

É relevante a esta altura a suspeita de que, sob a influência de figurões da política, generalizam-se práticas duvidosas entre procuradores e policiais, tirando proveito do período eleitoral. Para atender a inclinações partidárias, servir a grupos políticos ou até mesmo buscar vantagens pessoais, gente sem escrúpulos pode não resistir à tentação de tornar rotina essa atividade nova e na certa altamente lucrativa.

"CartaCapital" chama atenção para detalhe insólito. Ainda que o "caso do dossiê" esteja nas primeiras páginas há um mês, a Polícia Federal e o procurador ainda não sabem que crime (ou crimes) atribuir aos suspeitos presos. O dinheiro que destroçou a candidatura de Roseana foi devolvido, após o estrago, por não haver crime. Sobre o de agora Avelar insinua que pode ser dinheiro público mas ainda não apareceu prova.

Isso pode acontecer, claro, mas parece óbvio que as ações do delegado e do procurador foram no mínimo precipitadas. Como também a conduta da mídia. Logo no início "O Globo" comparou o caso a Watergate - onde havia o fato concreto da invasão do escritório do Partido Democrata e, mesmo assim, só veio a renúncia em razão de fatos posteriores graves, no esforço oficial para obstruir a investigação.

O prontuário das organizações Globo, que já tinha as fraudes de 82 (Proconsult) e 89 (debate editado), engordou agora com a figura patética do delegado Bruno. Ao entregar as fotos ele mandou a mídia mentir para protegê-lo, dizendo que elas tinham sido roubadas. Depois mudou de idéia e assumiu tudo. Resultado da lambança: num texto "O Globo" assumiu a mentira como verdade, em outro deu versão diferente.

Receita promíscua de reportagem

No caso atual, pode-se até imaginar uma confraternização promíscua à porta da sede da Polícia Federal naquele 15 de setembro, com as equipes de jornalismo da Globo e as do marketing político tucano, de responsabilidade da produtora GW, cujos donos, por coincidência, são dois ex-jornalistas da mesma Globo, Luiz Gonzales (o G) e Woile Guimarães (o W).

O diretor de jornalismo da rede Globo, Ali Kamel, pode até achar que ao deixar de responder às 10 perguntas da revista varreu a sujeira para debaixo do debate. Mas as perguntas continuarão a perseguir o jornalismo do império Globo. Porta-voz oficioso da ditadura e colaborador da censura, como atestou uma vez o próprio ministro Armando Falcão, expõe hoje sua incompatibilidade com as regras democráticas.

Kamel fala em isenção, mas é acusado de ter encomendado o sumiço da fita de áudio na qual o delegado Bruno cita a Globo. Desapareceu ainda a fita, editada, sobre Abel Pereira, empresário ligado ao PSDB que supostamente tentava comprar o mesmo dossiê. Enfim, que diabo de jornalismo é esse, que suprime o que compromete um partido e escancara na manchete o que atinge o outro.

Confira o artigo de Jânio de Freitas, no domingo, na Folha de S. Paulo, sobre a mesma questão:

Nos bastidores do poder

Jânio de Freitas e ações suspeitas de Mário Lucio Avelar e PF

JANIO DE FREITAS

O iluminado e as obscuridades

Até agora, a PF não sugeriu o tipo de crime que haveria na expectativa de compra de um dossiê de informações

BOA NOTÍCIA para escapar um pouco ao bate-estaca de Lula x Alckmin e suas torcidas desorganizadas, só uma ao meu alcance: é pouco dizer que Oscar Niemeyer recupera-se muito bem da fratura e da cirurgia. A plenitude dos seus 98 anos está em vias de iluminar-se com novo casamento, silenciado até para os amigos próximos.

Mas há que voltar ao mundo dos comuns. Ou abaixo disso. A maior originalidade do "caso dossiê" está em ser um inquérito de Polícia Federal e Procuradoria da República que precisaria ser submetido a um inquérito de Polícia Federal e Procuradoria da República, para desvendar alguns procedimentos do primeiro.

Já no seu compasso inicial houve a dispensa do flagrante, sempre procurado pelas polícias, do pagamento e recebimento do dossiê em hotel paulistano. Por que? O flagrante foi substituído pela conexão entre PF de Cuiabá e um delegado da PF, em coincidente plantão, para fazer no hotel duas prisões sem ilícito definido. Até agora, a PF não sugeriu o crime que haveria na expectativa de compra de um dossiê de informações, mesmo que com propósitos eventualmente eleitorais. O mistério da origem do dinheiro, que até agora a PF também não conseguiu caracterizar como criminosa, só apareceu depois das duas prisões no hotel. Por que tal operação em lugar do flagrante, admitindo-se a hipótese de motivo para fazê-lo?

Antes de qualquer investigação da PF ou da Procuradoria da República, o procurador em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, deu entrevistas com a insinuação inequívoca de que o dinheiro apreendido procedia do governo. Não indicou pista alguma nesse sentido. Que motivos o levaram à grave insinuação, assim como a outras entrevistas que deu?

Desde que fez as prisões no hotel paulistano, o delegado da PF Edmilson Pereira Bruno manteve-se próximo de repórteres, inclusive dentro da PF em dias de sua folga, com contribuições ao noticiário fermentativo. Não tardou a distribuir, para um grupo de repórteres, jogos de fotos das pilhas impressionantes de dinheiro apreendido. Mentiu para fazê-las, passando-se por delegado do inquérito. Mentiu aos superiores na PF, negando a autoria da distribuição. Identificado como único possível autor das fotos e da distribuição, mentiu ao dizer que o fizera para proteger-se "de uma armadilha", porque furtaram de sua mesa um dos três CDs com as fotos. Mas "O Globo", presente à distribuição, deixou discreto registro de que, já ao fazê-la, o delegado Edmilson Bruno "disse que iria reportar a sua chefia que o CD entregue aos jornalistas havia sido furtado: "Isso aqui (o CD) alguém roubou e deu para vocês. O que vai parecer? Que alguém roubou [da mesa dele] e vazou na imprensa'". Por que isso tudo?

Desde os primeiros depoimentos de Luis Antônio Vedoin, o empresário Abel Pereira é apontado como intermediário de altas liberações de verba da corrupção da Saúde, quando ministro, em 2002, Barjas Negri. O delegado Diógenes Curado, da PF em Cuiabá, proporciona notícias diárias de convocações de Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini para depoimentos. Até hoje não tomou depoimento de Abel Pereira, nem o procurador Mário Lúcio Avelar o fez. Por que não, se Abel Pereira tem até o agravante de outras ligações, inclusive financeiras, com negócios dos Vedoin?

Nada disso sugere ou nega obra do PSDB, nem exclui ou confirma outra ópera do PT. Serve, porém, como introdução a muitas estranhezas e obscuridades que PF e Procuradoria da República mais criam do que dissolvem e explicam.

De Brasília



Clique nos links abaixo e leia mais sobre as graves falhas encontradas nas nossas urnas por pesquisadores da Universidade de Princeton - USA:

1 - PESQUISADORES ENCONTRAM GRAVES FALHAS EM URNA ELETRÔNICA - IDGNow e Paulo Henrique Amorim

2 - 15/10/2006 11:46h O 1º GOLPE DE ESTADO JÁ HOUVE. E O 2º? Paulo Henrique Amorim

3 - O 1º GOLPE DE ESTADO JÁ HOUVE. E O 2º? - Paulo Hebrique Amorim

4 - Dossiê - Abel e os tucanos

5 - Escândalo: Revista revela conluio da imprensa para prejudicar Lula e o PT - Raimundo Rodrigues Pereira - Revista Carta Capital


16/10/2006 15:36h

RUI COSTA PIMENTA: “QUAL O TOTAL DOS VOTOS VÁLIDOS?”

Sem saber até agora quantos votos recebeu na eleição presidencial do último dia 1º após ter a candidatura impugnada, Rui Costa Pimenta (PCO) põe em xeque a lisura do pleito, que classificou como “manipulado”. Em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta segunda-feira, dia 16, Pimenta disse que “os acontecimento que cercam a eleição – não apenas especificamente o nosso caso, mas o conjunto da eleição – devem lançar sobre o conjunto do eleitorado um manto de dúvida muito grande sobre a lisura do pleito” (clique aqui para ouvir).

“Pela lei, o nosso voto não poderia ter sido considerado nulo a não ser quando o processo de impugnação tivesse transitado em julgado (quando não cabe mais recurso)”, explicou Pimenta. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) invalidou os votos dados a Pimenta porque ele não entregou sua prestação de contas no prazo exigido.


Por isso, o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, disse à revista Carta Capital que não haveria necessidade de contar os votos dele. “O TSE não apenas impugnou nossa candidatura como levou o eleitorado a acreditar que, mesmo por protesto, não se poderia votar no PCO”, afirmou Pimenta.


Pimenta disse que anulação de sua votação é um erro do TSE, já que o julgamento do caso não transitou em julgado, ou seja, ainda cabe recurso. Os votos que Rui Costa Pimenta recebeu estão em um banco de dados do TSE.


Para ele, a eleição presidencial é “um jogo de cartas marcadas”, com “um acordo entre PT e PSDB”. “Nós estamos denunciando nos nossos materiais que essa medida do TSE é mais um ataque à candidatura presidencial do PCO”, afirmou Pimenta.


Leia a íntegra da entrevista com Rui Costa Pimenta:


Paulo Henrique Amorim: Que providências o senhor tomou para saber quantos votos teve?


Rui Costa Pimenta: Nós, no momento, estamos fazendo uma avaliação da eleição e nós estamos denunciando nos nossos materiais que essa medida do TSE é mais um ataque contra a candidatura presidencial do PCO e ao Partido da Causa Operária feita pelo TSE. Nós não tomamos nenhuma medida ainda com relação aos votos, mas eu gostaria de dizer o seguinte: os acontecimento que cercam a eleição – não apenas especificamente o nosso caso, mas o conjunto da eleição – devem lançar sobre o conjunto do eleitorado um manto de dúvida muito grande sobre a lisura do pleito.

Paulo Henrique Amorim: Por que o senhor tem dúvida sobre a lisura?

Rui Costa Pimenta: Primeiro porque nós havíamos denunciado que a eleição era um jogo de cartas marcadas, falamos isso em várias oportunidades. E agora a própria imprensa, que normalmente não costuma apresentar as coisas desse ponto de vista, está mostrando que houve todo um acordo por detrás do eleitorado, entre PT e PSDB. Há uma trama, há um complô contra o eleitorado que está aparecendo, que está sendo filtrado para a grande imprensa, que é extremamente moderada nas suas denúncias, de uma maneira clara. Então, para bom entendedor, meia palavra basta. Há um complô contra o eleitorado nesse sentido, há um complô no geral, há uma manipulação muito grande da eleições.

Paulo Henrique Amorim: O que o senhor acha desse procedimento que, embora computados como nulos, os dados estão em um banco de dados no TSE. O fato de os seus votos terem sido considerados nulos não pode, de alguma maneira, ter interferido no resultado final da eleição?

Rui Costa Pimenta: Teoricamente sim.

Paulo Henrique Amorim: Como seria isso?

Rui Costa Pimenta: O nosso problema é que nós não sabemos finalmente quantos votos a gente acabou tendo. Há muitos problemas interferindo na votação. Por exemplo, o TSE não apenas impugnou nossa candidatura como levou o eleitorado a acreditar que, mesmo por protesto, não se poderia votar no PCO. Isso aí, com toda a desinformação que houve, houve uma alteração muito grande no resultado das eleições. Depois, é como eu disse, o resultado das eleições, na nossa opinião, deveria ser colocado sob suspeição porque, com tanta manipulação, não dá para saber. Nós tínhamos, durante toda a eleição, mesmo impugnados, uma média nas pesquisas, que é outra coisa também incerta, mas é uma referência, de 1% do eleitorado. Se essa média se mantivesse efetivamente durante as eleições, poderia ter interferido.

Paulo Henrique Amorim: O senhor teria 1% dos votos. O senhor teria quantos votos?

Rui Costa Pimenta: Um milhão e poucos votos. Mas eu não acredito que tenha acontecido isso não porque houve uma degradação da nossa candidatura.

Paulo Henrique Amorim: O senhor acha que não teve um milhão de votos?

Rui Costa Pimenta: Não, acho muito improvável na realidade.


Paulo Henrique Amorim: Qual é a sua estimativa?

Rui Costa Pimenta: Eu e o partido ficamos aqui no escuro. Nós recebemos muitas mensagens, por carta, telefone e e-mail, inclusive no dia da eleição as pessoas perguntando se dava para votar na nossa candidatura. Quer dizer, isso provocou uma distorção muito grande, nos deixou sem referência.

Paulo Henrique Amorim: O fato de os seus votos terem sido nulos, isso não diminui o percentual de votos válidos?

Rui Costa Pimenta: Isso diminuiria. Agora, há uma nova desinformação do TSE porque, pela lei, o nosso voto não poderia ter sido considerado nulo a não ser quando o processo de impugnação tivesse transitado em julgado. Então, por isso os votos teriam que ser considerados válidos.

Paulo Henrique Amorim: E não transitou em julgado?

Rui Costa Pimenta: Não transitou em julgado, não pode ser considerado voto nulo. O que está acontecendo é que o TSE oculta do eleitorado uma parcela da votação que foi dada em nome de que ela será futuramente anulada.

Paulo Henrique Amorim: E há um problema com relação ao total dos válidos, então.

Rui Costa Pimenta: Há um problema porque não informado de maneira transparente para o eleitorado mesmo que a nossa votação tenha sido ínfima, nós não sabemos qual efetivamente foi o total de votos válidos. Porque o nosso voto não aparece em nenhum lugar na computação geral de votos. É um procedimento altamente irregular. Por isso que eu digo: a eleição tem uma série de procedimentos irregulares e inédito também.

Paulo Henrique Amorim: O senhor vai tomar alguma providência legal?

Rui Costa Pimenta: Nós estamos estudando entrar com um processo para que os votos sejam revelados. Mas nós também não acreditamos que o processo vá ser bem-sucedido porque todos os nossos recursos do processo foram para o TSE. O TSE teria que voltar atrás. Estamos num beco sem saída legal.

Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada

Clique nos links abaixo e leia mais sobre as graves falhas encontradas nas nossas urnas por pesquisadores da Universidade de Princeton - USA:

PESQUISADORES ENCONTRAM GRAVES FALHAS EM URNA ELETRÔNICA - IDGNow e Paulo Henrique Amorim

15/10/2006 11:46h O 1º GOLPE DE ESTADO JÁ HOUVE. E O 2º? Paulo Henrique Amorim

O Globo - Blog da Tereza Cruvinel - 16/10/2006 - 0:46

O incrível delegado Bruno


Muitos me pediram um comentário sobre a matéria de Carta Capital a respeito do vazamento das fotos da dinheirama do dossiê pelo delegado Bruno, num acerto com jornalistas. Uma excelente reportagem de Raimundo Pereira, grande repórter.

Estes colegas, a meu ver, vivem uma escolha de Sofia. Ganharam de bandeja a notícia que todos procuravam nos últimos dias. E num encontro coletivo entre concorrentes, o que tornou o material ainda mais importante. Quem o desprezasse seria furado. Viram-se também diante de um dos offs mais esquisitos da historia do jornalismo. (Grifo meu: Existe sigilo em entrevista coletiva? Não. Então, por que não publicam o áudio da conversa com o delegado? Porque não há interesse que o público fique sabendo.) O sujeito dizia que se apropriou do material, deixava claro que tinha interesse político em sua divulgação, com o claro propósito de influir na eleição que ocorreria dentro de algumas horas. Mais ainda, informa-lhes que vai mentir, lavrar um boletim de ocorrência criminoso, falso, dizendo que foi roubado.

Que podiam fazer os jornalistas? A meu ver, nenhum jornalista do mundo diria: "estou fora". Todos pegariam o material e iriam discutir com suas chefias o que fazer, como publicar, como tratar o off. O resto, não foi responsabilidade deles, mas de seus chefes, editores etc. As matérias que despistam a identidade do vazador não precisavam ser feitas. Este expediente serve para desmoralizar o off, um instrumento importante do jornalismo, na defesa da informação de utilidade pública. Aqui entra o conflito: as imagens do dinheiro eram de interesse público? Eram, os eleitores tinham direito a conhecê-las. Havia interesses particulares, politico-eleitorais, em jogo? Também havia. Se os veículos optassem por jogar fora o CD do delegado, estariam sendo éticos? Não estariam também omitindo informação de interesse público? (Grifo meu: Por que os jornalistas que sabiam que o delegado havia mentido, omitiram o fato do público, mesmo sem citar a fonte? Porque havia interesses.) Não estou aqui para julgar os jornalistas e os editores mas acho que este episódio cobra uma boa reflexão. (Grifo meu: Quem testificou, no momento, que as fotos que foram entregues pelo delegado para a imprensa, eram, realmente, do dinheiro apreendido? Ninguém. E mesmo assim, sem qualquer investigação, publicaram as fotos ? Sim. Isso é normal? Não. Só quando já se sabe de tudo, previamente, e há interesses.)

Mas vamos ao incrível delegado Bruno, cuja atuação é para lá de suspeita. Se estava ressentido por ter sido afastado do caso, como disse depois, sua melhor arma era a denúncia. (Grifo meu: O delegado disse que entregou as fotos para a imprensa porque havia sido retirado das investigações. A investigação do dossiê corre paralela às sanguessugas, que sempre foram investigadas pela PF de Cuiabá, e o delegado só entrou na história porque a PF de Cuiabá precisou que fosse efetuada a prisão do pessoal no Ibis, em São Paulo, e ele estava de plantão no dia. Após a conclusão da diligência, a pedido da PF de Cuiabá, a investigação continuou em Cuiabá.) Ele já havia dado uma entrevista à Folha e nela disse que seu afastamento era natural, afinal, estava apenas de plantão no dia das prisões. Por que mesmo os aloprados do PT ficaram 3 dias no hotel com o dinheiro e só foram presos no dia do plantão dele? Raimundo, na matéria, enumera todas as transgressões que Bruno cometeu neste processo: mentiu para poder fazer as fotos, mentiu de novo ao lavrar o boletim de ocorrência dizendo que o CD foi roubado. A historia do dossiê tem que ser esclarecida, a origem do dinheiro e tudo mais, mas também as estripulias do delegado Bruno. (Grifo meu: Existe no código penal algum artigo que tipifique como ilegal a compra de documentos e punição para pessoas pilhadas com R$ 1,7 milhão de provedor desconhecido? Não. Então, porque não falam nada sobre isso? Porque não há interesse que o público fique sabendo. Se a compra do tal dossiê não foi consumada, onde está o crime? Não existe crime. Então, porque não falam nada sobre isso? Porque não há interesse que o público fique sabendo.)

Há informações na PF sobre a sessão de tortura psicológica que ele teria feito com Gedimar e Valdebran para que acusassem Freud Godoy. Não sei se procedem. Jânio de Freitas, hoje na Folha de São Paulo, também levanta aspectos estranhos desta história. No Pt, há convicção de que os aloprados foram atraídos para uma armadilha. Delirante, dizem todos, e parece mesmo delírio. Como se Bush tivesse mandado explodir as torres gêmeas para desencadear sua guerra ao Islã, alguém escreveu neste domingo. Vedoim teria oferecido o dossiê dizendo que recusou 10 milhões de Abel Pereira mas, preferia ter proteção jurídica do Governo Lula, certa que parecia a eleição de Lula no primeiro turno. Ter-lhes-ia dito: Vão ao Hotel tal e confirmem se o Abel não está hospedado lá. E estava mesmo. O olho cresceu. Estavam em Cuiabá, para a conversa com Vedoin, o Expedido, do Banco do Brasil, e o Bargas. Só uma semana depois, na hora de gravar entrevista, Vedoiin a teria condicionado ao pagamento de dois milhões de reais. Teriam que ser entregues em SP ao um enviado seu, com o dossiê em mãos, mas antes mandaria Valdebran Padilha, um petista, para confirmar a existência do dinheiro. Nesta visão conspiratória, Vedoin vendeu a Abel a operação "petista com a boca na botija". O delegado Bruno, em seu plantão, seria peça da engrenagem. O dossiê não seria fajuto. Vedoin teria mostrado extratos bancários, mas ao mandar seu parente para o aeroporto, já sabendo que seria preso, colocou no envelope apenas as fotografias já conhecidas de Serra entregando ambulâncias tendo ao lado sanguessugas - o que nada prova contra ele - e um CD, com as mesmas imagens. (Grifo meu: Quem testificou que o conteúdo do tal dossiê é falso ou verdadeiro? Ninguém. Então, por que não falam do tal dossiê com a mesma intensidade que mostram o dinheiro? Porque não existe interesse que o público fique sabendo.) Segurou os extratos que teriam interessando tanto aos aloprados. Muito fantástico para ser verdade, e ainda que fosse, não suprimiria o fato de que os petistas tentaram comprar um dossiê contra os adversários, para tentar influir na eleição paulista. (Grifo meu: Para configurar crime eleitoral, o dinheiro não teria que ter saído do bolso de algum político ou partido político? É o caso? Não. Então, porque não falam nada sobre isso? Porque não há interesse que o público fique sabendo.) Mas que os pontos obscuros precisam ser investigados também, isso precisam. O que mesmo estava fazendo Abel Pereira em Cuiabá?

Grifo meu: Por que em nenhum momento no texto, ela diz que o delegado disse para os jornalistas que as imagens do dinheiro tinham que ser mostradas no Jornal Nacional ? Acho que ela está achando que somos idiotas como ela gostaria que fôssemos.

http://oglobo.globo.com/blogs/tereza/

Grifo meu: Que cheiro é esse que estamos sentindo no ar ultimamente? Cheiro de golpe.

Grifo meu: O texto acima, claramente, tenta isentar as organizações Globo do crime de conivência, cumplicidade e, também, vergonha (não disse nada sobre a queda do avião da Gol, que tinha ocorrido horas antes do Jornal Nacional e todos os demais veículos cobriram), e acredito que a Cruvinel tenha sido escolhida pela cúpula das organizações Globo, como boi de piranha, para escrever o texto acima, devido ao fato dela, ainda, ter credibilidade perante boa parte dos leitores, numa tentativa de amenizar a indignação de todos nós. As organizações Globo têm recebido, diariamente, milhões de e-mails de pessoas indignadas.

No seu texto acima, a Cruvinel, não sei intencionalmente ou por desconhecer o assunto, ela não esclareceu algumas questões que coloquei como "grifos meus", em letras vermelhas.

Clique nos links abaixo e leia as matérias de jornalistas consagrados, sobre o mesmo assunto:

O 1º GOLPE DE ESTADO JÁ HOUVE. E O 2º? - Paulo Hebrique Amorim

Dossiê - Abel e os tucanos

Escândalo: Revista revela conluio da imprensa para prejudicar Lula e o PT - Raimundo Rodrigues Pereira - Revista Carta Capital

Em busca da arma

É grande o assédio sobre o presidente do TCU, Guilherme Palmeira.

A equipe de Lula está atrás de bombas atômicas, tenta acesso a uma investigação em sigilo sobre acordo judicial de R$ 2,7 bilhões entre a Caixa Econômica e o seu fundo de pensão, o Funcef, fechado no governo FHC.

Pelo acordo, o advogado Augusto Alckmin, primo do candidato tucano, ganhou R$ 37 milhões em honorários. Vem coisa quente ai!

Blog Os Amigos do Presidente Lula

16/10/2006 11:39

A mídia e o poder

Mino Carta

Sempre e sempre, a mídia nativa serviu o poder, salvo raras e honrosas exceções. Faz sentido, ela é uma das faces do próprio. Nunca, no entanto, a não ser há mais de quatro décadas, na preparação do golpe de 1964, e na campanha de 1989 a favor do caçador de marajás, a mídia nativa assumiu de forma tão desbragada o papel de partido político. Já disse neste espaço, e volto a repetir: só falta convocar a Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade.

A desfaçatez, a hipocrisia, a má fé estão a ser exibidas em triunfo. A reportagem de capa da Veja desta semana, sobre os pretensos esforços do ministro Marcio Thomaz Bastos para “blindar” Lula no caso dossiê, é uma aula de jornalismo às avessas. Aliás, este verbo, blindar, deveria ser banido das redações, como inúmeros outros vocábulos esbanjados ao longo de textos penosamente primários, todos eles representativos do lugar comum. A mídia nativa venera o lugar comum.

Observe-se que a reportagem da Veja justifica a reunião urgente das lideranças tucanas, prontas a uma investigação sobre o assunto, embora ali não haja uma única escassa prova de opiniões apresentadas como sacrossanta verdade.

Quem sabe jornalistas e políticos do PSDB estejam em perfeita sintonia. Assim como o tucanato conta com solertes informantes dentro da Polícia Federal. De outra maneira, como explicar que as equipes de Alckmin e Serra tenham chegado ao prédio da PF antes dos jornalistas, dia 15 de setembro, quando foram presos Valdebran Padilha e Gedimar Passos? Não se trata de tomar o partido de Lula, ou de minimizar a gravidade do dossiê, trapalhada de puríssima marca petista. Mas, cadê os paladinos de verdade, os perdigueiros da informação isenta?

Blog do Mino Carta, Diretor e fundador da Revista Carta Capital

A ONG MENTIROSA DE CARLOS CHAGAS.

Eliakim Araújo

A história não é nova mas merece ser contada aqui pela repercussão que causa até hoje. Envolve um veterano colunista politico, um bando de ingênuos inocentes úteis e raivosos defensores da candidatura Alckmin.

A título de criticar as muitas ONGs que existem por aí, umas sérias outras nem tanto, Carlos Chagas, colunista sediado em Brasília, inventou a história de uma ONG denominada Sociedade Amigos de Plutão, criada pelo governo para resgatar a dignidade do planeta recém-rebaixado por astrônomos à categoria de asteróide, ante a ameaça de acontecer o mesmo com o planeta Terra. Saiu na coluna dele no site Brasília em Dia, 2 de setembro. http://www.brasiliaemdia.com.br/2006/9/1/Pagina744.htm

Não sei se por má fé ou por um erro de avaliação, Chagas descreve com riqueza de detalhes a tal ONG dos amigos de Plutão:

A sede da Sociedade dos Amigos de Plutão está registrada na Esplanada dos Ministérios, ainda que sem particularizar qual deles. O presidente da entidade é um ex-líder sindical, filiado à CUT e ao PT, amigo íntimo do presidente Lula. O Diário Oficial publicou a liberação de 7,5 milhões de reais para estimular as primeiras ações da nova ONG, que também celebrará convênios de publicidade com a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios. O objetivo é conscientizar a população para o perigo que significa o rebaixamento de Plutão, primeiro passo para a exclusão da Terra”.

E mais adiante:

“Programou-se, é claro, retiradas de 20 mil reais semanais para cada um dos 800 diretores da nova ONG, que também receberão cartões de crédito institucionais para enfrentar despesas pessoais de hospedagem, alimentação, vestuário e transportes”.

Não é preciso dizer que o assunto virou um prato cheio para a tropa de choque Alckminista na internet. Um "must" que se espalhou feito um raio pelas caixas postais de internautas de todo Brasil, com expressões de indignação do tipo: “- olhem que vergonha, pior que o dossiê, espalhem pela sua lista”.

Diante da repercussão que a leviana notícia causou, Chagas voltou ao assunto mais de um mês depois, na coluna do dia 7 de outubro, retratando-se nos seguintes termos:

Simples metáfora, mas, reconheço, sem a caracterização explícita. Como no período eleitoral que agora se encerra, andam exasperadas as emoções, houve quem supusesse naquela crônica uma agressão ao PT, às lideranças sindicais, ao presidente e à Esplanada dos Ministérios. Penitencio-me, para que não haja dúvidas. A ONG "Sociedade dos Amigos de Plutão" não existe. http://www.brasiliaemdia.com.br/2006/10/6/Pagina960.htm

Longe de mim desconfiar do caráter e da honestidade de Chagas, com quem trabalhei na antiga TV Manchete no início dos anos noventa, mas não é estranho que ele só tenha vindo a público para retratar-se da “metáfora” , dias depois da eleição do dia primeiro? Não quero e não devo nem de longe imaginar, mas ficou parecendo coisa encomendada. A credibilidade do colunista a partir de agora está sob suspeição diante de seus leitores.

O pastelão da ONG do Chagas foi longe demais. O Senador Heráclito Fortes, do PFL do Piaui, ocupou a tribuna do senado para pedir uma CPI para investigar a ONG “denunciada” por Chagas. É inacreditável que um senador da república, irresponsavelmente, leve à mais alta casa legislativa do país uma denúncia baseada numa mentira, ou numa “metáfora” infeliz de um jornalista veterano que não poderia ter entrado numa dessas. Penso que, num país sério, esse senador mereceria algum tipo de punição.

Para encerrar, dou vez e voz à leitora Maria Sucupira, uma das que foram enganadas pelo texto do Chagas: “Este é o grande problema da internet: cabe tudo e não se pode auditar!"


http://www.intellibusiness.com.br/diretodaredacao/noticias/index.php?not=2946

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