quarta-feira, setembro 27, 2006

Mobilização popular pela vitória de Lula agita todo o Brasil

SERGIO TELLES

Reproduzido do blog Falla Sério

A mobilização popular - e expontânea - mostra a força e popularidade que o PT e Lula possuem, resistindo a todo o golpe midiático que sofre a vários meses sem descanço. Todas as cidades tiveram manifestações pró-Lula expontâneas, praticamente apenas com militantes - muitas delas organizadas por redes de contatos pela internet.

Esse tipo de movimento, um apoio franco e aberto da sociedade, é que legitima e garante Lula como o presidente de todos os brasileiros. Enquanto os demais candidatos sofrem perdas e dispersão de apoios ao longo da campanha, Lula agrega cada vez mais toda a sociedade em seu entorno. O reconhecimento das conquistas e dos avanços, do esforço por um Brasil melhor, está claro na posição desde os mais históricos e ferrenhos opositores, até aos mais excluídos e desinformados cidadãos deste país.

O antigo Lula que se firmava por seu imenso carisma e por um projeto de Brasil melhor que cada pessoa tinha em sua cabeça, agora é o Lula com credibilidade e experiência, que todos sabem o que propõe e como propõe, que bota praticidade acima da ideologia, pois esta não resolve os problemas mais urgentes da população, como a insegurança alimentar - FOME.

E nisso está a desagregação da campanha de Heloísa Helena. Sua posição purista e ideológica do início foi se deturpando numa anti-campanha a serviço das elites sujas do país, contribuindo diretamente com a campanha tucano-pefelista, mirando um discurso cheio de insultos e desequilíbrios, digno de alguém que em nome da tal ideologia, pouco se importa em resolver os reais problemas das pessoas. Ou seja, vive num mundo irreal, não possui sensibilidade em resolver os problemas, só acha correto se for do seu jeito, senão não deve ser de jeito nenhum. Em termos práticos, infelizmente a campanha do P-Sol encerra-se como um desserviço à nação, melancólica e estriônica, credibilidade mínima e um aspecto geral de "nós somos contra o que mesmo?", que sucederá a provável extinção das legendas, por causa da cláusula de barreira.

Cristóvam posiciona-se claramente com o intuito de ser o "próximo ministro da Educação de quem ganhar". Sempre dá a entender que pode apoiar qualquer dos lados, o que deve causar desespero aos mais tradicionais militantes do PDT, que devem imaginar como Brizola reagiria ao ver um possível rumo do PDT apoiando uma chapa com o PFL de ACM e "Herr" Bornhausen. Cristóvam faz de tudo pra ter segundo turno pra poder realizar seu objetivo, apoiando um dos lados - o com maior chance de vitória, é claro - e na negociação, conseguiria seu retorno à pasta. Porém, seu vôo até agora pouco decolou e a influência de sua candidatura pra que exista um segundo turno não tem sido decisiva. Falta essência e credibilidade. Quem apostava na retomada da força do PDT dos tempos de Brizola, decepcionou-se. Acabou bancando uma candidatura oportunista, de alguém que provavelmente apenas ESTÁ no PDT, nem se sabe quanto tempo ficará. E o PDT é outra legenda que deve deixar de existir pela cláusula de barreira, do jeito que as coisas andam.

Sobre o candidato das elites, acho que pouco preciso falar. Alias, "pouco" é um termo que encaixa com precisão a figura direitista e conservadora do "Picolé de Chuchu", o candidato tucano-pefelista Alckmin, o "Geraldo". Enquanto multidões se reúnem em torno de Lula, expontaneamente, a oposição sofre para juntar uma rala militância comprada nos raros "corpo-a-corpo" que o candidato deles realiza. Sua campanha é puramente midiática, são eventos com inexpressiva participação popular e cobertura intensa da mídia - sempre o entrevistando à exaustão. Outra parte de seu tempo é dedicada a reuniões de organizações das elites. Diversos eventos da campanha são cancelados seguidamente, devido ao fracasso e desinteresse.

O curioso é que esse comportamento de campanha descola dos números das pesquisas de opinião. Quem observa um pouco mais a fundo sabe o porquê disso. As pesquisas estão sendo manipuladas para extrapolar excessivamente o voto dos que têm mais estudo, segmento onde os conservadores possuem maior expressão. O único instituto que tem seguido corretamente desde o início é o Vox Populi, e não é à toa que seus números são bastante diferentes dos demais institutos. Isto remete ao golpismo de 1989, de forma bastante parecida, quando tentaram utilizar de pesquisas manipuladas para influenciar o voto em Collor, surtindo efeito.

Consertando a "distorção" que a maioria dos institutos está fazendo, Lula continuaria estável ou até em ascenção, e não no declínio lento - sempre dentro da margem de erro - que apareceu nessa última semana. Institutos de pesquisa desconsideram também votos de cidades pequenas e do meio rural - regiões onde Lula atuou decisivamente através de diversos programas como Luz para Todos; Fome Zero - construção de cisternas, segurança alimentar, Bolsa Família; aumento do repasse do Fundo de Participação dos Municípios; criação do canal direto municípios - União através do Ministério das Cidades; aumento do salário mínimo e dos benefícios previdenciários, que sustentam a economia dessaas micro-cidades que são mais de 4 mil em todo o Brasil, do total de 5,6 mil municípios. Não por acaso, mais de 2.100 prefeitos declararam apoio a Lula, de todos os partidos.

Essa diferença, que em 2002 fez os institutos de pesquisa errarem em cerca de 5% o resultado - naquela época, em favor de Serra, pois esses "grotões" costumam possuir uma inércia e resistência maior a mudança, o que beneficia agora a Lula - mais os 3% que estão literalmente "roubando" de Lula ao maquiar as pesquisas com o uso de proporções irreais, levam à perspectiva de cerca de 60% dos votos válidos em 1º de outubro, o que seria uma vitória muito expressiva, ainda mais no primeiro turno.

Por isso, é importante a mobilização de todos ao longo dessa semana, nos eventos regionais do PT e dos aliados, organizados pelas campanhas para governador, dos deputados estaduais e federais - esses, principalmente, precisamos de uma bancada forte para dar respaldo a um governo Lula ainda melhor, e para dar apoio aos governadores aliados e montar uma firme e fiscalizadora oposição nos estados onde governadores de outras forças políticas vencerem.

Quem é Lula, vota em deputados federais, senadores e toda a chapa do PT e seus aliados. Que nos perdoem amigos de outras siglas que sejam candidatos, mas nossa luta precisa ser completa!

http://www.informante.net/resources.php?catID=2&pergunta=3435#Cena_1

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