terça-feira, outubro 10, 2006

Alckmin desautoriza assessor sobre cortes no orçamento

Terça-feira 10 de Outubro, 2006 7:17 GMT

Por Danilo Jorge

BELO HORIZONTE (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, desautorizou as declarações de seu assessor econômico Yoshiaki Nakano, de que o tucano planeja realizar cortes drásticos no orçamento federal se for eleito.

"Não vai, não vai cortar. Isso não consta do meu programa e não tem nada disso não. No meu governo só falo eu", disse Alckmin nesta terça-feira em resposta à imprensa antes de um encontro com políticos e prefeitos do PSDB na capital mineira.

Apontado como potencial ministro da Fazenda em um eventual governo Alckmin, Nakano disse em entrevista à Reuters, veiculada na segunda-feira, que pretende reduzir os gastos governamentais em um volume equivalente a 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

O economista, que é um dos responsáveis pela parte econômica do plano de governo de Alckmin, foi secretário de Fazenda do Estado de São Paulo por seis anos, período durante o qual trabalhou diretamente com o ex-governador.

Na entrevista à Reuters, ele disse que um de seus objetivos é cortar cerca de 60 bilhões de reais em gastos anuais do governo para tentar equilibrar o Orçamento da União.

"Não vejo grandes problemas em reduzir as despesas em 3 por cento do PIB", afirmou. "Com um corte grande e rápido, você pode fazer uma diferença significativa. Prefiro que isso seja feito no primeiro ano (de governo)."

As declarações do assessor econômico de Alckmin foram criticadas por membros do governo Lula. O coordenador da campanha à reeleição do presidente, Marco Aurélio Garcia, divulgou nota na própria segunda--feira dizendo que "Geraldo Alckmin quer levar o país à recessão e o governo federal à inoperância".

http://br.today.reuters.com/news/newsArticle.aspx?type=domesticNews&storyID=2006-10-10T221504Z_01_N10383127_RTRIDST_0_BRASIL-BRELEICAO-ALCKMIN-NAKANO-POL.XML&archived=False

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