terça-feira, outubro 24, 2006

Tucano amigo, sim!

24/10/2006 às 09:34

Conforme o depoimento de um dos chefes da máfia das ambulâncias, o empresário Darci Vedoin, à Justiça Federal, o empreiteiro piracicabano Abel Pereira mencionou que poderia obter facilmente a liberação de recursos junto ao Ministério da Saúde para favorecer o esquema, porque mantinha contato com o então ministro da pasta, o prefeito de Piracicaba (SP), Barjas Negri (PSDB).

Da Redação

http://www.olhardireto.com.br/colunas/coluna.asp?cod=3479

Versão fajuta

24/10/2006 às 09:27

Apresentada ontem em depoimento à Polícia Federal, a versão do empreiteiro piracicabano Abel Pereira -- sobre sua suposta participação na máfia das ambulancias e na tentativa de compra de um dossiê -- pareceu bastante frágil. Um dos pontos cruciais foi detectado quando Pereira titubeou ao admitir que não descartara, já no primeiro encontro, a possibilidade de negociar um dossiê com um dos chefes da máfia das ambulâncias, Luiz Antonio Trevisan Vedoin. “Quando eu for para Cuiabá, eu os aviso”, disse Pereira no primeiro encontro com Vedoin e Ronildo Medeiros (funcionário da Planam). Abel Pereira sustentou que estaria em Mato Grosso nos dias seguintes para tratar de outros assuntos referentes à sua fazenda, em Jaciara. Mesmo negando que o dossiê despertasse qualquer interesse, Pereira se encontrou então com os Vedoin dez dias depois do primeiro encontro.

Da Redação

http://www.olhardireto.com.br/colunas/coluna.asp?cod=3478

Empresário ligado a tucano nega envolvimento com sanguessugas e aponta existência de dossiê antipetista

23/10/2006 às 19:18

Como era esperado, o empreiteiro piracicabano Abel Pereira negou hoje, em depoimento à Polícia Federal de Mato Grosso, que tenha intermediado recursos junto ao Ministério da Saúde para favorecer a máfia das ambulâncias na época em que o prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB), era ministro da Saúde, em 2002. Pereira admitiu que manteve encontros com os empresários Luiz Antonio Trevisan Vedoin e Ronildo Medeiros. Os dois acusados de encabeçarem o esquema fraudulento queriam lhe oferecer um dossiê composto por documentos que comprometeriam o candidato derrotado ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

À Justiça Federal, Luiz Antonio e Darci Vedoin sustentaram a acusação feita à revista Isto É. Segundo eles, a atuação de Pereira junto ao ministério teria garantido a liberação de aproximadamente R$ 3,5 milhões destinados à venda superfaturada de unidades móveis de saúde para ao menos 41 prefeituras - mediante o pagamento de 6,5% por verba liberada. No inquérito instaurado contra Pereira, há cópia de 15 cheques emitidos por Luiz Antonio como pagamento de propina, cujo adiantamento totalizou R$ 601 mil.

A versão apresentada por Pereira ao delegado responsável pelas investigações, Diógenes Curado Filho, também tenta derrubar o depoimento do funcionário da Planam (principal empresa do esquema sanguessuga), Ronildo Medeiros. Medeiros declarou na semana passada à Justiça Federal que Pereira esteve em Cuiabá (MT) nos dias 23, 24 e 25 de agosto último para cobrar uma suposta dívida da propina, pois os cheques teriam sido sustados por Luiz Antonio antes de eles serem descontados.

Pereira disse que o suposto dossiê contra Mercadante foi oferecido a ele no primeiro de três encontros ocorridos em agosto. Num restaurante no shopping Iguatemi, em São Paulo (SP), Luiz Antonio teria exposto que possuía documentos sobre a existência de emendas parlamentares intermediadas por Mercadante junto ao Ministério da Saúde também em benefício da máfia das ambulâncias. "(...) Que Luiz Antonio solicitou ao declarante que procurasse a cúpula do PSDB para passar as denúncias, não se referindo naquele momento a valores; que o declarante não é filiado a nenhum partido político e disse que não tinha motivo para se envolver nesta questão, tendo Luiz Antonio solicitado que procurasse o prefeito de Piracicaba, Barjas Negri; que Luiz Antonio disse que faria reverter uma expectativa de voto, de no mínimo, 5%”, diz trecho do depoimento de Abel Pereira, que durou duas horas.

Pereira negou ainda que tenha conversado sobre os documentos com alguém do PSDB ou de outro partido. Disse também que é “conhecido” do prefeito Barjas Negri, com quem estreitou laços de amizade somente em 2003, e alegou não ter intimidade suficiente com Negri para tratar do dossiê, embora duas das empresas dele contribuíram com pelo menos R$ 30 mil para a campanha eleitoral do tucano, em 2004.

Acompanhado por três advogados, Abel Pereira titubeou, no final da entrevista coletiva concedida num hotel na capital mato-grossense, quando admitiu que não descartou, já no primeiro encontro, a possibilidade de negociar o dossiê com o chefe da máfia das ambulâncias. “Quando eu for para Cuiabá, eu os aviso”, disse Pereira no primeiro encontro com Vedoin e Medeiros. Ele sustentou que estaria em Mato Grosso nos dias seguintes para tratar de outros assuntos referentes à sua fazenda, em Jaciara (sudeste de Mato Grosso).

Mesmo negando que o dossiê despertasse qualquer interesse, Pereira se encontrou então com os Vedoin dez dias depois do primeiro encontro. A conversa não teria avançado no segundo encontro porque houve a desconfiança de que era gravada por uma câmera em um computador portátil. Assim, se recusou a discutir o dossiê com os Vedoin. No terceiro encontro, ocorrido na segunda quinzena de agosto, também em Cuiabá, o ex-funcionário da Planam, Ronildo Medeiros, representou os Vedoin, mas, ainda na versão de Pereira, nenhum assunto foi tratado.

A PF estuda a possibilidade de promover uma acareação entre Luiz Antonio Trevisan Vedoin e Abel Pereira, mas aguarda a decisão do juiz Jeferson Scheneider, da 2ª Vara Federal, sobre o pedido de prorrogação do prazo do inquérito que apura a compra do dossiê supostamente antitucano, também montado por Vedoin. Os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos foram presos num hotel de São Paulo (SP) com R$ 1,75 milhão, em 15 de setembro. O dinheiro serviria para pagar Vedoin. De acordo com a assessoria da PF, “ainda não há uma opinião formada sobre a versão do piracicabano”, que aponta a existência de outro dossiê (antipetista). Tais documentos não teriam sido vistos por Pereira. Um dos advogados de Pereira, Sérgio Panunzio, frisou que Abel Pereira foi usado como “isca” para tentar atrair petistas, atualmente acusados de tentarem comprar o dossiê antitucano. A tese se ampara na presença de Expedito Veloso (ex-diretor do Banco do Brasil) e Gedimar Passos em Cuiabá, onde estiveram nos dias 23 e 24 para negociar o material contra o PSDB.

Da Redação/ Catarine Piccioni

http://www.olhardireto.com.br/noticias/noticia.asp?cod=15167


Advogado de Vedoin diz que não existe dossiê contra Mercadante

23/10/2006 às 20:26

Isto E

Um dos advogados do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, Eloi Reffatti, disse nesta segunda-feira que não existe nenhum dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT), candidato derrotado ao governo de São Paulo.

Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Abel Pereira afirmou que Vedoin --acusado de liderar a máfia das ambulâncias -- o procurou para oferecer documentos que ligariam o então candidato ao governo de São Paulo ao escândalo.

"Não existe nada contra o [senador Aloizio] Mercadante. [Vedoin] não tentou vender nada contra ele. Senão já teria apresentado. Digo isso com toda a certeza", afirmou Refatti.

Segundo o advogado, como Vedoin tinha o benefício da delação premiada, seu cliente já disse tudo o que tinha para dizer sobre parlamentares. "Eles não são bobos de acusar ninguém sem indícios", acrescentou. "A situação dele [Vedoin] já está bem complicada para fazer uma afirmação dessas", afirmou Refatti sobre as declarações do empresário paulista Abel Pereira.

Da Redação/ CP

http://www.olhardireto.com.br/noticias/noticia.asp?cod=15169


Vedoin detalha participação de Pereira na máfia; empresário admite apenas assédio

23/10/2006 às 19:26

Diário de Cuiabá

Em depoimento à Justiça Federal de Mato Grosso na última sexta-feira, o empresário Darci Vedoin, apontado como um dos chefes da máfia das ambulâncias, detalhou a participação do empresário Abel Pereira na máfia das ambulâncias, operada a partir de emendas parlamentares destinadas à compra de unidades móveis de saúde e equipamentos hospitalares para prefeituras.

Vedoin informou que conheceu Pereira num encontro casual ocorrido no estacionamento da Câmara dos Deputados em 2002, quando ele estava acompanhado pelo ex-prefeito de Jaciara (MT), Valdizete Nogueira (PPS-MT). No entanto, o contato principal se deu no final daquele mesmo ano. Na ocasião, Pereira teria mencionado que poderia obter facilmente a liberação de recursos junto ao Ministério da Saúde, porque mantinha contato com o então ministro da pasta, o prefeito de Piracicaba (SP), Barjas Negri (PSDB).

“A comissão ficou em torno de 6% (...) O total liberado girou entre R$ 3 milhões a R$ 4 milhões. A comissão foi paga integralmente a Abel Pereira, mediante depósitos e cheques; que os depósitos ocorreram em nome de terceiros, por indicação de Abel. (...) Abel Pereira, ademais de ter liberado recursos junto ao Ministério da Saúde, também comprometeu-se a empenhar novos recursos”, consta do depoimento de Darci Vedoin. Ele acrescentou ainda que manteve três encontros com Pereira, em dezembro de 2002.

O próprio advogado de Pereira, Sérgio Pannunzio, revelou em entrevista coletiva hoje, em Cuiabá, que os Vedoin assediaram seu cliente na tentativa de integrá-lo à máfia das ambulâncias. “Foram à Piracicaba diversas vezes para assediar o Abel”, disse, referindo-se aos anos de 2001 e 2002. Pereira admitiu o assédio, mas justificou: “(Os Vedoin) Acharam que eu poderia servir (à máfia) porque estive uma vez com Valdizete (Nogueira) no Ministério da Saúde”.

Num prazo de dez dias entre o pedido e o atendimento, Abel Pereira conseguiu uma audiência com o então ministro Barjas Negri para tratar de recursos a serem aplicados na construção de um o hospital em Jaciara. A verba (R$ 500 mil) foi liberada. Segundo ele, a rapidez no contato com o ministério se deve à interferência de “outras pessoas que conheciam Negri”.

O único negócio “envolvendo dinheiro” estabelecido com Nogueira, segundo Pereira, foi a venda de parte de sua fazenda. “Valdizete intermediou a venda de parte da fazenda e depositou parte da corretagem, cerca de R$ 80 mil na conta do ex-prefeito de Jaciara”, diz Pereira em depoimento à Polícia Federal. Relata ainda que visitou a sede da Planam (principal empresa do esquema sanguessuga), bem como recebeu Vedoin em uma de suas empresas, em Piracicaba.

Da Redação/ Catarine Piccioni

http://www.olhardireto.com.br/noticias/noticia.asp?cod=15168

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