sexta-feira, outubro 27, 2006

27/10/2006 16:48h
FALSA JORNALISTA QUE APRESENTOU FALSO LARANJA É TUCANA

Givanildo Menezes


A mulher que apresentou o falso laranja, Aguinaldo Henrique, à Polícia Federal, é secretária do diretório municipal do PSDB em Pouso Alegre (MG). Essa informação foi confirmada ao Conversa Afiada pelo vereador da cidade Walter Modesto (PSDB).

Rosely Souza Pantaleão é conhecida em Pouso Alegre como Rosy Pantaleão. Segundo uma outra fonte, que pediu para não revelar o nome, Rosy não é jornalista, mas mantém um site de informações na cidade. O site de Rosy Pantaleão é o www.tvuai.com.br.


Até as 16h43 desta sexta-feira, dia 27, o site de Rosy ainda mantinha a informação de que Aguinaldo Henrique era um laranja que levou dinheiro para Hamilton Lacerda (clique aqui).


Ainda segundo esta fonte, Rosy é uma pessoa muito conhecida em Pouso Alegre. Ao contrário do que a imprensa divulgou, ao que se sabe em Pouso Alegre, Rosy Pantaleão não é uma funcionária pública.


Em sua página no site de relacionamentos Orkut, Rosy Pantaleão se intitula jornalista e participa de comunidades relacionadas ao PSDB. Uma delas é a comunidade “PSDB na cabeça”.

http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/397001-397500/397322/397322_1.html



27/10/2006 13:53h

Delegado da PF explica como desmontou "farsa"

O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Daniel Lorenz, afirmou em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira, dia 27, que o testemunho de Agnaldo Henrique Lima é uma farsa (clique aqui para ouvir). Lima disse à PF ter levado R$ 250 mil para Hamilton Lacerda, então coordenador da campanha do senador Aloizio Mercadante, até o hotel Íbis, em São Paulo. Seria parte do dinheiro para a compra do "Dossiê Serra".

“Já no início da madrugada percebemos que o que ele havia nos contado era uma farsa e hoje pela manhã houve a comprovação de que ele não falava a verdade”, disse Lorenz.

O delegado explicou que Agnaldo foi levado por uma mulher, chamada Rosely Souza Pantaleão, a prestar esse testemunho. Rosely seria ligada a um partido político. “Ela inicialmente se apresentou como uma jornalista. Já sabemos que ela não é jornalista”, afirmou Lorenz.

Leia os principais pontos da entrevista com o delegado Daniel Lorenz:

O delegado concluiu que o depoimento de Agnaldo era falso após comprovar com o gerente do banco dele que não havia operações suspeitas na conta corrente de Agnaldo.

O gerente do Bradesco, sem quebrar o sigilo e sem entrar em detalhes da conta bancária de Agnaldo, disse à PF que não percebeu nenhuma movimentação suspeita e que não era necessário acionar o Coaf. Caiu por terra a versão de Agnaldo.

O delegado Daniel Dayer já abriu um inquérito específico para apurar o falso testemunho de Agnaldo. O crime é previsto no código penal e prevê prisão de um a três anos.

Questionada pela PF, Rosely disse ter avaliado o caso do Agnaldo, que lhe pareceu verossímil, e encaminhou a testemunha à polícia. A situação de Rosely será esclarecida com a investigação no inquérito do delegado Dayer.

Daniel Lorenz disse que não pode afirmar que há uma relação entre Rosely e o PSDB. Mas Lorenz lembrou que a imprensa já comenta que ela seria integrante de um partido político em Pouso Alegre.

http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/397001-397500/397257/397257_1.html

/body>