PFL e PSDB aparecem no meio da história do dossiê
Essa história dos dólares do dossiê está ficando muito estranha. apareceram duas pessoas com ligações com o PFL, sob as quais pairam suspeitas de lavagem de dinheiro. Mas falta verificar ainda qual a relação delas com o caso do dossiê.
Hoje, a Folha diz que Centaurus Turismo e Câmbio – uma das casas pelas quais a PF suspeita terem passado os dólares da negociação do dossiê – tem como sócio Aristoclides Stadler, que é irmão do segundo-suplente do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), Ari Stadler.
Ontem, um nome que tinha saído pela manhã no Estadão (para assinantes) reapareceu à tarde, no site Terra, na matéria "Depoimento sobre dossiê envolve dono de pousada em MG". É Gérson Luiz Cotta, ou simplesmente Gérson da Pousada. Dizia o texto do Terra:
"Um dos próximos depoimentos que a Polícia Federal deverá ouvir no caso do dossiê será o do terceiro suposto 'laranja', Gérson Luiz Cotta, dono de uma pousada em Ouro Preto. Conhecido como Gérson da Pousada, Cotta foi candidato a vereador, em 2003, pela coligação 'Muda, Ouro Preto', formada pelo PTB/PFL/PSB/PSC, mas teve apenas 237 votos. Desde o depoimento de uma de suas funcionárias, ele permanece incomunicável. A informação é de que estaria em viagem".
Cotta aparece no site do TSE como candidato a vereador pelo PFL em 2004, concorrendo com o número 25.660. Leitores deste blog comentaram que é um "inimigo histórico" do PT em Ouro Preto. Já a Polícia Federal, segundo o Terra, ao falar da pousada, "suspeita que o estabelecimento é utilizado para a prática de lavagem de dinheiro". O site relata que as duas moças que teriam sacado dinheiro numa casa de câmbio "têm parentes em Magé, no Estado do Rio de Janeiro, cidade na qual outra família também teria sido utilizada como 'laranja' para transações comerciais da Vicatur".
No caso de Cotta, pode ser um desses casos indecifráceis de homônimos, já que o Gérson da Pousada, no TSE, é Luiz com "z", e o Gerson da Pousada Ouro Preto, na internet, é Luis com "s". Pode ser também um erro de digitação.
Outro suposto laranja, Agnaldo Henrique de Lima, já foi desmascarado pela Polícia Federal. De acordo com a Reuters, as movimentações financeiras que ele assumiu (disse que recebeu R$ 80 mil em sua conta do empresário Luiz Armando Ramos) não existem.
Lima foi apresentado à imprensa por Rosy Pantaleão. Mas agora à tarde já se pode ler, no O Globo Online, que além de fundadora e secretária executiva do PSDB em Pouso Alegre (MG), Rosy Pantaleão aparece no expediente da TV UAI Network como diretora de conteúdo e jornalismo da empresa.
Hoje pela manhã, a Polícia Federal disse, de acordo com a Reuters
que é falsa a versão de Agnaldo de que teria sido o "laranja" numa operação de repasse de R$ 250 mil para Hamilton Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo paulista. Na conta de Agnaldo, não havia nenhum depósito de R$ 80 mil. Não conseguiram comprovar as movimentações que ele disse existirem. Era uma farsa.
enviada por Zé Dirceu
http://z001.ig.com.br/ig/45/51/932723/blig/blogdodirceu/2006_10.html#post_18672869
Grifo meu: Leiam essa matéria de 2003
Banestado: procurador acusa família Bornhausen
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Por: Jailton de Carvalho, O Globo - em: 16/06/2003
BRASÍLIA. O procurador da República Luiz Francisco de Souza acusou ontem o banco Araucária de lavar US$ 5 bilhões pelo esquema Banestado entre 1996 e 1999. Hoje, Luiz Francisco entrega à Receita Federal cópias de sete mil documentos de transações financeiras do Araucária e do Banestado recolhidos pelo delegado da Polícia Federal Francisco Castilho Neto em Nova York, no início do ano. Técnicos da Polícia Federal consideram que a estimativa do procurador pode estar alta devido à duplicidade nas contas, que incluiriam entrada e saída do dinheiro.
Bornhausen nega vínculo com banco
Luiz Francisco disse ainda que a família do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), é um dos focos da investigação do esquema Banestado por causa de sua ligação com o Araucária. A denúncia, que foi divulgada ontem pelo “Consultor Jurídico”, deixou irritada a família Bornhausen. Por intermédio de seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, Bornhausen negou vínculo com o Araucária e disse que vai interpelar o procurador na Justiça.
Irmão do senador confirma remessas Procurado pelo GLOBO, Paulo Bornhausen disse que fez cinco ou seis remessas no valor total de aproximadamente US$ 58 mil para sua conta do BB em Nova York. Segundo ele, as transferências foram feitas entre 1995 e 1997 por meio da casa de câmbio Centauro, de Florianópolis. Paulo Bornhausen disse que o dinheiro foi usado para custear despesas de seu cartão de crédito e que não há nenhuma irregularidade nas transações.
http://www.mauropassos.com.br/index.php?dir=cont&acao=noticias&carrega=200306161634
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