NOVA YORK VAI ADOTAR O BOLSA-FAMÍLIA
Paulo Henrique Amorim
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, é um dos homens mais ricos do mundo. Ele fez a fortuna com um produto que ajuda as pessoas a ficarem ricas: é o serviço de informações econômicas que leva seu nome, “Bloomberg”. Ele se elegeu prefeito da cidade duas vezes, sem usar dinheiro público – torrou o próprio (clique aqui para ouvir).
Não há nada mais capitalista que Bloomberg.
Bloomberg, porém, é daqueles capitalistas espertos. Muito espertos. Que sabem que se o sistema capitalista for bom só para os ricos vai pro brejo.
Ele está preocupado com o número muito grande de pobres em Nova York. Por isso, resolveu fazer o quê?
Aplicar o “bolsa-família” em Nova York.
Segundo o colunista Bob Herbert, do New York Times, onde li a informação, a beleza do “bolsa-família” é que ele tem condicionalidades: a mãe só recebe o dinheiro se a criança for à escola e se submeter a tratamento médico.
Fiquei abismado com a informação: mas, não tem gente no Brasil que diz que o “bolsa-família” é o atraso, que não tem “saída”: quem entra nele não sai mais; que é anti-capitalista, porque é “assistencialista”?
O Michael Bloomberg, positivamente, não tem nada a aprender com os “capitalistas” brasileiros.
Ainda bem que Geraldo Alckmin disse e repetiu que não vai acabar com o “bolsa-família”, se for eleito.
Não pretende fazer como um governador do Rio, Moreira Franco, que se elegeu porque disse, entre outras coisas, que ia continuar com o Brizolão. E fez tudo para acabar.
Hoje, Moreira Franco é um político que tem a mesma propriedade do Jorge Bornhausen: faltam-lhe votos.
E todos os candidatos a governador do Rio, em 2006, no debate promovido pela TV Record, elogiaram o Brizolão...
Quem sabe o Bloomberg faz um Brizolão no Harlem?
Paulo Henrique Amorim, de Nova York, para o Conversa Afiada
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/394001-394500/394114/394114_1.html
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