Equipe de J.Wagner suspeita de sumiço de dados
Bob Fernandes
Alerta na equipe do novo governador da Bahia, Jacques Wagner. São inúmeras, e preocupantes, as informações sobre as operações "Apagão" e "Base Legal".
Entenda-se, primeiro, a "Apagão".
Não se trata de um problema energético, mas sim do apagar de pegadas. Há duas alas majoritárias no governo da Bahia. A dos "carlistas", ligada ao senador Antônio Carlos Magalhães - governador por três vezes, duas de forma indireta -, e a dos "soutistas", do governador Paulo Souto - eleito duas vezes. Setores do governo estão sob influência de um ou de outro.
Em porções da Secretaria da Fazenda, da Bahiatursa, responsável pelo turismo, da Ebal, empresa de alimentos, da Embasa, empresa de águas e saneamento, e da Conder, que cuida de questões urbanísticas, é acelerado o ritmo do desfazer-se de rastros, segundo informações que chegam à equipe de Jacques Wagner. E estas são apenas algumas das empresas públicas sob suspeita.
Operação "Em busca da Base Legal". Em resumo, trata-se do que fazer diante do fato consumado. E inesperadíssimo. Como a vitória do governo era dada como certa, foram inúmeros os acertos feitos apenas no fio do bigode, na linha "faça que depois a gente acerta". Isso, em especial, na área da empreitagem. O que se busca desesperadamente agora, até menos do que o recebimento futuro, é... "a base legal".
Ressalte-se que nem toda a máquina do Estado tem se portado dessa forma.
Eduardo Santos, amigo pessoal de longa data do governador Souto, é Secretário do Trabalho, Assistência Social e Esportes. Conhecido o resultado, e a derrota de Paulo Souto nas urnas, Eduardo Santos reuniu a cúpula da Secretaria e, em poucas palavras, ordenou:
- Tenham serenidade e respeitem o resultado das eleições. Evitem novos gastos, pendências e atos que comprometam o orçamento do próximo ano. Tenham total transparência e não escondam nada da equipe de transição do governador eleito...
Terra Magazine
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