PF não encontra grampos em telefones do TSE
26/09/2006A Polícia Federal, veja você, não encontrou nenhum vestígio da existência de grampo telefônico nas linhas que servem aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral. Há duas semanas, o tribunal informara, com estardalhaço, que a empresa de segurança Fence detectara três escutas ilegais. Estariam sob bisbilhotagem os ministro Marco Aurélio Mello e Cezar Peluso, além de uma linha de fax do gabinete do ministro Marcelo Ribeiro.
A PF varreu os prédios do TSE e, já que estava com a mão na massa, também o do Supremo Tribunal Federal. Nada de grampo. Trabalha-se com duas hipóteses: 1) a Fence, para valorizar o seu passe, inventou um fantasma inexistente; 2) ao alardear a “descoberta” antes de informá-la à PF, o TSE permitiu que os xeretas desativassem as escutas. A checagem da polícia foi feita cinco dias depois de a notícia ter ganhado a internet, a televisão e as páginas dos jornais.
A hipótese número dois não premia a inteligência das pessoas que lidaram com a encrenca no TSE. Mas o signatário do blog torce para que ela prevaleça sobre a alternativa de número um. Do contrário, terá sido vendida ao país uma grossa mentira. Ou, por outra, uma verdade que esqueceu de acontecer.
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