quarta-feira, outubro 18, 2006

Andam dizendo por aí que:

1 - encontraram as digitais do Antero Paes de Barros no caso do dossiê, as mesmas digitais encontradas nos casos: do caseiro, Waldomiro Diniz, Lunus. A coincidência é que nesses três casos, que aconteceram em 2002, 2004 e 2006, aparecem: o procurador Mário Lúcio Avelar, Antero Paes de Barros, José Serra e a TV Globo.

2 – o dinheiro seria do Carlos Cachoeira ou Comendador Arcanjo. Curioso que o Arcanjo, Antero, Mário Lucio Avelar e o delegado da PF Curado, sejam todos de Cuiabá;

3 – Leiam os textos abaixo que são desde 2002 até hoje.


Veja abaixo quem é o procurador da República Mário Lucio Avelar.

Parcialidade: Procurador tem histórico pró-tucanos e anti-PT

O procurador do Ministério Público Federal em Cuiabá (MT), Mário Lúcio Avelar, voltou a freqüentar o noticiário político nacional com atos e declarações que, mais uma vez, o colocam sob suspeita de agir em benefício do PSDB e deliberadamente contra o PT e o governo Lula.

Avelar é o responsável, no MP, pela investigação sobre a máfia dos sanguessugas, motivo pelo qual também apura o episódio da tentativa de compra de documentos ligando o ex-ministro José Serra ao esquema.

Na semana passada, Avelar pediu a prisão preventiva de Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República, e comunicou a imprensa sobre o fato. Freud havia sido acusado de participação da operação e já tinha deposto, espontaneamente, na Polícia Federal.

Por absoluta falta de provas e de consistência na acusação, a PF liberou o ex-assessor. Mas Avelar insistiu no pedido de prisão, que acabou negado pelo juiz Marcos Alves Tavares, da 2ª Vara Federal.

Em sua justificativa, Tavares considerou "no mínimo estranho e contraproducente” que um pedido de prisão temporária fosse divulgado na imprensa antes de sua análise pelo juízo.

Nos últimos dias, Avelar voltou à carga, afirmando aos jornais que os depoimentos dos envolvidos no caso “foram combinados” para dificultar a investigação. Ele também criticou a “atuação lenta” da PF e insinuou que o dinheiro da operação poderia ter vindo do governo.

A história de Avelar ajuda a explicar seu comportamento. Na campanha de 2002, por exemplo, ele e outro procurador, José Roberto Santoro, estiveram envolvidos no caso que implodiu a candidatura de Roseana Sarney (PFL) à Presidência da República, quando foram encontrados R$ 1,34 milhão na sede da empresa Lunus, da qual era sócia. Na época, Roseana ameaça ir para o segundo turno no lugar de Serra, que também disputava o cargo.

A dupla voltaria a atuar no episódio da fita que mostra Waldomiro Diniz pedindo propina para Carlos Cachoeira. A fita é de 2002 e refere-se a fatos ocorridos no Rio de Janeiro, mas só veio a público em 2004, quando Waldomiro trabalhava em Brasília como assessor parlamentar da Casa Civil.

Segundo o noticiário da ocasião, Santoro pressionou Cachoeira para que entregasse a fita original, argumentando que a cópia passada pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) não era uma prova lícita. Paes de Barros, hoje, está na lista dos suspeitos de integrar a máfia das ambulâncias.

Por conta dessa suspeita (a de que teriam obtido provas de maneira ilícita), Avelar e Santoro respondem a sindicância interna na Procuradoria-Geral da República.

Avelar está também no centro da prisão equivocada do diretor de florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, ocorrida em 2 de junho do ano passado, imediatamente identificado como petista.

Depois de ficar cinco dias detido, a pedido de Avelar, Hummel foi solto por falta de provas. A PF concluiu que, ao contrário do que havia dito o procurador, nada havia contra ele.

Avelar alegou que a prisão se justificava porque Hummel não teria evitado “práticas lesivas ao país”, ao supostamente aprovar 197 planos de manejo de madeiras em terras indígenas e unidades de conservação.

Mais tarde, ficou demonstrado que os planos já existiam antes de Hummel assumir o cargo e que sua atuação se deu no sentido oposto, ou seja, foi ele quem mandou cancelar as autorizações.

http://www.pt.org.br/site/noticias/noticias_int.asp?cod=45387


Ministério Público Federal – PRSC

Caso Diniz respinga no Ministério Público Federal Fonteles pede providências de Corregedoria em relação a conduta José Santoro e outros dois procuradores

Brasília ¬ O procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, entrou com uma representação na Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) contra o subprocurador-geral da República, José Roberto Santoro, e os procuradores Marcelo Antônio Ceará Serra Azul e Mário Lúcio de Avelar. Fonteles pede a adoção de providências em relação à conduta de Santoro, Serra Azul e Avelar, os quais, segundo ele, teriam incorrido em "improbidade administrativa na modalidade de violação do dever de lealdade para com o ministério público".

Essa falta está prevista no artigo 11 da Lei 8.429, de 1992. A ação de Fonteles tem como motivação a fita divulgada na quarta-feira pelo "Jornal Nacional", da Rede Globo, em que o subprocurador-geral da República conversa, às 3 horas, no dia 8 de fevereiro, na sede do Ministério Público Federal, com o suposto bicheiro Carlos Augusto Ramos, o "Carlinhos Cachoeira".

Santoro insiste com "Carlinhos Cachoeira" para que lhe entregue o original da filmagem do encontro de 2002 entre ele e o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz, então presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou como "um fato muito grave" a conversa entre o subprocurador e o suposto bicheiro.

No processo encaminhado pelo procurador-geral da República à Corregedoria, que tem nove páginas, ele afirma que a gravação divulgada pelo "Jornal Nacional" mostra "o envolvimento explícito e ostensivo do subprocurador-geral José Roberto Santoro" em atos impróprios, pois foi um depoimento tomado "em plena madrugada..., no seu gabinete de trabalho". Santoro, segundo Fonteles, não estava encarregado da investigação a que se refere a fita que pretendia receber do suposto bicheiro. Fonteles acusa o subprocurador-geral de usar "do nome do procurador-geral" na gravação, "por mais de uma vez, para conseguir" a fita.

O procurador-geral disse que se Santoro, Mário Lúcio Avelar e Marcelo Serra Azul forem considerados culpados pela atitude suspeita envolvendo "Carlinhos Cachoeira", poderão ser punidos com penas que variam da simples advertência até a demissão.

O subprocurador-geral da República afirmou ontem que não sabe quem foi o responsável pela divulgação da fita. "Não sei a origem e nem estou preocupado de onde veio a fita. Em nenhum momento falei que iria atacar o governo", afirmou.

Ele explicou que o MPF já tinha uma cópia da fita envolvendo Diniz, que foi repassada pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), mas necessitava da gravação original, motivo pelo qual pressionou Cachoeira. "Queríamos a fita diretamente da fonte. A prudência jurídica indica que isso era necessário", disse.

Bastos vê conspiração em conversa

Brasília ¬ O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, classificou o teor das gravações da conversa entre o subprocurador-geral da República, José Roberto Santoro, com o empresário de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o "Carlinhos Cachoeira", como uma "conspiração" para derrubar o chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na gravação, Santoro pressiona "Carlinhos Cachoeira" a entregar a fita onde o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz, supostamente, pede propina.

Bastos foi escolhido pelo Palácio do Planalto para falar em nome do governo. "Ficamos estarrecidos com o conteúdo que a fita revela", diz o ministro da Justiça. "Havia, de fato, e a fita demonstra isso, uma espécie de conspiração. Para quê? Para apurar o caso Waldomiro? Para descobrir delitos dessa pessoa (Diniz), como a fita indicava? Não, muito mais que isso. Conforme verbalizado até num calão duvidoso do subprocurador Santoro, o que se verifica dessa reunião na madrugada, é que pretendia ferrar, entre aspas, o ministro José Dirceu e o governo Lula", afirmou Bastos.

Para Bastos, o governo considera a atitude do subprocurador um fato sério. "Um conteúdo de conspiração", ressalta o ministro. "Com todo respeito a Santoro, a situação é grave, é muito séria e fere o princípio constitucional."

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), pediu ontem "serenidade" e alertou para que os novos desdobramentos do caso Waldomiro Diniz não coloquem em risco a governabilidade do País. "Não podemos transformar as questões policiais, que devem ser e merecem investigações profundas, em questões políticas", afirmou Aécio. "Não importa de quem seja a responsabilidade, a investigação deve ocorrer, inclusive na própria Procuradoria, mas vamos separar isso das questões que são fundamentais para o País."

http://www.prsc.mpf.gov.br/noticias/clipping%20HTML/2004/Abril/01abril.htm#Caso

(...) “Pervertido”

O segundo braço da revanche do governo foi conduzido pelo procurador-geral da República, Claudio Fonteles. Pediu ao corregedor-geral do Ministério Público Federal, Wagner Gonçalves, a abertura de inquérito sobre as condutas funcionais de Santoro, Serra Azul e do procurador Mário Lúcio Avelar, que também participou da coleta de depoimentos dos envolvidos no caso Waldomiro.

Novos trechos da conversa entre Santoro e Carlos Cachoeira, divulgados ontem pelo Jornal Nacional, complicam ainda mais a situação do subprocurador. Nos diálogos, fica evidente que ele evitou uma busca e apreensão na casa do empresário de jogos, em Anápolis (GO). ‘‘Tu imagina a violência...Tinham (sic) pego essa fita e você sabe o que eles iam dizer? Eles iam pegar documento na tua casa, carteira de identidade de tua mulher e essa fita nunca ia aparecer...’’, diz o procurador na conversa. Em seguida, Santoro lembra de uma busca e apreensão feita pela PF no Rio, para pressionar Cachoeira ainda mais. ‘‘Sumiu o dólar. Você lembra disso. O chinês disse: foi tanto. Eles disseram que foi tanto...’’

http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=114380

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