sábado, outubro 21, 2006

21/10/2006 11:46

O jogo é bruto


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Já comentei ontem que é preciso ter cuidado com os boatos, que vão crescer em ritmo acelerado até o dia das eleições. A oposição faz uma nuvem de poeira, cria factóides e quer, depois, transformá-los em fatos. Tudo faz parte da disputa eleitoral. A Polícia Federal que investiga o caso do dossiê quebrou o sigilo de 650 de números telefônicos. Depois, no dia 13, solicitou a quebra de mais 100 números. No rastreamento desses telefonemas, encontrou-se uma ligação de um de meus telefones a Jorge Lorenzetti, em resposta a um telefonema dele.

Conheço Lorenzetti, que foi fundador e dirigente do PT, de minhas atividades no partido. Um telefonema não quer dizer nada. Não sei de que telefonema se trata, quais os números chamados. Até porque o processo corre em segredo de justiça, apesar de o PT já ter pedido para torná-lo público. Isso demonstra a situação kafkiana em que vivemos: o vazamento é ilegal, eu não tenho as informações, mas sou obrigado a dar explicações e a me defender.

Como eu já disse e repito, não tenho nada a ver com o caso desse dossiê, não participei da campanha para a eleição majoritária em São Paulo ou da campanha nacional. Portanto, a mídia servir de caixa de repercussão a esse telefonema que recebi de Lorenzetti só pode ter uma justificativa: na falta de outra alternativa diante do favoritismo de Lula, desespera-se para ocupar as manchetes. Nessa prática sensacionalista, a oposição e certa mídia falsificam culpados, julgam e condenam pessoas ainda sob investigação, confundem o mais com o menos, tiram notícias do vazio e põem abaixo qualquer remoto compromisso com a verdade. Já que faltam a eles os votos, tentam o tapetão. É tudo campanha.

Enviada pelo Zé Dirceu

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