GAZETA MERCANTIL TRAZ DENÚNCIAS CONTRA EFRAIM MORAIS E FAMÍLIA
EU MANDO PRENDER E PRONTO.11/05/2006
O presidente da CPI dos BINGOS, senador Efraim Morais PFL/PB, não quis acompanhar o depoimento do Comendador Arcanjo, preferindo desta vez passar o bastão ao senador e ex-gambé Romeu Tuma PFL/SP.
Segundo informações obtidas, a razão para não comparecer e presidir o interrogatório é o aparecimento de cheques da Prefeitura de João Pessoa na conta da factoring, de propriedade do chefão do crime organizado no Mato Grosso, na época o prefeito da capital paraibana era Cícero Lucena que é pré-candidato ao senado federal pelo PSDB.
A denuncia foi feita antes mesmo do chefão ser preso, agora durante a CPI dos BINGOS, o Ministério Publico do Mato Grosso confirmou a denuncia e os valores apurados alcançam a soma de R$ 4 milhões.
O senador Efraim Morais, aquele que diz: “vou mandar prender”, ainda foi desafiado a convocar o chefão do crime organizado, Comendador Arcanjo para falar sobre o assunto na CPI, desconfia-se que sendo paraibano e aliado dos tucanos estaria agindo para proteger seu conterrâneo Cícero Lucena, que para justificar o aparecimento dos cheques, justo na factoring do Comendador disse: “...os cheques foram para pagamentos a uma construtora que prestou serviços na Capital.”
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09/04/2006
GAZETA MERCANTIL TRAZ DENÚNCIAS CONTRA EFRAIM MORAIS E FAMÍLIA
Adelson Barbosa dos Santos
Matéria publicada na edição da última segunda-feira (20) do jornal paulista Gazeta Mercantil mostra que o senador paraibano Efraim Morais (PFL), presidente da CPI dos Bingos, enfrenta várias denúncias envolvendo assessores e familiares seus. O texto diz ainda que Morais tornou-se "uma grande dor de cabeça" para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A matéria aponta vários exemplos de irregularidades que envolveriam o senador paraibano como o caso de um de seus assessores, o ex-prefeito de Cruz do Espírito Santo, Luciano Carneiro da Cunha, preso no último dia 9 acusado de não ter devolvido aos cofres públicos R$ 168 mil e por emitir R$ 144 mil em cheques fraudulentos. Na família pesam acusações contra seu irmão Joácio Morais, apontado como um dos maiores responsáveis por um prejuízo de R$ 2,2 milhões na compra de medicamentos superfaturados enquanto esteve à frente da na Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba, por indicação do próprio Efraim.
Segundo a Gazeta Mercantil, o senador defende seu assessor e rebate as acusações, dizendo que Luciano foi contratado como assistente parlamentar, mas para a Primeira-Secretaria do Senado e não para o gabinete dele, como confirma um boletim com os atos da Diretoria Geral. Ainda no que diz respeito a Luciano Carneiro, na matéria, o senador atribui a prisão do assessor a um suposto erro da Justiça. "Ele foi preso por ordem de um juiz. Acho que houve irregularidade." O ex-prefeito havia sido condenado por apropriação de verba pública.
Em defesa do seu irmão o senador argumenta na matéria que "Joácio é meu irmão e eu assumo como sendo um homem íntegro e sério". Segundo apurou o a Gazeta, O Tribunal de Contas da União, em 2004, identificou irregularidades na compra de medicamentos para doenças como mal de Parkinson, hemodiálise e complicações de transplantados.
DER
A matéria ainda cita na lista da falta de "sorte com investimentos políticos" do senador a indicação de outro irmão seu, Inácio Bento, para superintendente do Departamento de Estradas e Rodagens da Paraíba (DER), o apoio ao então candidato a prefeito de Santa Luzia Antonio Ivo.
Segundo apurou a Gazeta, sobre Inácio Bento recaem denúncias da ex-prefeita de Santa Luzia, Maria Cleusa de Lima (PFL) sobre liberações de dinheiro da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), presidida na época pelo outro irmão, Joácio; e de remessa de dinheiro depositada no Banco do Brasil pelos Morais, sem correção monetária. Maria Cleusa paga hoje, em parcelas o valor que deixou de ser corrigido. "Queriam me fazer de robô. Faça isso, faça aquilo, paga fulano, paga cicrano. Eu vivi uma situação que poderia me levar à prisão".
Quanto a Antonio Ivo, que teve o mandato de prefeito cassado pela Justiça Eleitoral por distribuição ilegal de remédios e atendimento médico em troca de votos. DE acordo com a Gazeta, Efraim doou R$ 3 mil ao então candidato na campanha de 2004. Antonio Ivo voltou ao cargo graças a uma decisão do TRE.
Sobra sua atuação na CPI dos Bingos, os parlamentares questionam no Congresso porque a CPI dos Bingos ainda não convocou o maior contraventor do país, o "comendador" João Arcanjo Ribeiro do Mato Grosso - extraditado para o Brasil recentemente - para depor.
Couto desafia senador a ouvir “Comendador”
O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) voltou a criticar a atual postura do presidente da CPI dos Bingos, o senador Efraim morais, afirmando que ele vem transformando a CPI numa delegacia contra o PT, fazendo devassa eleitoreira e cometendo abuso de poder. "Deve ter aprendido com um de seus motoristas, indicado por ele para ser delegado de um dos Municípios do Vale do Seridó, na Paraíba", disse.
Couto comparou sua atuação a uma metralhadora giratória. Segundo ele, o senador quer investigar tudo, mas não investiga o principal: a relação dos bingos com o crime organizado e com o financiamento de campanhas; não investiga a ação do Comendador Arcanjo, que tem relação espúria com os bingos, com os caça-níqueis. "Nem de longe fala sobre isso. E não fala porque sabe que vai pegar muita gente grande na Paraíba, o meu Estado. O Comendador lá esteve. Foi o responsável pela ida de bingos e caça-níqueis para a Paraíba. Mas isso não se investiga. Ao contrário, o Presidente da CPI dos Bingos fica o tempo todo fazendo futricas, tentando desqualificar a ação do nosso partido", criticou.
Para o parlamentar, o senador Efraim Morais está acometido de falta de memória, quando acusa o PT de pai da corrupção e da falta de ética e "se esquece de que foram o PFL e o PSDB que se juntaram e criaram a academia da corrupção no País; que foram eles que convocaram o Marcos Valério para ensinar como desviar recursos públicos".
A revista CartaCapital publicou, recentemente, matéria sobre o desvio de milhões de reais para outros fins que não aqueles para os quais haviam sido destinados.
Couto volta a ressaltar que o presidente de uma CPI tem a obrigação de presidir com imparcialidade, afirmando que quem não vê a ação do senador tentando inibir as pessoas que são convocadas, tentando fazer perguntas que colocam na boca do convocado ou do convidado falas que não correspondem ao que foi dito?
O parlamentar disse que uma CPI tem de investigar fato determinado; não pode transformar-se num fórum de devassa eleitoreira, numa metralhadora giratória. Tampouco pode o seu presidente cometer abusos de poder, e nisso o senador é especialista. "O senador quer aparecer. E chegou a ponto de dizer que não sabia que alguém que tinha nome igual ao seu era também seu primo, quando este foi assessor de um parlamentar ao tempo em que ele era deputado nesta Casa. Mentiu para a sociedade, mentiu para a população, dizendo que não sabia que o outro era seu primo. O que ele quer é fazer propaganda", disse.
"O senador precisa deixar de fazer proselitismo, precisa deixar de fazer devassas eleitoreiras, precisa investigar o principal: a relação dos bingos com o crime organizado, a relação dos bingos com o financiamento de campanha", desafiou.
Efraim nega desvios e Couto o desafia a convocar Cícero
O senador Efraim Morais, presidente da CPI dos Bingos, contestou matéria publicada pelo CORREIO, com base no Jornal Gazeta Mercantil. Segundo a matéria, Efraim é acusado de empregar no Senado o ex-prefeito de Cruz do Espírito Santo, Luciano Carneiro da Cunha, que foi condenado por improbidade administrativa.
"O ex-prefeito Luciano Carneiro da Cunha foi preso injustamente, tanto assim, que o Tribunal de Justiça da Paraíba concedeu Hábeas Corpus por entender ter sido equivocada a decisão do juiz. Por outro lado o Superior Tribunal de Justiça anulou a decisão que condenou o ex-prefeito. Há um processo em curso na Justiça, cujas informações podem ser acessadas pela internet. Na verdade, o ex-prefeito Luciano foi vítima nesse episódio lastimável", disse Efraim Morais.
Ele confirmou ter contratado Luciano para trabalhar em seu gabinete parlamentar. O senador também defendeu seu irmão, Joácio Morais. "Meu irmão é um homem de bem, sério e íntegro. Foi secretário de Saúde da Paraíba, onde desempenhou um bom trabalho. Na época teve que comprar medicamentos para doenças crônicas como Parkison e hemodiálise, entre outras", disse.
Efraim também respondeu ao deputado Luiz Couto, que tem insistido para ele convocar João Arcanjo Ribeiro, conhecido como "Comendador", a depor na CPI dos Bingos.
"Quero esclarecer ao desinformado deputado Luiz Couto que o Comendador esteve preso no Uruguai por mais de 3 anos, cumprindo pena por crimes de contravenção. Só recentemente, no dia 11 de março último, foi extraditado para o Brasil e encontra-se sob a guarda e proteção da Polícia Federal. A CPI já solicitou a PF que providencie o translado do contraventor para depor perante a CPI. Em breve o deputado Luiz Couto poderá matar sua curiosidade e saberá o que o Comendador tem para dizer", assegurou.
Frei Anastácio
O deputado estadual e presidente estadual do PT da Paraíba, Frei Anastácio (PT), disse, ontem que o senador Efraim Morais (PFL), presidente da CPI dos Bingos, está desviando o foco das investigações do fato determinado da própria Comissão.
Ele quer saber por que o senador não convocou para depor “o ex-prefeito da Capital, Cícero Lucena (PSDB), e toda sua gangue da Confraria, além do Comendador Arcanjo, principal contraventor do país, extraditado do Uruguai”. O petista desafia a CPI a investigar as relações entre Cícero Lucena e o Comendador.
"O senador precisa convocar o ex-prefeito da Capital, Cícero Lucena, para dar explicações na CPI dos Bingos. Ele já foi preso e é acusado de desvios de recursos. Se Efraim está chamando outros setores para depor, também deveria convocar Cícero", disse Anastácio, acrescentando que está solidário com o deputado Luiz Couto.
Da Redação do Jornal Correio da Paraíba
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